Património
Edifício histórico do Recolhimento das Merceeiras ao abandono
Exma. Sra. Directora-Geral do Tesouro e Finanças
Dra. Maria João Araújo,
Exmo. Sr. Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Dr. Eduardo Martinho
PCML, AML, JF e LUSA
Serve o presente para solicitar a V. Exas. que nos informem sobre quais os planos da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, enquanto proprietária, e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, enquanto inquilina até há poucos meses, para o importante e histórico edifício do tempo de D. José I, entretanto devoluto, e no qual funcionou até há bem pouco tempo o antigo Recolhimento das Merceeiras, junto à Sé de Lisboa.
Como será do conhecimento da V. Exas., o edifício do nº 15 da Rua Augusto Rosa data de 1785 e está classificado pela Carta Municipal do Património, anexa ao Plano Director Municipal em vigor, com o nº 52.09 Casa dos Merceeiros de D. Afonso IV e de Dona Brites / Rua Augusto Rosa, 15; Trav. das Merceeiras, 1-7 (Recolhimento das Merceeiras).
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, Nuno Caiado, Miguel Atanásio Carvalho, Pedro Jordão, Carlos Boavida, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Pedro Formozinho Sanchez, Jorge Pinto, Irene Santos
Fotos: Fernando Jorge
Pedido de classificação do Quartel do Conde de Lippe
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Exma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
Junto temos o prazer de enviar a V. Exas. o requerimento inicial para o procedimento de classificação do Quartel do Conde de Lippe, na Calçada da Ajuda, exemplar histórico e sui generis da nossa arquitectura militar de Setecentos, solicitando mais uma vez os bons ofícios da Direcção-Geral do Património Cultural no sentido de lhe dar seguimento.
A nosso ver, é incompreensível que o Quartel do Conde de Lippe não esteja classificado, pela sua história de mais de dois séculos e meio, pela sua configuração tão original e pelo simbolismo que tem para a cidade e para o país, inclusive num passado não muito longínquo.
Colocamos, assim, à consideração de V. Exas., o respectivo requerimento e apresentamos os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Formozinho Sanchez, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Ana Celeste Glória, Carlos Boavida, Rui Pedro Martins, Luís Mascarenhas Gaivão, Jorge Pinto, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Maria Rosário Reiche, Fernando Jorge
Protesto à CML e atelier projecto – obra em curso no Dispensário de Alcântara
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Arq. José Baganha
Atelier José Baganha & Associados, Lda
CC.AML, Vereadora do Urbanismo e media
Vimos pelo presente protestar pela demolição quase que por completo do Dispensário de Alcântara, edifício histórico classificado Monumento de Interesse Municipal desde 2017 (Edital n.º 62/2017, Boletim Municipal de 13 de Julho), deixando apenas as fachadas ou parte delas, conforme documentam as fotos em anexo, em mais uma das inumeráveis operações de construção nova com manutenção de fachada, travestidas de “reabilitação”, que foi apanágio da CML nos últimos 15 anos.
Já tínhamos alertado a CML em tempos para a necessidade de preservar o máximo possível deste edifício, até porque é necessário dar alguma consequência prática às classificações de Interesse Municipal, e não permitir que seja uma salvaguarda que apenas existe no papel;
E sabíamos do projecto do atelier José Baganha & Associados, projecto esse de alterações com demolições, aprovado há mais de 1 ano pela CML (https://jbaganha.com/pt/portfolio/dispensario-de-alcantara/), o qual embora previsse a transformação e demolição de alguns elementos dos interiores do antigo dispensário, como o pátio e a clarabóia, não configurava, de modo algum, as demolições agora presenciadas, que em nada abonam para os “novos tempos” no urbanismo e na reabilitação urbana preconizados pelo novo executivo da CML.
