Património

Classificação de Bens Imóveis – Envio de sugestões a Ministério da Cultura e Património Cultural, IP (04.09.2024) 900 900 Paulo Ferrero

Classificação de Bens Imóveis – Envio de sugestões a Ministério da Cultura e Património Cultural, IP (04.09.2024)

Ex.ma. Senhora Ministra da Cultura
Dra. Dalila Rodrigues,
Ex.mo. Senhor Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
cc. media
Como é do conhecimento de V. Exas. a classificação de Interesse Público não tem sido o garante da salvaguarda dos bens classificados que seria esperado e desejado pelo legislador, em grande parte, mas não só, porque do lado dos proprietários não existe sensibilização nem motivação para que isso aconteça, havendo mesmo casos em que a classificação é entendida apenas como um obstáculo à livre iniciativa, um espartilho à propriedade privada, pelo que pretendemos com esta iniciativa contribuir para melhor se atingir esse desiderato.
De facto, e infelizmente, vários têm sido os exemplos em que os proprietários derrubam paredes, tectos e estuque, arrancam coberturas e soalhos, destroem elementos decorativos, alteram volumetrias, esventram o subsolo, substituem materiais, obstruem o bem classificado, abandonando-o inclusivamente à incúria, etc., grande parte das vezes também por falta de conhecimento das próprias equipes técnicas e muitas vezes com a melhor boa vontade. 
Obras ilegais, algumas vezes, sem que sejam sequer comunicadas à tutela, que desvalorizam e desvirtuam o bem classificado, pondo em causa essa mesma classificação em alguns dos casos verificados, e, mais grave, estão a destruir o nosso património cultural e a destruir a nossa identidade. Uma prática que não é de agora mas que se tem agravado nos últimos anos.
Existe um divórcio, por vezes litigioso, entre o proprietário do bem classificado e a tutela, para lá do desconhecimento do que essa classificação comporta – veja-se a este propósito dois casos de que demos conta a V. Exas. recentemente: a substituição de uma porta em ferro por uma em PVC no quarteirão Em Vias de Classificação da Av. Duque d’Ávila, e o roubo e destruição de um gradeamento em ferro, Arte Nova, no Palacete Valmor, classificado de Interesse Público.
Pensamos que para tal em muito contribui a escassa relevância que uma eventual isenção de IMI tem para o proprietário, enquanto incentivo financeiro, mas, mais importante, a inexistência de incentivos de outra ordem, bem como outros factores, desde logo a falta de sensibilização para a causa, a falta de informação sobre o estatuto de “interesse público”, mas também o não reconhecimento pela comunidade e pelo próprio proprietário sobre o que é ser um bem classificado. 
Acima de tudo deve ser um grande orgulho ter-se um imóvel classificado, deve ser encarado como um selo de qualidade, que inclusivamente valorize em mercado o imóvel como acontece por exemplo com a classificação dos veículos clássicos.
Este exemplo de veículo clássico tem, aliás, vários bons exemplos que podem ser transpostos para os imóveis:
-A vantagem inicial para os proprietários que é a inspecção ter uma periodicidade muito mais longa e poder ter a equivalência da isenção de IMI.
-Mas como se mantém a inspecção, pode perder a classificação, pelo que poderia ser importante nos imóveis a classificação poder ser reavaliada periodicamente, mas o retirar da classificação tem de ser mau para o proprietário.
-Nos veículos a classificação corresponde a um significativo aumento do valor comercial.
-No caso de um acidente as seguradoras não podem dar o veículo como perda total, isto é provavelmente a maior vantagem nos veículos classificados, provavelmente nos imóveis deveria acontecer algo semelhante.
-Também os seguros dum veículo classificado são significativamente mais baratos.
-Existem grandes comunidades de interajuda de proprietários.
Assim, sugerimos a V. Exas. que desenvolvam esforços no sentido de serem criados nesta legislatura alguns mecanismos, alguns com custos muito baixos, que ajudem a uma mudança efectiva de paradigma, poderão passar pela, 
 -Criação de uma estrutura nos serviços do Património Cultural, IP, em figurino de “gabinete de apoio”, em que, permanentemente, se garanta a ligação tutela-proprietários dos bens classificados, onde estes possam obter a informação e o apoio técnico necessários em matéria de boas-práticas, aconselhamento técnico e jurídico, etc. De modo a que seja visto como um verdadeiro apoio e nunca como o “polícia mau” que vai atrasar, dificultar, tornar mais caros os trabalhos, porque pode ser o contrário, e ser a justificação para a não aplicação de alguns regulamentos; limites de dimensões; eficiência energética.
 -Criação pelo Património Cultural, IP, de um canal de comunicação de urgência para os proprietários para situações de emergência: acidentes no imóvel, incêndios, abatimento de terras ou cobertura, necessidade de travar obras na zona de prospecção, etc.
 -Organização pelo MC/PC-IP de 1-2 reuniões/colóquios por ano, em que se reúnam e se auscultam os proprietários dos bens classificados, se divulgam as boas e más-práticas, auscultam especialistas das várias áreas relacionadas com a salvaguarda do bem, mas também sobre a sua boa manutenção e a sua utilização apropriada.
-Sensibilização para a necessidade de divulgação do bem classificado junto do público, como forma de se alcançar um maior reconhecimento público do bem em causa, com recurso à edição de publicações e a parcerias com outras entidades que lhe permitam outra escala. 
-Criação de um diploma de imóvel classificado, com placa a ser, ou não, colocada no Imóvel.
-Atribuição de incentivos não financeiros aos proprietários, por exemplo prémios/menção honrosa anuais à “melhor manutenção”, à “melhor intervenção de restauro”, à “melhor utilização de um edifício classificado”, à “melhor divulgação”, etc.
-Perda de isenção de IMI e outras penalizações para os proprietários de imóveis classificados em claro estado de abandono/incúria.
 -Notificação dos proprietários dos trabalhos que vão ser feitos na zona de protecção do imóvel, pois aqueles podem ser “fiscais” de boa vontade.
-Isenção de AIMI no caso em que os proprietários são empresas, casos que não são raros.
 São apenas ideias, mas que cremos poderem servir de guião inicial à urgente mudança de paradigma, para que do lado do proprietário se encare a tutela e, sobretudo, a chancela de “interesse próprio” e não só de “interesse público” não como um galardão que apenas é um empecilho, onera e castra quem possui o bem classificado, mas que, em vez disso, o incentiva, premeia e apoia.
Conjuntamente, a tutela deveria estar em permanente sintonia com as boas-práticas que sobre este tema são praticadas noutros países.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Rui Martins, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Helena Espvall, Gustavo da Cunha, Filipe Teixeira, António Miranda, Manuela Correia
O Palácio Pombal continua sem rumo e a degradar-se – proposta à CML (03.09.2024) 1024 682 Paulo Ferrero

