Espaços Verdes
Mas um jardim público é quase tão importante quanto as árvores de alinhamento ou os gavetos de quarteirão que os cidadãos, e bem, resolvem tornar verdes.
O verde não é só o que existe de forma ordeira, mas também aquele que de forma espontânea resolve tomar conta das construções do homem.
Aos poucos, a cidade está a perder a sua patine, o seu romantismo, muito dele resultava das trepadeiras que cobriam fachadas, dos arbustos que tomavam conta dos logradouros. Urge combater a esterilização do espaço público.
Não há explicação para a falta de carinho aos nossos jardins botânicos e a Monsanto.
Temos três jardins botânicos assim designados (Politécnica, Ajuda e Belém), e mais a Estufa Fria (e quente). Já tiveram piores dias, já tiveram melhores, falta muito para lhes dar o brilho que merecem, faltam jardineiros, faltam verbas para a manutenção, a água continua a ser muito cara, o edificado continua à espera de restauro. E Monsanto, que é o nosso pulmão e que é cada vez mais um banco de terrenos e de eventos.
Falar de espaços verdes é falar, indubitavelmente, de jardins, e Lisboa tem muitos e românticos, apesar de tudo.
O paisagismo é indissociável do jardim desenhado pelo Homem. Tempos tapadas, jardins românticos e de geometria moderna. Todos têm a mesma função: contribuir para a nossa qualidade de vida. Devia ser proibido construir estacionamento automóvel sob jardins.