É, pois, com espanto e desiludidos que apresentamos este nosso protesto.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Inês Beleza Barreiros, Carlos Boavida, Maria Teresa Goulão, Rui Pedro Martins, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos
Fotos de J Gonçalves
Restaurante Tavares e Joalharia e Ourivesaria Barbosa Esteves
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
CC. AML e media
Considerando que o Restaurante Tavares está classificado como Imóvel de Interesse Municipal desde 1996 (DR, 1ª Série, nº 56, de 6 de Março) e é Loja Com História desde o início do Programa lançado pela CML em 2015;
Considerando que a situação em que o mesmo se encontra, com um dos seus lindíssimos vidros de origem a ser recentemente partido, conforme foto de há dias, potencia o acesso de estranhos ao seu interior, que se encontra agora por demais facilitado,
Considerando ainda que o nosso alerta e pedido de intervenção urgente formulado no passado dia 12 de Outubro (https://cidadanialx.org/portfolio/restaurante-tavares-pedido-de-intervencao-ao-pcml/), dando conta a V. Exa. da necessidade de intervir em prol da salvaguarda da integridade do Restaurante Tavares, não mereceu qualquer resposta até ao momento,
E que, por outro lado, a também histórica Ourivesaria e Joalharia Barbosa Esteves é Monumento de Interesse Público desde 2020 (Portaria nº 620/202º, DR, 2ª Série, de 19 de Outubro) e está inscrita na Carta Municipal do Património, item 48.10, do PDM em vigor, encontrando-se a montra desenhada por Cottinelli Telmo com uma das suas emblemáticas lanternas partida desde há alguns meses (foto de Rodrigo Sarmento);
Solicitamos à CML e à DGPC, na pessoa dos seus dirigentes máximos, uma intervenção imediata junto dos respectivos proprietários e/ou do património em questão para que se evitem danos maiores a este valioso património da cidade e do país, ao abrigo das competências legais que a Lei e a regulamentação municipal lhes atribuem no que toca à salvaguarda do Património, no sentido de garantir a integridade de ambos os estabelecimentos comerciais, sob pena de co-responsabilização pelos danos a todos causados.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Paulo Trancoso, Martim Galamba, Rui Pedro Martins, Helena Espvall, Eurico de Barros, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Carlos Boavida, Inês Beleza Barreiros, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fátima Castanheira, Beatriz Empis, José Maria Amador, Madalena Martins, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos e Fernando Jorge
Pedido de classificação da Vila Santos
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Exma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
Junto temos o prazer de enviar a V. Exas. o requerimento inicial para o procedimento de classificação da Vila Santos, no Campo Pequeno, em Lisboa, solicitando para o efeito os bons ofícios da Direcção-Geral do Património Cultural.
A Vila Santos, cuja construção terminou em 1931, é a última vila operária no seu género, mantendo-se praticamente sem alterações de monta na sua autenticidade relativamente ao projectado pelo seu autor, o arq. Francisco dos Santos (1882-1970), salvo nos espaços comerciais do piso térreo, onde houve alterações ao nível dos materiais das montras, janelas e portas.
O arq. Nuno Teotónio Pereira (1922-2022), inclusivamente, dedicou-lhe grande atenção nos cadernos editados pela CML, por si elaborados e considerados a “bíblia” da arquitectura de cariz operário, “Análise Social, vol. XXIX (127), 1994 (3º), 509-524 Pátios e vilas de Lisboa, 1870-1930: a promoção privada do alojamento operário”.
Assim, cremos mesmo que, para lá do valor histórico-arquitectónico da Vila Santos em si mesma, que merece o reconhecimento público, a reabertura do seu processo de classificação pela DGPC, 24 anos passados sobre a primeira iniciativa nesse sentido, será também uma forma de aqui homenagear o arquitecto no seu Centenário.
À consideração de V. Exas., apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Rui Pedro Martins, Miguel Atanásio Carvalho, Paulo Lopes, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Jorge Pinto, Fernando Jorge, José Maria Amador, Maria Teresa Goulão, Carlos Boavida
Foto: José da Cruz (blog Apontamentos sobre Lisboa)
Pedido de classificação da Fonte Luminosa
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Junto temos o prazer de enviar a V. Exa. o requerimento inicial para o procedimento de classificação da Fonte Monumental da Alameda D. Afonso Henriques, solicitando a melhor atenção da Direcção-Geral do Património Cultural no sentido de lhe dar o merecido seguimento.
Com efeito, não se compreende a não classificação até agora da “Fonte Luminosa”, a qual, para lá de toda a sua reconhecida relevância monumental e escultórica enquanto expoente mais espectacular da nossa arquitectura da água no século XX, é um dos monumentos que suscitam maior empatia com os lisboetas, de todas as gerações, pela sua integração perfeita num conjunto urbano e paisagístico à escala humana, muito para lá do bairro.
Segue igualmente pdf com 30 fotografias.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Filipe de Souza, Alexandra Maia Mendonça, Carlos Boavida, Helena Espvall, Ana Celeste Glória, Pedro Jordão, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Bruno Palma
Foto © Fernando Jorge
Pedido de classificação da Livraria Sá da Costa
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Junto temos o prazer de enviar a V. Exa. o requerimento inicial para o procedimento de classificação da Livraria Sá da Costa, no Chiado, solicitando para o efeito os bons ofícios da Direcção-Geral do Património Cultural.
A razão da não classificação até agora de uma livraria que é símbolo do Chiado e uma referência no país, é algo que nos escapa, mesmo tendo em conta que a editora esteve sob administração liquidatária que só terminou há pouco tempo.
Com efeito, a história Sá da Costa, a beleza do seu espaço, exterior e interior, o seu património imóvel e móvel, há muito que merecem, cremos, o seu reconhecimento público, traduzido na sua classificação e salvaguarda, assegurada pela instituição estatal cuja missão principal é exactamente essa: classificar e salvaguardar o nosso património.