O Palácio Pombal continua sem rumo e a degradar-se – proposta à CML (03.09.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, JF Misericórdia e media
No seguimento de uma publicação da Revista Time Out do mês passado, onde se refere a possibilidade de instalação da companhia de teatro dos Artistas Unidos no Palácio Pombal (https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/pode-o-palacio-pombal-ser-uma-casa-para-os-artistas-unidos-junta-de-freguesia-acha-que-sim-080924?fbclid=IwY2xjawFCmUtleHRuA2FlbQIxMQABHRcZevPpIBc7lhk4SvGekqfSSUIf_r5XtnnHzKl4iwYQsNVzLTw9jQ0wVA_aem_bbh-Vpq_zg7uAWta39n0VQ), hipótese que não criticamos, e independentemente de continuarmos a defender que a ala do Palácio Pombal que é propriedade da CML deveria ser sempre um museu dedicado ao Marquês e à sua obra em Lisboa;
Apelamos a V. Exa. para que a CML exerça o direito de preferência sobre a ala do palácio onde funcionou a Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de Lisboa, cujo valor de venda está em 10 M€, recorrendo para tal às receitas provenientes da cobrança das taxas turísticas e às receitas do Casino de Lisboa, receitas essas que também poderão servir para a recuperação do palácio, o qual, como é do conhecimento de V. Exa., se mantém num estado de indignidade e a degradar-se desde há mais de 25 anos, período durante o qual também se discutiu ad nauseam a solução de ocupação, sem que se tenha tomado até hoje qualquer decisão!
Deste modo, Lisboa e os lisboetas recuperarão para si a maior parte do Palácio Pombal, os Artistas Unidos poderão perfeitamente utilizar a ala onde funcionou a escola de dança, e o imenso legado de Pombal a Lisboa poderá ser musealizado e dado a conhecer num local por demais apropriado.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, José Maria Amador, Rui Martins, Gustavo da Cunha, Ana Alves de Sousa, Helena Espvall, Filipe de Portugal, António Araújo, António Pires Veloso, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Pedro Jordão, Manuela Correia

