Urbanismo

Consulta pública do projecto de Museu Judaico (Belém) – envio do contributo do FCLX (12.06.2024) 1014 1024 Paulo Ferrero

Consulta pública do projecto de Museu Judaico (Belém) – envio do contributo do FCLX (12.06.2024)

A/C DMU/DLPE/DPE da CML
CC.PCML, AML, JF Belém, Vereadora Urbanismo e media
Exmos. Senhores
No âmbito da consulta pública promovida pela CML para o Museu Judaico em Belém, e conforme AVISO N.º 20/2024, serve o presente para enviarmos o contributo do Fórum Cidadania Lx – Associação, pedindo a vossa melhor atenção para o documento em anexo.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Helena Espvall, Carlos Moura, Rui Martins, Miguel de Sepúlveda Velloso, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Beatriz Empis, Paula Cristina Peralta, Maria Ramalho, António Pires Veloso, João Gonçalves, Gonçalo Cornélio da Silva, Maria João Torres, José Amador, Pedro Henrique Aparício

 

Prédio magnífico da Rua Prior do Crato, 125 – chamada de atenção à Vereadora do Urbanismo (06.06.2024) 1024 1013 Paulo Ferrero

Prédio magnífico da Rua Prior do Crato, 125 – chamada de atenção à Vereadora do Urbanismo (06.06.2024)

Exma. Senhora Vereadora
Engª Joana Almeida
 CC.PCML, AML e JF Alcântara, LUSA
Ontem, deparámo-nos com a recente colocação de tapumes em redor do magnífico prédio do nº 125 da Rua Prior do Crato, em Alcântara, datado de 1888 e conhecido pela beleza singular da patine que a sua fachada adquiriu ao longo dos tempos, resultante do desgaste de várias camadas de tintas diferentes, e não questionando a necessidade de obras de conservação e recuperação deste imponente prédio, fazemos votos para que a empreitada em curso não resulte em mais um caso de esventramento de edifícios singulares de Lisboa, pelo que alertamos V. Exa. para a necessidade de preservar as lindíssimas molduras e frisos na parede curva, com a Rua Vieira da Silva, em massa tridimensional, bem como os belos estuques artísticos existentes em todos os pisos de habitação, para além de todo o belíssimo trabalho em ferro das sacadas, etc.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Filipe de Portugal, Maria Teresa Goulão, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Miranda, Helena Espvall, Beatriz Empis, Jorge Pinto, António Araújo, Rui Martins, Irene Santos, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Ruth da Gama, Fátima Castanheira, João Gonçalves

 

Azulejo de fachada – aplicação da Lei 79/2017 – apelo à Vereadora do Urbanismo (06.06.2024) 1024 508 Paulo Ferrero

Azulejo de fachada – aplicação da Lei 79/2017 – apelo à Vereadora do Urbanismo (06.06.2024)

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo

Engª Joana Almeida

C.C. PCML, AML e media

 

No rescaldo das várias iniciativas em prol do Azulejo que o Fórum Cidadania Lx e o MAPA desenvolveram ao longo do mês de Maio, o “mês do azulejo”, não podemos deixar de alertar V. Exa. para a necessidade urgente de os serviços de Urbanismo da CML alterarem radicalmente a sua postura no que toca à aplicação da Lei nº 79/2017, e respectivas alterações ao RJUE em vigor, sob pena de as mesmas não passarem de boas intenções, sem qualquer efeito prático naquilo que as motivou: a conservação e a salvaguarda do azulejo de fachada.

De facto, apelamos a V. Exa. para dar indicações aos serviços que tutela para que sejam mais activos e eficazes aquando da apreciação e do licenciamento de projectos urbanísticos relativos a edifícios com fachadas azulejares, uma vez que até agora o empenho e a pró-actividade da CML têm sido quase nenhuns desde que a lei está em vigor, fazendo depender a sua acção dos alertas esporádicos que lhes vão chegando.

