Urbanismo

Protesto pelas obras sem critérios patrimoniais no imóvel municipal do Largo do Menino Deus 3-4 (08.05.2025) 1013 1024 Fórum Cidadania Lx

Protesto pelas obras sem critérios patrimoniais no imóvel municipal do Largo do Menino Deus 3-4 (08.05.2025)

Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML, AML, Património Cultural, IP e media
Vimos protestar pela forma como a CML está a levar a cabo as tão aguardadas obras de conservação no seu imóvel sito no Largo do Menino Deus, nºs 3 e 4.
De facto, é verdadeiramente chocante – e após quase 2 décadas de um dos fogos ter estado devoluto – verificarmos que as obras não estão a respeitar as mais elementares regras de conservação em contexto urbano histórico como é claramente o caso:
1-O imóvel é considerado uma verdadeira relíquia da Lisboa pré-terramoto de 1755 juntamente com outro, também municipal, ali bem perto na Rua dos Cegos, nº 20-22
2-Está registado na Carta Municipal do Património, anexa ao PDM em vigor.
3-Está inserido na Zona Especial de Protecção de dois Monumentos Nacionais: Igreja do Menino Deus e Castelo de S. Jorge
Não se compreende, portanto, como é que a própria CML leva a cabo uma intervenção que em vez de seguir os critérios internacionais de conservação e restauro para bairros históricos, e em imóveis com protecção legal enquanto bens culturais raros, faz uma obra que tem todas as marcas de “obra nova” como é o uso de cimento nas argamassas, “pladur” em tectos ou ainda o chocante facto de se terem arrancado as portadas/caixilharias do séc. XVIII (ou anteriores) de 3 vãos de janela (2 deles de sacada). Estas portadas, em madeira maciça, com todas as suas ferragens em ferro de época, foram colocadas por ordem da CML no contentor de entulhos para vazadouro. 
Escusado será dizer que estas portadas antigas fazem parte integrante do imóvel, acrescentam valor ao bem cultural e são perfeitamente recuperáveis. Mas em vez de seguir as boas práticas de conservação, a CML escolheu deitar ao lixo e substituir por janelas novas em PVC ou alumínio lacado (como aliás já foram instaladas no outro fogo, no piso superior).
Este é um imóvel icónico da cidade histórica, único, irrepetível, representado muitas vezes por pintores e fotógrafos bem conhecidos.
A CML tem a obrigação de cuidar dele com o devido respeito e não atentar contra ele – como se tratasse de um simples prédio municipal anónimo, vulgar.
O que observamos é um retrocesso preocupante nos padrões de reabilitação da cidade histórica – estamos a anos-luz do que a CML fazia ao tempo das Unidades de Projecto de Alfama e Castelo. 
Por todos os bairros históricos, sejam imóveis particulares ou municipais, se observa uma gritante falta daqueles critérios que salvaguardam o património arquitetónico para as futuras gerações.
Obras de iniciativa municipal, ou até de Juntas de Freguesia, recorrem a massas cimentícias, substituem portas e janelas de madeira por novas de desenho pobre e materiais inadequados. Em resumo, um conjunto de alterações avulsas que desrespeitam a identidade patrimonial de bairros como Alfama, Castelo ou Mouraria.
É cada vez mais uma cidade de PVC, alumínio lacado, pladur e rebocos de cimento. Nesta matéria Lisboa está a afastar-se dos padrões da UE, das cartas internacionais de que Portugal é país signatário há décadas. 
Face à gravidade da falta de critérios adequados ao bem cultural em causa, solicitamos que esclareça os cidadãos sobre esta operação urbanística em curso e se dará ordem imediata para se recuperarem as caixilharias e portadas com postigos do século XVIII, retirando-as do lixo.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Nuno Caiado, Ana Alves de Sousa, Carlos Boavida, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Rui Martins, Maria Ramalho

Convento da Graça em estado vergonhoso – apelo ao Governo para o resgatar do programa Revive (08.05.2025) 1020 1024 Fórum Cidadania Lx