 

Foto: Trienal de Arquitectura
Pedido de classificação da Casa dos Penedos, em Sintra (26.08.2024) 1024 736 Paulo Ferrero

Pedido de classificação da Casa dos Penedos, em Sintra (26.08.2024)

Ex.mo. Senhor Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
CC. Ministra da Cultura
Como é do conhecimento de V. Exa., a Casa dos Penedos, em Sintra, é uma das obras mais notáveis do legado de Raul Lino, por tudo mas sobretudo pelo desafio que foi construir naquele terreno íngreme e acidentado uma habitação como este palacete estival, mais as cocheiras e as construções para os empregados.
Tratando-se assim de uma obra complexa, a essa complexidade se juntaria um outro desafio, alcançado também na perfeição: garantir que a casa estaria em perfeita sintonia com a envolvente, usufruindo da paisagem, da vila histórica e da serra de Sintra, pelo que também por isso estamos em presença de um exemplo maior da nossa arquitectura paisagista, a que se juntam, naturalmente, a estética, a decoração e os materiais tão do agrado do Arquitecto.
Nos últimos anos, felizmente, a DGPC teve a preocupação de classificar de Interesse Público alguns outros exemplares da autoria de Raul Lino, também eles notáveis, como são as três moradias do Monte Estoril e a famosíssima Casa Branca, nas Azenhas do Mar.
Contudo, existe, a nosso ver, uma pecha chamada Casa dos Penedos, que importa incluir na lista de bens protegidos que foram desenhados ao pormenor por Raul Lino, como sempre foi seu timbre.
Nesse sentido, vimos requerer a V. Exa. a abertura do procedimento de classificação da Casa dos Penedos, juntando para o efeito o respectivo formulário e uma série de plantas e alçados e fotografias, fazendo votos para que a mesma seja passível de aprovação o mais rápido possível.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Maria Ramalho, Rui Pedro Barbosa, Luis Mascarenhas Gaivão, Eurico de Barros, Maria Teresa Goulão, Rui Martins, Raquel Henriques da Silva, Helena Espvall, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Paula Cristina Peralta, José Maria Amador, Pedro Formozinho Sanchez
Foto: Bernardo Rodrigues (2023)
Mãe d’Água das Amoreiras – protesto à EPAL pela ocupação indigna do exterior e interior (21.08.2024) 1024 1024 Paulo Ferrero

Mãe d’Água das Amoreiras – protesto à EPAL pela ocupação indigna do exterior e interior (21.08.2024)