Porque se é verdade que todos consideramos o Azulejo como património identitário nacional e que esta Lei é curta – ela ignora o azulejo de interior -, a verdade é que apesar disso continuamos a assistir desde 2017 ao desmantelar de fachadas azulejadas, ao seu saque, à sua substituição de azulejos de origem (esses sim de valor) por réplicas muitas delas de péssima qualidade (sem valor), à inexistência de um banco de azulejos capaz, à venda legal e ilegal e ao desbarato nos mais variados locais, e à tradicional ausência de fiscalização e punição dos prevaricadores.

Ou seja, a lei não é cumprida e, qualquer dia, o universo de fachadas de azulejos (e os de interior, por maioria de razão) será uma raridade, tal qual muito outro património que a cidade tem perdido.

Uma realidade à qual, infelizmente, nem mesmo os imóveis classificados conseguem estar imunes.

Por outro lado, constata-se que na grande maioria dos casos em que o azulejo é maltratado, é-o por desconhecimento dos promotores, dos arquitectos e dos empreiteiros de que há uma Lei de defesa dos azulejos de fachada.

Pelo que, em nosso entender, as autarquias, e a CML em particular, enquanto entidades que aplicam e fazem cumprir o RJUE, têm a maior responsabilidade na boa aplicação desta lei e na salvaguarda do azulejo de fachada.

Para se contrariar essa triste realidade, cremos ser urgente e necessário que a CML:

1.Actualize as bases de dados relativas ao edificado da cidade, através de um levantamento/inventariação com critério e fidedigno, que sirva de carta do património azulejar de fachada da cidade de Lisboa, rigorosa, rua a rua, quarteirão a quarteirão, bairro a bairro, independentemente da época de fabrico dos azulejos, autoria, estilo ou valor patrimonial dos mesmos, susceptíveis ou não de uma classificação de conjunto.

Essa inventariação poderá perfeitamente ser feita pelos serviços da CML recorrendo à ajuda externa, por via do estabelecimento de protocolos com escolas e universidades.

2.Crie um mecanismo automático interno, nos serviços de Urbanismo, uma plataforma fiável que permita aos técnicos que recepcionam e aos que apreciam os projectos de alterações aos edifícios, identificarem imediatamente os casos em que existe azulejaria de fachada e desse modo verificarem com os promotores e autores dos projectos se a Lei nº 79/2017 está a ser cumprida.

Um tal automatismo permitirá a quem promove, projecta e executa as obras observar uma série de procedimentos em prol da salvaguarda do azulejo, designadamente a nível das técnicas e dos materiais (argamassas, etc.) para a conservação e restauro, mas também nos casos em que seja necessária a remoção dos azulejos para uma posterior recolocação.

Assim, evitar-se-á o recurso à execução de réplicas, em que, regra geral, todos ficam mais pobres, a começar pela própria cidade, ao substituir-se algo que é genuíno e que tem valor por isso mesmo, por algo sem valor absolutamente nenhum, muitas vezes mal feito e com recurso a materiais que não os tradicionais.

Bem como possibilitará uma maior rapidez na intimação de obras de conservação em fachadas cobertas a azulejo de inegável valor patrimonial ou estético, como já devida ter sido feito pela CML no caso escandaloso do edifício da Rua da Graça, nº 90 (foto 1, autoria: MAPA).

 3.Prossiga com a classificação de Interesse Municipal de fachadas e frisos de azulejos, e de azulejos nos interiores dos edifícios, porque acreditamos ser essa também uma maneira de a CML contribuir para que os privados e os organismos públicos proprietários de edifícios, tenham outro entendimento do azulejo, valorizando-o e protegendo-o, em vez de o menosprezarem e promoverem a sua substituição por réplicas.

Assim, os serviços do Urbanismo e da Cultura da CML deviam avançar, desde já e aproveitando a revisão em curso do PDM, com a inclusão de mais fachadas azulejadas em sede de Carta Municipal, mas também com a classificação de Interesse Municipal numa série delas, especialmente nos casos em que os azulejos apresentem determinadas características únicas ou singularidade (ex. o painel figurativo do século XVIII do edifício do Largo de São Mamede, nº 7, atribuído ao pintor Manuel dos Santos, do Ciclo dos Mestres – em foto 2, prédio da Rua da Saudade, nº 23, onde moraram Alexandre O’Neil e Ary dos Santos – em foto 3, e edifício da Rua da Palma, nº 207, com azulejos Arte Nova fabulosos no hall, em foto 4 – autoria R da Gama) ou crescente raridade, a saber:

Todos os azulejos pombalinos, neoclássicos, Arte Nova, art déco e modernistas da cidade; todos os azulejos produzidos nas fábricas das Devesas, Sacavém, Lusitânia, Massarelos (são exemplos maiores os azulejos na Rua do Poço dos Negros e Rua do Quelhas, por exemplo); todos os azulejos em padrão Mint. Todos os azulejos publicitários (em letreiro e figurativos)

 4.E é preciso que a CML dê o exemplo e aja em conformidade em matéria do cumprimento da lei e das suas competências, nos edifícios em que é proprietária.

Neste particular, chamamos a especial atenção de V. Exa. para alguns casos paradigmáticos, em que o desleixo, a falta de brio e a indiferença da CML são escandalosos, dado o carácter e a raridade dos azulejos objecto dessa inacção, sendo exemplos maiores o prédio do Poço do Borratém, nº 25 (foto 5 – autoria Cerâmica Modernista) e Paço da Rainha, nº 92 (foto 6).

É uma vergonha que continuem a persistir exemplos destes em património municipal.

 Colocamo-nos à disposição de V. Exa. para contribuir, na medida do possível, para as tarefas acima descritas, de modo a que se consiga assegurar em tempo útil o valioso património azulejar que a cidade ainda possui.

 Com os melhores cumprimentos

 Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irene Santos, Rui Martins, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, António Pires Veloso, Jorge Pinto, Filipe de Portugal, Carlos Boavida, Helena Espvall, José Maria Amador, António Miranda, Beatriz Empis, Ana Celeste Glória, Miguel Atanásio Carvalho, Ruth da Gama (pelo Fórum Cidadania Lx – Associação)

Isabel Colher e Marta Mendes (pelo MAPA – Movimento de Acção para a Protecção do Azulejo)

Intervenção abusiva em fachada de prédio do Bairro Azul (Conjunto de Interesse Municipal) – alerta à CML (31.05.2024) 1015 1024 Paulo Ferrero

Intervenção abusiva em fachada de prédio do Bairro Azul (Conjunto de Interesse Municipal) – alerta à CML (31.05.2024)

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
CC. PCML, AML, JFAN
 
Alertamos V. Exa. e os serviços de Urbanismo da CML para a obra em curso no espaço de restauração sito na Rua Fialho de Almeida, nº 6-B, onde se procede neste momento à colocação de placas na cantaria do prédio, conforme foto em anexo, tirada esta semana. Inclusivamente, a porta em madeira do antigo restaurante acaba de ser substituída por uma de vidro, descaracterizando ainda mais a fachada.
Trata-se, como é sabido, de um edifício que integra o Bairro Azul, conjunto classificado de Interesse Municipal, pelo que não se pode aceitar esta intervenção na fachada.
Solicitamos a melhor atenção de V. Exa. para esta intervenção e para a necessidade de, uma vez por todas, a CML proceder à elaboração de um Regulamento para o Bairro ou, à falta deste e de coragem em o fazer, a elaboração de um manual de boas práticas, tantas são já as más práticas nas fachadas e nos interiores dos edifícios deste bairro, desde que o mesmo foi classificado de Interesse Municipal, em 2011 (Edital nº 22, de 1 de Março, da CML).
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Irene Santos, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Rui Martins, Filipe de Portugal
Licenciamento do empreendimento dos Terraços do Monte – Protesto à Vereadora do Urbanismo (29.05.2024) 1024 538 Paulo Ferrero

Licenciamento do empreendimento dos Terraços do Monte – Protesto à Vereadora do Urbanismo (29.05.2024)