Convento da Graça em estado vergonhoso – apelo ao Governo para o resgatar do programa Revive (08.05.2025)

Exmo. Sr. Ministro da Economia
Dr. Pedro Reis,
Exmo. Sr. Secretário do Turismo
Dr. Pedro Machado
C.C. PM, MC, CML, AML, PC-IP, Programa Revive e media
Como é o do conhecimento de V. Exas., o Convento da Graça (Monumento Nacional desde 1910), em Lisboa, foi concessionado pelo Estado ao grupo AZIRIVER (hotéis SANA), em Dezembro de 2019, ao abrigo do Programa REVIVE e por um prazo de 50 anos, com o objectivo de ali nascer um hotel.
Hoje, passados que estão quase seis anos sobre a referida concessão, as zonas do antigo convento-quartel objecto da concessão continuam ao abandono e a degradar-se de forma assustadora, assumindo contornos de crime de lesa-património (exemplos: o designado “segundo claustro” foi despojado do seu património azulejar e encontra-se em péssimo estado; o edifício revivalista do quartel, com entrada pelo Largo da Graça, encontra-se como as fotos em anexo documentam).
A situação é intolerável e indigna de uma capital europeia.
Além de que, tratando-se de uma zona de enorme procura turística, é uma péssima imagem que é transmitida a quem nos visita.
Julgamos que estão reunidas as condições para que o Governo de Portugal, à semelhança do que foi feito noutras concessões de péssima memória, revogue a concessão feita do Convento da Graça, pelo que apelamos a V. Exas. para que procedam a essa revogação.
E aproveitem a oportunidade para rever o pensamento estratégico quanto ao futuro do património histórico de que o Estado ainda é proprietário, por forma a que conjuntos monumentais como o em apreço sejam recuperados para um uso mais digno e consentâneo com as carências do país e consensual junto da população, e não, como até aqui, optando pela solução mais fácil e óbvia: sua exploração hoteleira.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Rui Pedro Martins, Nuno Caiado, António Araújo, Ana Alves de Sousa, João Batista, Helena Espvall, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Manuela Correia, João Teixeira, Jorge Pinto, Pedro Jordão, José Maria Amador, Filipe de Portugal, Maria Ramalho
Loteamento “Bairro da Foz”, junto ao Convento de S. José Ribamar, Algés- contributo para a discussão pública (22.04.2025) 1019 1024 Fórum Cidadania Lx

Loteamento “Bairro da Foz”, junto ao Convento de S. José Ribamar, Algés- contributo para a discussão pública (22.04.2025)