Exma. Sra. Directora do Museu da Água
Dra. Mariana Castro Henriques
C.C. Ministra da Cultura, Património Cultural-IP, UNESCO e Lusa 
Como é do conhecimento de V. Exa., a empresa OCUBO ocupa desde 2019 o exterior e o interior do reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, equipamento central do complexo monumental do Aqueduto das Águas-Livres, conjunto Monumento Nacional e que consta, recordamos, da lista indicativa da UNESCO desde 2017.
Questionamo-nos como é possível uma ocupação daquele Monumento como a que é feita pela empresa citada?
Mais espantados ficamos quando nos referem que a ocupação é para continuar, sem fim à vista…
Como é possível que um programa ocupacional como o presente tenha sido aprovado para este local pela EPAL/Museu da Água e pela então DGPC, quando o dito programa não dignifica o complexo da Mãe d’Água e, pior, quando os danos são evidentes no interior e no exterior.
Como as fotografias desta semana descrevem, se o exterior da Mãe d’Água é um amontoado de barracas, o jardin parterre ali existente foi dizimado, as maltratadas Cycas estão sob ameaça e o muro e gradeamento estão como estão, já o interior da Mãe d’Água é um caos de parafernália técnica, com projectores e acessórios vários em todos os recantos do recinto, impossibilitando a leitura do monumento barroco, a iluminação natural, o usufruto das conversadeiras, enfim, numa existência de indignidade que aquele Monumento não merece, nem Carlos Mardel ou Reynaldo dos Santos.
Acresce que o monumento carece de obras de manutenção, pois as coberturas e as caixilharias dos vãos denunciam uma gritante falta de manutenção: cantarias com fissuras (algumas delas pondo em risco a segurança dos visitantes assim como dos peões que circulam nos arruamentos em volta do monumento), colonização biológica extensiva na cobertura em terraço, incluindo canaletos e gárgulas bloqueados, guardas de ferro com oxidações avançadas, caixilharias de madeira em vãos em mau estado, etc.
Em que fica a “sacralidade do espaço” que a própria EPAL, e bem, reclama para o “seu” Monumento?
Apelamos a V. Exa. para que a EPAL extinga liminarmente a concessão do Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras à empresa OCUBO, e que esta seja obrigada a custear a recuperação dos espaços exteriores do mesmo.
Quanto aos interiores, apelamos a que a EPAL recorra aos serviços do Património Cultural, IP, para que sejam avaliados os eventuais danos no interior do edifício, e obrigue a empresa a custear o seu restauro, se for caso disso.
E seja ponderada a retirada do palco do centro do tanque, situação que perdura há décadas, impossibilitando a vista de todo o reservatório.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Gustavo da Cunha, Rui Martins, Jorge Pinto, Pedro Formozinho Sanchez
Palacete Valmor (IIP) com gradeamento Arte Nova partido – alerta e protesto à CML (08.08.2024) 1024 880 Paulo Ferrero

Palacete Valmor (IIP) com gradeamento Arte Nova partido – alerta e protesto à CML (08.08.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Ex.ma Sra. Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
 
C.C. AML, Património Cultural – IP e Agência Lusa
Como é do conhecimento de V. Exas., o palacete Valmor da Avenida da República, é Imóvel de Interesse Público desde 1976 e, por isso, está especialmente protegido também a nível do Plano Director Municipal em vigor.
Assim, assume particular preocupação e revolta a inoperância da Câmara Municipal de Lisboa em intimar o proprietário do edifício a repor as secções do gradeamento em falta neste momento, de que anexamos fotografias tiradas nesta semana – parte do gradeamento em ferro encontra-se tombada no interior do canteiro, e outra parte desapareceu.
Não se pode aceitar este estado de abandono pelo proprietário e a indiferença de quem administra a cidade de Lisboa.
Na expectativa apresentamos os melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Rui Pedro Martins, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Luis Mascarenhas Gaivão, Irene Santos , Ana Celeste Glória, José Maria Amador,  Beatriz Empis, Carlos Boavida, Helena Espvall, Filipe de Portugal, António Araújo, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Teresa Silva Carvalho
Fotos de Rui Martins
Telão colocado na fachada da Igreja de São Vicente de Fora (MN) – alerta e pedido de intervenção ao Património Cultural, IP (05.08.2024) 1024 1022 Paulo Ferrero

Telão colocado na fachada da Igreja de São Vicente de Fora (MN) – alerta e pedido de intervenção ao Património Cultural, IP (05.08.2024)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
Serve o presente para alertar V. Exa. para a colocação, a nosso ver abusiva, de um telão na fachada da Igreja de São Vicente de Fora, Monumento Nacional, e para solicitar que interceda junto do Patriarcado para que o mesmo seja retirado, a fim que o monumento recupere a sua dignidade.
Acresce que este telão já feria a dignidade do conjunto monumental no local onde se encontrava anteriormente, isto é, junto ao portão de acesso ao mosteiro, mas onde se encontra agora é por demais atentatório ao Monumento Nacional.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Teresa Silva Carvalho, Carlos Boavida, Gustavo da Cunha, Jorge Pinto, Rui Martins, Beatriz Empis, Filipe de Portugal, António Araújo, Manuela Correia
Fotos de António Araújo
Alerta porta substituída em edifício Em Vias de Classificação /pedido de intervenção ao Património Cultural, IP (05.08.2024) 1006 1024 Paulo Ferrero