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
Cc. PCML, AML e media
Vimos pelo presente perguntar a V. Exa. as razões que determinaram a que fosse licenciado pela actual Vereação o projecto de construção nova na Rua Damasceno Monteiro, nº 11, processo nº 573/EDI/2016, com projecto do atelier ARX e promovido pela empresa Vanguard Properties (https://www.vangproperties.com/en/lisbon-portugal-real-estate/terracos-do-monte/#slider-full1), com alvará emitido e aviso colocado no local
Reconhecemos que, tal como muitos outros casos verificados no passado, os executivos em funções tenham sempre dificuldade em se recusar a licenciar pedidos de informação prévia e projectos de arquitectura aprovados por executivos anteriores, mesmo que os mesmos sejam polémicos e nocivos para a cidade, como consideramos ser o caso dos “Terraços do Monte”.
Contudo, acreditamos que esta teria sido uma “janela de oportunidade” para a CML mudar de paradigma, e passar a zelar pela escrupulosa salvaguarda do sistema de vistas da cidade, na ocasião as que se obtêm a partir do miradouro da Capela de Nossa Senhora do Monte (IIP) para a cidade a jusante, mas também, e sobretudo, as que se obtêm de baixo para cima, desde a quota inferior do Largo e Rua das Olarias (onde o impacte será tremendo), mas também do próprio Martim Moniz e, também, desde as colinas vizinhas, nomeadamente desde o Jardim de São Pedro de Alcântara e do Castelo de São Jorge, não esquecendo o impacte brutal que este empreendimento terá ainda no Palácio dos Távora, edifício setecentista, paredes-meias com o lote em apreço e que é propriedade da CML.
Inclusivamente, consideramos lamentável que a CML tenha aprovado este projecto com base numa informação dos serviços (Informação Nº 43179/INF/DMURB_DepLPE_DivPE/GESTURBE/2021) que tece um parecer acerca do impacte daquele no sistema de vistas a partir de um andaime (!) colocado para o efeito, ou seja, uma estrutura transparente e sem qualquer profundidade ou volumetria, sem recurso a métodos topográficos adequados, o que chega a ser caricato e surreal numa capital europeia e em pleno século XXI.  Parecer esse que ignora completamente os impactes por nós referidos no parágrafo anterior.
Acresce que o historial deste lote é tudo menos transparente, como V. Exa. se lembrará: a CML proibiu uma construção de 2 pisos no início dos anos 80, expropriou o terreno em 1982, anunciou (EPUL) em 2005 um silo automóvel o mesmo lote, vendeu-o em hasta pública 2015, sendo o mesmo revendido pouco tempo depois aos actuais proprietários, com o preço de cada apartamento a rondar os 2 a 5 milhões de euros e as penthouses os 10 milhões!
A CML devia ter suspendido o processo, re-apreciado todos os impactes de forma credível e intervindo junto dos promotores para que alterassem o projecto, por forma a não interferir com os pontos de vista já referidos.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Nuno Caiado, Eurico de Barros, Miguel Atanásio Carvalho, Rui Martins, António Pires Veloso, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Filipe de Portugal
 
Foto: Lote expectante visto do miradouro da Graça. (autor: André Barragon, 2020)
Projecto de Expansão da Linha Vermelha do Metro de Lisboa – Pedido de audição urgente às Comissões da AR 916 915 Paulo Ferrero

Projecto de Expansão da Linha Vermelha do Metro de Lisboa – Pedido de audição urgente às Comissões da AR

À Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República
 
Exmo. Sr. Presidente
Deputado Miguel Santos
 
Em primeiro lugar, cumprimentamos essa Comissão na pessoa de V. Exa., desejando os maiores sucessos para a presente legislatura, e que dela resulte um país mais desenvolvido, e uma permanente salvaguarda do interesse público.
 
Como será do conhecimento dos Senhores Deputados dessa Comissão, o Metropolitano de Lisboa anunciou em Dezembro passado a adjudicação da empreitada de execução do prolongamento da Linha Vermelha do Metro.
Terão também conhecimento de que se encontram em apreciação nos tribunais administrativos duas providências cautelares, uma delas da autoria conjunta das associações Fórum Cidadania Lx, Quercus e Casa de Goa, na qual solicitamos a suspensão de eficácia da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) da autoria da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, que incidiu sobre o projeto de prolongamento da referida linha, por manifesto incumprimento do PDM de Lisboa e do Plano de Urbanização de Alcântara, ambos em vigor.
 