À Câmara Municipal de Oeiras

Exmos. Senhores
Nos termos do Aviso de 1 de Abril de 2025 sobre o Pedido de Informação Prévia de Loteamento com a referência R4042/2021 ap. 9/2020, loteamento designado por “Bairro da Foz”, requerido pela imobiliária RAR e com concepção do atelier do arq. Gonçalo Byrne, serve o presente para enviarmos à consideração das Câmara Municipal de Oeiras os nossos comentários ao PIP e um pedido de esclarecimentos sobre a documentação colocada em discussão pública (https://www.oeiras.pt/-/pedido-informacao-previa-loteamento-bairro-da-foz).
Sendo o Fórum Cidadania Lx uma associação que “tem como objecto a promoção e a defesa da qualidade de vida, ambiente, urbanismo, cultura, tempos livres e património material e imaterial na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa, e em defesa do património edificado, espaço público e património arbóreo respectivos” (artigo 2º dos estatutos https://cidadanialx.org/estatutos), temos a considerar o seguinte:
1.Comentários
1.1. Parece-nos errado que em pleno século XXI, a CM Oeiras se permita aprovar a construção de 5 blocos de apartamentos num conjunto de lotes onde a esmagadora maioria do solo é permeável e arborizado e onde existem apenas três vivendas (foto 1), que serão demolidas para a construção dos referidos blocos (foto 2), os quais, na prática, correspondem a 17 prédios (!) com 4 pisos cada (r/c, 1º, 2º e 3º andares), com cerca de 6.700mem caves para estacionamento! A nosso ver, trata-se de Urbanismo dos anos 60 a 80 do século XX!
1.2. Parece-nos igualmente errado que tal PIP se traduza na demolição de três moradias unifamiliares e exemplos raros da arquitectura e da génese urbanística de Algés-Dafundo, sendo uma delas comprovadamente histórica – a Vivenda Teresa Graça (foto 3), em cujo terreno ainda subsistem um poço de um moinho (foto 4) da antiga Quinta de São José de Ribamar.
1.3. Não cremos, portanto, que este PIP se coadune com os pergaminhos culturais a que a autarquia de Oeiras almeja e que foram o pressuposto da candidatura ao estatuto de Capital Europeia da Cultura 2027, que embora não tenha sido alcançado será certamente almejado em próxima ocasião.
1.4. Por último, lamentamos que este PIP pareça apenas uma forma de financiamento da ponte pedonal – como é descrito na memória descritiva colocada no vosso site acima referido – que a autarquia pretende construir sobre a Marginal, unindo precisamente esta encosta com o passeio marítimo; obra aliás já em execução antes mesmo do PIP ser formalmente aprovado.
2.Pedido de esclarecimentos
2.1. Gostaríamos de saber se existem relatórios técnicos de estruturas e solos que validem este PIP quanto ao impacto que, dada a topografia da encosta, uma eventual movimentação de terras que possa implicar abatimentos nos edifícios de elevado valor patrimonial e histórico que são o antigo Convento de São José de Ribamar e Palácio Foz.
2.2. Gostaríamos de saber se existem relatórios sobre o impacte deste PIP no sistema de vistas/leitura da encosta que se alcança desde a Marginal e do passeio marítimo de Algés para os edifícios do antigo convento.
2.3. Gostaríamos ainda de saber se está prevista a manutenção de mais algum exemplar arbóreo de grande porte, para lá do óbvio dragoeiro, protegido por lei, e mencionado na memória descritiva, e se assim não for qual a razão para não serem mantidas mais árvores.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Raquel Henriques da Silva, Helena Espvall, Carlos Boavida, António Araújo, Jorge Oliveira, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Fernando Jorge

Pergunta à CML: qual o futuro do edifício do n. 55 da Av. Praia da Vitória? (10.04.2025) 1024 768 Fórum Cidadania Lx

Pergunta à CML: qual o futuro do edifício do n. 55 da Av. Praia da Vitória? (10.04.2025)

Exmª Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML e AML
Serve o presente para solicitarmos a V. Exa. que nos esclareça quanto ao que pretende a CML fazer de modo a garantir a reabilitação do magnífico edifício de gaveto da Avenida Praia da Vitória, nº 47-55 e Praça Duque de Saldanha, nº 11, datado de 1919 e que se encontra abandonado há vários anos, mas em bom estado de conservação.
Como é do conhecimento de V. Exa., trata-se de um notável edifício da arquitectura de transição, entre os séculos XIX e XX, e por isso está inventariado pela Carta Municipal do Património (item 44.09 Edifício de habitação plurifamiliar / Av. Praia da Vitória, 49-67; Praça Duque de Saldanha, 11-11C).
Trata-se igualmente de um edifício marcante da Praça Duque de Saldanha, uma praça que se encontra, e bem, em estudo para classificação pela Câmara Municipal de Lisboa.
É por isso incompreensível que a Câmara Municipal de Lisboa permita a sua degradação e, não a travando, o seu desaparecimento a médio-prazo, como tem sucedido a um sem-número de outros edifícios de uma “Lisboa-entre-séculos”, de que a triste demolição integral do edifício do número 37 da Avenida dos Defensores de Chaves é o caso mais recente.
Solicitamos, ainda, informação se é vontade da Câmara Municipal de Lisboa iniciar no próximo mandato, finalmente, uma estratégia de reabilitação urbana direccionada especificamente para os edifícios desta época construtiva, um património arquitectónico que foi particularmente rico em Lisboa, mas que tem vindo a ser desbaratado nas últimas décadas.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Nuno Caiado, Rui Martins, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Jorge Oliveira, Helena Espvall, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, José Maria Amador, Jorge Pinto, Filipe Teixeira, Raquel Henriques da Silva, Fátima Castanheira, Maria Ramalho
Aplauso pelo desbloqueio à reabilitação do quarteirão da Av. FP Melo e chamada de atenção para outros casos importantes (28.03.2025) 921 928 Fórum Cidadania Lx