Alerta porta substituída em edifício Em Vias de Classificação /pedido de intervenção ao Património Cultural, IP (05.08.2024)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
Serve o presente para alertar V. Exa. para a lamentável substituição da porta principal do edifício do nº 18 da Avenida Duque d’Ávila, edifício que integra o lote de edifícios do conjunto Em Vias de Classificação do nº 18 ao nº 32F (https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/anuncio/213-2021-171441573), conforme foto 1 em anexo.
Solicitamos, por isso, ao Património Cultural, IP, para interceder junto do respectivo proprietário no sentido de repor a porta em ferro original (1930) e repor a legalidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Jorge Pinto, Helena Espvall, Maria da Conceição Delgado, Carlos Boavida, Rui Martins, Beatriz Empis, Filipe de Portugal, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Teresa Silva Carvalho, Irene Santos
Foto 2 (Pedro S Bello)

Resposta do Sr. Presidente do Património Cultural, IP (05.08.2024)

«Ex.mos Senhores

Forum Cidadania Lx

Acabo de solicitar a intervenção dos serviços do Património Cultural, I.P., para verificação da ocorrência, ao nível do Departamento dos Bens Culturais.

Com os meus melhores cumprimentos,

João Soalheiro,

Presidente do Conselho Diretivo»

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024) 960 960 Paulo Ferrero

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, Reitoria da UL, Artistas Unidos e agência Lusa
 
Como é do conhecimento de V. Exa., hoje, dia 31 de Julho, encerra o Teatro da Politécnica, a casa dos Artistas Unidos (https://artistasunidos.pt/comunicado-uma-casa-para-os-artistas-unidos) desde 2011, companhia de referência no panorama cultural da cidade e legado inestimável de Jorge Silva Melo, uma das maiores figuras do nosso quotidiano, a Lisboa e aos lisboetas.
Se é a todos os títulos lamentável a ordem de despejo que a Universidade de Lisboa decidiu emitir a quem, com a ajuda da CML, tornou um espaço que, embora à guarda da UL, estava devoluto e maltratado num ponto de encontro de Cultura, renovando o edificado e devolvendo o brio àquela ante-câmara do Jardim Botânico, sempre com público e uma programação cuidada, não deixa de ser também lamentável a posição da CML, ou melhor, a não posição da CML, quer ao não negociar a permanência da companhia naquele local – lembramos que a UL é a grande beneficiária do Plano de Pormenor aprovado pela CML para o Jardim Botânico, e que um projecto cultural como o dos AU é uma mais-valia e não uma menos valia para a zona – quer ao não garantir qualquer solução, ainda que provisória, para que os AU tenham a casa que merecem e a cidade exige.
De facto, escusado será relembrarmos a V. Exa. o processo rocambolesco que envolveu a saída dos AU em 2002 das antigas instalações do vespertino A Capital, no Bairro Alto, onde estavam desde 1999, ao tempo por acordo de cedência com a firma proprietária do antigo jornal, depois já com a proprietária CML, invocando esta a necessidade de obras, obras que até hoje nunca foram feitas.
Pelo meio ficaram as promessas de um projecto cultural “Centro de Artes A Capital – Teatro Paulo Claro”, que nunca avançou, uma estadia no Teatro Taborda até 2005, acordada com a EGEAC, e muitos avanços e recuos e intermitências várias, até que em 2011, por protocolo com a UL e o apoio da CML, os AU se instalaram no pequeno edifício da Politécnica.
Pelo meio ficaram também as parangonas de jornal anunciando as mais variadas promessas da CML para o edifício d’A Capital: silo automóvel (!), em 2012; habitação com renda acessível, em 2020 (foto) e, finalmente e há poucos meses, o regresso dos Artistas Unidos ao seu ponto de partida, mas só depois de obras, obras que continuam por iniciar, sem haver projecto que se conheça.
Pelo exposto, solicitamos a V. Exa., Senhor Presidente da CML, que esclareça a opinião pública e, por maioria de razão, os Artistas Unidos, sobre o futuro imediato da companhia e também o que pretende fazer de facto com o edifício d’A Capital, que está em muito piores condições do que estava em 2002.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Eurico de Barros, Maria Teresa Goulão, Paula Cristina Peralta, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Jorge Pinto, Rosa Casimiro, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Filipe de Portugal, Fernando Jorge, Ruth da Gama
Protesto veemente pelo estado da muralha do Miradouro de S. Pedro de Alcântara e zona envolvente (30.07.2024) 768 1024 Paulo Ferrero