Com este requerimento, pretendemos dar novo ímpeto ao processo de classificação da Livraria Sá da Costa, entretanto abortado pela DGPC há 8 anos devido à situação legal acima referida, fazendo acompanhar o mesmo com fotografias da livraria e outros documentos.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Carlos Boavida
Demolição em curso do muro Parque Sta. Gertrudes – lamento e apelo
Exmo. Senhor Presidente do Conselho de Administração da FCG
Prof. Dr. António Feijó
Exmo. Senhor Administrador Executivo da FCG
Prof. Dr. Guilherme d’Oliveira Martins
C.C. PCML, AML, Arq. Djurovic, DGPC e agência Lusa
No seguimento da colocação de tapumes ao longo do muro ameado do jardim conexo aos Jardins Gulbenkian (MN) e às antigas cocheiras de José Maria Eugénio de Almeida/ Casa de Santa Gertrudes (http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=24255), pré-anunciando o início da sua demolição, para efeitos de implantação de projecto do paisagista Vladimir Djurovic;
Manifestamos o nosso espanto e pesar pela contradição em que, a nosso ver, a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) está a incorrer no que respeita ao reconhecimento, ou não, do valor histórico-patrimonial de duas peças arquitectónicas que são indissociáveis uma da outra, em termos de época construtiva (finais do século XIX, princípios do XX) e de arquitectura (revivalista):
O muro ameado com portões em ferro forjado e insígnias de Eugénio de Almeida, torreões ameados e mirante (“guarita”), existente entre a Av. Marquês de Sá da Bandeiram, R. Marquês de Fronteira e R. Dr. Nicolau de Bettencourt vs. o edifício conexo das antigas cocheiras de José Maria Eugénio de Almeida, a “Casa de Santa Gertrudes”.
Apesar de sabermos que sem o abate da parte do muro então também existente na Av. Berna, não teriam sido possíveis os actuais jardins Gulbenkian, de que todos nos orgulhamos, por outro lado, não conseguimos vislumbrar a razão por que a FCG entende como desprezivelmente “kitsch” e sem absolutamente valor algum patrimonial, e por isso passível de abate, o muro referido; enquanto que já não é “kistch” a casa de Santa Gertrudes – inclusivamente, tememos que para a FCG sejam também desprezivelmente “kitsch” o Palácio da Pena, a Regaleira, etc.
É com tristeza que o dizemos, mas parece-nos que a FCG está a tentar justificar à luz do pensamento do século XXI, o injustificável: o abate de património erigido à luz do pensamento de finais do século XIX.
Cremos que o magnífico projecto de alterações ao edifício do Centro de Arte Moderna não necessita desta demolição para se afirmar no panorama nacional e internacional, e não nos parece que o projecto paisagístico com que se pretende “libertar” visualmente esse museu para a R. Marquês de Fronteira, seja apenas possível se se abaterem o muro e o mirante do referido muro, se deslocalize o portão (já não é “kitsch”?) para umas dezenas de metros atrás, ou se abatam e transplantem árvores com décadas de vida.
Apelamos à Fundação, para que não avance com a demolição em curso e que, com o arq. Vladimir Djurovic, repense o projecto paisagístico por forma a que o muro e o portão se mantenham no mesmo local, adaptando-se o projecto ao local e não o inverso. A sua demolição, independentemente da questão de gosto, será sempre uma remoção violenta e definitiva de grande parte da memória do lugar.
Não estamos nos anos 60 do século passado.
Na expectativa, apresentamos, como sempre, os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Martim Galamba, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Luis Mascarenhas Gaivão, Maria Teresa Goulão, Madalena Martins, Jorge Pinto, Rui Martins, Eurico de Barros, Paula Cristina Peralta, Fernando Jorge, Irene Santos, Gonçalo Cornélio da Silva, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Ruth da Gama
Pedido de classificação do Chafariz da Junqueira
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
CC. PCML, AML, JF e Agência Lusa
Junto temos o prazer de enviar a V. Exa. requerimento inicial para o procedimento de classificação do Chafariz da Junqueira, na expectativa de que seja possível aos serviços da DGPC procederem à classificação deste importante chafariz da cidade de Lisboa.
A nosso ver, este belíssimo e sui generis chafariz monumental de tipo espaldar, é merecedor de classificação pela Administração Central, pelos motivos que alegamos no referido requerimento, e ao qual juntamos fotografias e plantas de localização.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Trancoso, Pedro Jordão, Carlos Boavida, Rui Pedro Martins, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Filipe de Portugal, Raquel Henriques da Silva, Jorge Pinto, Miguel Atanásio Carvalho, Fernando Jorge, Maria do Rosário Reiche