Aplauso pelo desbloqueio à reabilitação do quarteirão da Av. FP Melo e chamada de atenção para outros casos importantes (28.03.2025)

Exmª Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML
 
Apresentamos os nossos parabéns à CML por ter conseguido resolver o impasse que impedia a continuação das obras relativas ao projecto urbanístico aprovado há largos meses pela CML, que permitirá a reabilitação dos três imóveis de Cândido Sotto-Mayor da Av. Fontes Pereira de Melo, abandonados e delapidados que estão há décadas.
É uma boa notícia para a cidade.
Aproveitamos a oportunidade para solicitar a V. Exa. a intervenção da CML no sentido de desbloquear a situação no convento do Desterro, um conjunto monumental histórico que continua a aguardar pela concretização das obras de reabilitação aprovadas há muito pela CML, o que só agrava o seu estado de conservação, cada vez mais depauperado.
Permita-nos que lhe solicitemos ainda por que razão ainda não avançaram as obras de requalificação da Avenida Almirante Reis e do Martim Moniz, obras da inteira responsabilidade da CML?
Finalmente, e tomando por exemplo a terrível experiência do pré-anunciado abate de jacarandás na Avenida Cinco de Outubro, que originou o protesto massivo da população, insistimos na necessidade de que devem ser os projectos a adaptarem-se às pré-existências e não as ditas a desaparecerem por causa dos projectos, sejam eles quais forem!
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, António Araújo, Beatriz Empis, Miguel Atanásio Carvalho, Nuno Caiado, Manuela Correia, António Dias Coelho, Helena Espvall, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Filipe Teixeira
Habitação e o faz-de conta da CML: três exemplos paradigmáticos de como nada fazer (25.03.2025) 638 638 Fórum Cidadania Lx

Habitação e o faz-de conta da CML: três exemplos paradigmáticos de como nada fazer (25.03.2025)

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Senhora Vereadora da Habitação
Arq.ª Filipa Roseta,
Exma.. Senhora Vereadora do Urbanismo
Eng.ª Joana Almeida
 