Protesto veemente pelo estado da muralha do Miradouro de S. Pedro de Alcântara e zona envolvente (30.07.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML e media
Como é do conhecimento de V. Exa., é a todos os títulos lamentável o estado em que se encontra a muralha do Miradouro de São Pedro de Alcântara e zona envolvente, não só pelo enxovalho diário que nos deve tocar a todos enquanto capital europeia, mas também pelo estado de conservação da muralha do miradouro, importante obra de engenharia da cidade oitocentista.
A CML chegou a anunciar há uns 12 anos que iria avançar com uma obra profunda na muralha e nas escadarias, e em 2017 foi grande a polémica acerca de uma adjudicação directa à firma Teixeira Duarte, em mais de 5 milhões de euros, mas hoje o estado de conservação da muralha ainda é pior do que nessa altura, conforme as fotos documentam. Perguntamos se há relatório das obras efectuadas?
Mais, a chamada “galeria de arte pública”, um manifesto erro que a CML insiste em manter, mais não é que um foco de insalubridade, com lixo em quantidades chocantes. 
Por baixo das estruturas de suporte dos grandes painéis para “arte urbana”, habitam pessoas sem abrigo, que certamente merecem melhor lugar para viverem.
O Largo da Oliveira é um autêntico vazedouro ilegal, com acumulação de detritos de toda a espécie, o que é ainda mais revoltante porque aquele lugar tem um enorme potencial enquanto espaço público verde de qualidade.
Perguntamos por isso a V. Exa. o que pensa a CML fazer no imediato de modo para resolver esta situação que a todos envergonha, ou seja:
Há projecto de execução para a obra na muralha e nas escadarias? Vai haver concurso público em breve?
A degradada “galeria de arte” vai ser removida e a área envolvente limpa e dignificada?
Quando?
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Gustavo da Cunha, Gonçalo Cornélio da Silva, Luis Mascarenhas Gaivão, Beatriz Empis, Rui Martins, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, José Maria Amador, Filipe Teixeira, Irene Santos, Filipe de Sousa, Miguel Atanásio Carvalho, Paula Cristina Peralta, Maria da Conceição Delgado, Ruth da Gama
Agradecimento à IP pela retirada das catenárias que obstruíam leitura da Torre de Belém (29.07.2024) 802 1024 Paulo Ferrero

Agradecimento à IP pela retirada das catenárias que obstruíam leitura da Torre de Belém (29.07.2024)

Ex.mo Sr. Presidente do C.A. da Infraestruturas de Portugal
Doutor  Miguel Cruz
C.C. Presidente da CML, Presidente da AML, Gabinete do PM, Comissão da AR, Ministério das Infraestruturas, Ministério da Cultura, Presidente do Património Cultural, Comissão Nacional Unesco e Agência LUSA
Serve o presente para aplaudirmos a decisão da IP em retirar as novas catenárias que obstruíam de forma grosseira a leitura da Torre de Belém, Monumento Nacional e Sítio Unesco, dando-nos assim razão.
Apesar da V/resposta ao nosso protesto de 16 de Abril (https://cidadanialx.org/portfolio/catenarias-linha-de-cascais-obstruem-vistas-da-torre-de-belem-protesto-a-ip/), indiciar que não iriam remover aquelas catenárias, as mesmas foram retiradas!
A cidade agradece!
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Teresa Goulão, Rui Martins, Jorge Pinto, Beatriz Empis, António Araújo, Helena Espvall, Carlos Boavida, Ruth da Gama, João Teixeira, Filipe de Portugal, Teresa Silva Carvalho, Irene Santos, Filipe Teixeira