As obras do Metro de construção da ampliação da Linha Vermelha não poderão, portanto, ser iniciadas com uma DIA suspensa judicialmente.
 
Assim, uma vez que a composição da Assembleia da República foi radicalmente alterada com o recente acto eleitoral, e porque houve já notícias sobre a decisão de reapreciação e correcção de opções e traçados anteriormente aprovados para outras linhas de metropolitano, em Lisboa e no Porto, solicitamos uma audição urgente à Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República, a fim sensibilizarmos os senhores Deputados para a necessidade de se assegurar junto do Ministério das Infraestruturas e Habitação e do Metropolitano de Lisboa, a reavaliação do actual projecto de extensão da Linha Vermelha.
 
Desse modo evitar-se-ão os graves danos à estrutura ecológica municipal prevista no PDM de Lisboa, que irão resultar inapelavelmente da agressão à integridade física dos exemplares arbóreos existentes no Jardim da Parada, em Campo de Ourique (alguns deles legalmente classificados), que o projecto em causa implicará, bem como a destruição de um dos últimos vestígios da arquitetura militar portuguesa da época da Restauração – o Baluarte do Livramento, em Alcântara, apesar de se anunciar a sua “reconstrução” no pós-obra.
 
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Eurico de Barros, Rui Pedro Martins, Paula Cristina Peralta, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Irene Santos, Jorge Pinto, Fátima Castanheira
À Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República
 
Exmo. Sr. Presidente
Deputado Salvador Malheiro
 
Em primeiro lugar, cumprimentamos essa Comissão na pessoa de V. Exa., desejando os maiores sucessos para a presente legislatura, e que dela resulte um país mais desenvolvido, e uma permanente salvaguarda do interesse público.
 
Como será do conhecimento dos Senhores Deputados dessa Comissão, o Metropolitano de Lisboa anunciou em Dezembro passado a adjudicação da empreitada de execução do prolongamento da Linha Vermelha.
Terão também conhecimento de que se encontram em apreciação nos tribunais administrativos duas providências cautelares, uma delas da autoria conjunta das associações Fórum Cidadania Lx, Quercus e Casa de Goa, na qual solicitamos a suspensão de eficácia da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) da autoria da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, que incidiu sobre o projeto de prolongamento da referida linha, por manifesto incumprimento do PDM de Lisboa e do Plano de Urbanização de Alcântara, ambos em vigor.
 
As obras do Metro de construção da ampliação da Linha Vermelha não poderão, portanto, ser iniciadas com uma DIA suspensa judicialmente.
 
Assim, uma vez que a composição da Assembleia da República foi radicalmente alterada com o recente acto eleitoral, e porque houve já notícias sobre a decisão de reapreciação e correcção de opções e traçados anteriormente aprovados para outras linhas de metropolitano, em Lisboa e no Porto, solicitamos uma audição urgente à Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República, a fim sensibilizarmos os senhores Deputados para a necessidade de se assegurar junto da Agência Portuguesa do Ambiente e do Metropolitano de Lisboa, a reavaliação do actual projecto de extensão da Linha Vermelha do Metro.
 
Desse modo evitar-se-ão os graves danos à estrutura ecológica municipal prevista no PDM de Lisboa, que irão resultar inapelavelmente da agressão à integridade física dos exemplares arbóreos existentes no Jardim da Parada, em Campo de Ourique (alguns deles legalmente classificados), que o projecto em causa implicará, bem como a destruição de um dos últimos vestígios da arquitetura militar portuguesa da época da Restauração – o Baluarte do Livramento, em Alcântara, apesar de se anunciar a sua “reconstrução” no pós-obra.
 