C.C. AML, JF e media
 
Sendo a Habitação um tema sempre candente em época de eleições autárquicas desde há pelo menos duas décadas, continuamos sem compreender a política errática da CML neste particular, situação para a qual temos chamado a atenção dos responsáveis autárquicos, mandado após mandato, infelizmente com pouco ou nenhum sucesso, se tivermos em conta os inúmeros edifícios camarários que continuam abandonados e por reabilitar na cidade, e que poderiam diminuir, em muito, a carência de habitação de que todos se queixam e tudo prometem.
Evitando saturar V. Exas. com listagens intermináveis de edifícios, gostaríamos de saber as razões por que a CML não intervém em três situações muito concretas e de fácil resolução, que nos parecem paradigmáticas da inércia camarária; situações essas que já abordámos em anteriores comunicações e que resolvidas dariam outro sentido às promessas feitas:
1.Palácio Marim-Olhão (Calçada do Combro)
Como é possível que a CML continue sem reabilitar este imenso edifício, que aguarda reabilitação há décadas e que daria, certamente, para uma série de habitações de várias tipologias, ajudando a repovoar de moradores uma zona do centro histórico da cidade onde cada vez há menos residentes e onde o alojamento turístico mais se faz sentir? Acresce que a CML transmite uma péssima imagem de como trata o património de Interesse Público (portaria n.º 649/2023, Diário da República, 2.ª Série, de 6 de Novembro de 2023) que está à sua guarda.
  1. Edifícios da Rua da Vinha, nº 5 e nº 9 (Bairro Alto)
Como é possível que a CML não tenha ainda reabilitado e colocado para habitação os pequenos edifícios de que é proprietária na Rua da Vinha, nº 5 e nº 9? Ambos estão desabitados (os escuteiros saíram do nº 9 há vários anos e os moradores do nº 5 faleceram há mais de dois anos) e ambos padecem de obras de reabilitação, havendo um logradouro em muito mau estado e em potencial situação de risco para um bairro a todos os títulos sensível como é o Bairro Alto.
  1. Vazios urbanísticos do Largo de São Miguel (Alfama)
Como é possível que a CML, passados que estão 7 anos sobre a decisão do Tribunal contra a construção do Museu Judaico no Largo de São Miguel (decisão de Junho de 2018) e aprovada que está a construção do referido museu em Belém-Pedrouços, não tenha ainda reconstruído os edifícios que eram sua propriedade e que, escandalosamente, mandou demolir em 2017 para que o museu fosse ali construído? Alfama é um dos bairros históricos de Lisboa mais fustigados pelo êxodo de moradores e por uma gentrificação insustentável, que importa reverter. Mas nem por isso a CML dá o exemplo e actua como seria expectável.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Nuno Caiado, Helena Espvall, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Miguel Atanásio Carvalho, Teresa Silva Carvalho, António Passos Leite, Fátima Castanheira, Raquel Henriques da Silva, Filipe de Portugal, José Maria Amador
Foto: YC C. (Foursquare, 2024)
Protesto veemente contra a destruição da Vila Martel (19.03.2025) 1024 683 Fórum Cidadania Lx

Protesto veemente contra a destruição da Vila Martel (19.03.2025)

Exmo. Sr. Presidente Carlos Moedas,
Exma. Sra. Vereadora Joana Almeida
C.C. AML, PC-IP e media
Como será do conhecimento de V. Exas., começaram há dias as obras de transformação da Vila Martel em unidade hoteleira de 12 quartos, na circunstância um pólo de 2 estrelas (!) incluído no já existente hotel Memmo, por via da demolição praticamente integral da vila, com manutenção da fachada e ampliação de mais 1 piso, colocação de elevadores, etc. Para os autores do projecto e para a CML, que o aprovou, trata-se de uma “reabilitação”.
Daqui manifestamos a nossa indignação e o nosso protesto pela aprovação deste projecto, sem a discussão pública que uma vila histórica imporia, e tendo ainda em consideração a polémica e salutar discussão pública que projecto idêntico provocou em 2016 (https://www.gopetition.com/petitions/n%C3%A3o-%C3%A0-demoli%C3%A7%C3%A3o-da-centen%C3%A1ria-vila-martel.html ), conseguindo-se então travar o projecto (https://cidadanialx.blogspot.com/2016/11/e-vila-martel-esta-salva-agora-toca.html), facto para o qual em muito contribuiu o parecer negativo (https://www.publico.pt/2016/04/03/local/noticia/dgpc-chumbou-projecto-que-preve-demolicao-da-vila-martel-1727921 ) da então DGPC, tornado entretanto positivo.
Não podemos aceitar que a actual Vereação, em vez de assegurar a salvaguarda da Vila Martel, que, supostamente, se encontra protegida pela Carta Municipal do Património (item 45.56 Vila Martel / Acesso: Rua das Taipas, 55), aprove a sua destruição. Reconhecemos os efeitos nefastos que uma década de abandono deliberado provocaram na vila, e por isso também não podemos aceitar o “prémio” que esta aprovação agora representa para quem a permitiu, quando se imporia precisamente o contrário.
Considerando que projectos de alterações e demolições em edifícios constantes da Carta Municipal do Património, como é o caso da Vila Martel, só são permitidos em casos de anomalias estruturais graves dos edifícios em causa ou ruína iminente (artigos 26º a 30º); o que não se vislumbra ser o caso da Vila Martel, solicitamos que nos seja enviado o parecer de estruturas que terá suportado este novel projecto de hotel.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Filipe de Portuga, Eurico de Barros, Miguel Atanásio Carvalho, Carlos Boavida, Manuela Correia, Helena Espvall, Luís Serpa, Jorge Pinto, Sofia Casimiro, Rui Pedro Martins, António Araújo