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Eurico de Barros, Rui Pedro Martins, Paula Cristina Peralta, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Irene Santos, Jorge Pinto, Fátima Castanheira
Lote expectante junto à moradia António Bravo (IIP) – sugestão à CML para abrir espaço ajardinado público 1024 515 Paulo Ferrero

Lote expectante junto à moradia António Bravo (IIP) – sugestão à CML para abrir espaço ajardinado público

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas.
Exmo. Sr. Vice-Presidente da CML
Dr. Filipe Anacoreta.
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
 
Serve o presente para renovarmos a nossa sugestão à CML de avançar com a criação de um espaço ajardinado público no lote que está imediatamente junto à moradia de António Bravo (nº 207-209), obra fundamental do arq. Porfírio Pardal Monteiro (1926) e por isso mesmo Prémio Valmor (1929) e Imóvel de Interesse Público/ZEP (2008) – ver imagem em anexo.
Ignoramos se o lote em causa é ou não é propriedade da autarquia, mas se o não for, uma vez que o lote é descrito na conservatória como sendo non aedificandi, a CML poderá sempre expropriar o mesmo, por forma a que a moradia, que é um dos exemplos maiores da Art Déco em Lisboa, tenha, finalmente, o enquadramento adequado e uma melhor leitura de conjunto.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Rui Pedro Barbosa, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, Maria Teresa Goulão, Teresa Teixeira, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Raquel Henriques da Silva
Balanço de meio mandato da política de Urbanismo em Lisboa – carta aberta à Sra. Vereadora 724 1024 Paulo Ferrero

Balanço de meio mandato da política de Urbanismo em Lisboa – carta aberta à Sra. Vereadora

Estacionamento subterrâneo na Praça José Fontana – estupefacção e protesto à CML 729 696 Paulo Ferrero

Estacionamento subterrâneo na Praça José Fontana – estupefacção e protesto à CML

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML, Património Cultural, IP e media
Fomos surpreendidos com uma notícia de há dias, publicada no Jornal Público (https://www.publico.pt/2024/01/26/local/noticia/urbanizacao-estefania-lisboa-tera-menos-area-verde-prevista-2011-2078100), em que, à  margem do motivo central do artigo, se dá conta da iminência da construção de um parque de estacionamento subterrâneo em plena Praça José Fontana; dando corpo a um projecto que terá sido aprovado há 30 anos pela CML!
 
É a todos os títulos lamentável que em 2024, em pleno século XXI, se assista a um retrocesso civilizacional como o que se anuncia agora como facto consumado: a construção de estacionamento subterrâneo em pleno centro de Lisboa, junto a um jardim histórico e defronte a um edificado classificado de Interesse Público (Liceu Camões), na linha dos crimes lesa-património que todos tempos presentes e que foram cometidos no Largo das Mercês e no Campo Mártires da Pátria, e das intenções da mesma índole que, felizmente, a cidade conseguiu travar no Príncipe Real e no Largo Barão de Quintela, só para referir os casos de maior mediatismo.
 
É confrangedor que ao mesmo tempo que a CML, e bem, anuncia defender os princípios de um paisagismo responsável, pugnando pela não impermeabilização do solo e pela defesa intransigente do combate às alterações climáticas, pela promoção da mobilidade suave e pela transparência – sempre ausente das intenções de construção de parques subterrâneos, como V. Exa. concordará connosco, pelos exemplos que não faltam em Lisboa – e apareça agora como licenciadora/promotora de um estacionamento subterrâneo como o presente, com capacidade para cerca de 300 automóveis em 3 pisos abaixo do solo, desfigurando parte da Av. Duque de Loulé, e que não é de modo nenhum um “parque dissuasor”, muito pelo contrário, e em que os “direitos adquiridos” serão tão legítimos quanto o “processo administrativo” que os validou (https://www.am-lisboa.pt/documentos/1649091835S5aLC9st4Pf83YI9.pdf), para não o adjectivarmos de outra forma. 
Um projecto que nunca foi a discussão pública e do qual se desconhece a maioria dos seus elementos técnicos.
Solicitamos, portanto, à CML que esclareça a população sobre este projecto e promova a sua discussão pública, antes que o mesmo seja irreversível para a cidade.
Muito obrigado.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Martim Galamba, Gonçalo Cornélio da Silva, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Nuno Caiado, Filipe de Portugal, Miguel de Sepúlveda Velloso, Helena Espvall, António Araújo, Bernardo Ferreira de Carvalho, Madalena Martins, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Fátima Castanheira
Loteamento da Quinta das Damas – Contributo para Consulta Pública 908 1024 Paulo Ferrero

Loteamento da Quinta das Damas – Contributo para Consulta Pública