 

Geomonumento da R. Virgilio Correia vs. Loteamento 15/URB/2019 – pedido de esclarecimentos à CML (17.03.2025) 1024 1018 Fórum Cidadania Lx

Geomonumento da R. Virgilio Correia vs. Loteamento 15/URB/2019 – pedido de esclarecimentos à CML (17.03.2025)

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. AML e media
Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. que nos esclareçam sobre a situação do geomonumento da Rua Virgílio Correia/ Rua Tomás Aquino, Freguesia de São Domingos de Benfica, uma vez que, muito recentemente, foram colocados tapumes envolvendo o respectivo lote, conforme fotografias em anexo.
Este geo-monumento, datado do Miocénico inferior, encontra-se protegido legalmente pelo PDM em vigor, artigos 26º e 34º.
Sabíamos que os serviços de Urbanismo da CML se encontravam a analisar uma operação de loteamento para o local, proc.15/URB/2019, e que o Gabinete do então Vereador nos assegurou que o referido loteamento visava a preservação e valorização do geo-monumento, of/311/GVMS/CML/19. No entanto, diz-nos a experiência acumulada desde 2003, muitas são as ocasiões em que os termos das comunicações oriundas da CML não se verificam na prática.
Considerando que já se passaram cinco anos sobre o ofício mencionado; e considerando a péssima experiência que recentemente se abateu sobre o geo-monumento da Rua Fialho de Almeida, com a aprovação pela CML, em Março de 2024, da construção de um prédio para esse exacto local (que não deixa de ser geo-monumento por se encontrar mutilado pela construção do hospital SAMS);
Solicitamos a V. Exas. um ponto de situação sobre o geomonumento da Rua Virgílio Correia/Rua Tomás Aquino, designadamente quanto à sua preservação e valorização e respeito integral pela sua zona de protecção.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Helena Espvall, António Araújo, Rui Pedro Martins, Ana Alves de Sousa, Jorge Pinto

Edifício entre-séculos da Rua Capitão Renato Baptista e capela anexa – pedido de informações à CML (07.02.2025) 486 408 Fórum Cidadania Lx

Edifício entre-séculos da Rua Capitão Renato Baptista e capela anexa – pedido de informações à CML (07.02.2025)

Exma. Srª Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. AML
Estamos preocupados com o que se vai passar no edifício “Entre-Séculos” do nº 31 da Rua Capitão Renato Baptista, datado de 1899, e capela neo-gótica anexa (Capela do Coração Eucarístico de Jesus, data de 1910, com projecto do arq. Alfredo de Ascensão Machado), ao que sabemos propriedade do Patriarcado de Lisboa.
Estaremos em presença de mais um esventramento completo do edifício, com ampliação?
E qual será o destino da capela encerrada ao culto e abandonada há já alguns anos?
Nesse sentido, e porque não existe nenhum aviso no local, solicitamos a V. Exa. que nos informe se entrou de facto algum projecto relativamente a estes edifícios e, no caso de existir, qual o seu teor e qual foi o parecer da CML.
Muito obrigado
Com elevada consideração, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Helena Espvall, Manuela Correia, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis
Foto: Alberto Carlos Lima (1910), in Arquivo Municipal
Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus “reabilitada” a cimento – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural (28.01.2025) 1024 991 Fórum Cidadania Lx

Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus “reabilitada” a cimento – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural (28.01.2025)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
Serve o presente para perguntar a V. Exa. se os serviços do Património Cultural-IP têm conhecimento da obra em curso no edifício do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo da Lapa, também conhecido por Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus, sito na Rua da Lapa nº 84, em Lisboa.
Isto porque, para nosso grande espanto, o edifício está a ser intervencionado com massas cimentícias, conforme documentam as fotos que aqui enviamos.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Fernando Jorge, António Araújo, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Beatriz Empis