Património

Casa Ventura Terra (IIP) com janelão aberto – alerta à Comunidade Israelita 937 1024 Paulo Ferrero

Casa Ventura Terra (IIP) com janelão aberto – alerta à Comunidade Israelita

Exmo. Sr. Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa
Dr. José Oulman Carp
Exmo. Sr. Membro da Direcção
Dr. José Ruah
C.C. CML e AML
Constatámos a existência, já há vários dias, de janela aberta no salão do 1º andar do edifício de Ventura Terra, na Rua Alexandre Herculano, nº 57, Prémio Valmor de 1903 e Imóvel de Interesse Público (Portaria n.º 303/2006, DR, 2.ª Série, n.º 20 de 27 janeiro 2006 / ZEP), vossa propriedade.
Alertamos, por isso, V. Exas., a providenciarem o fecho dessa janela, e das demais que, eventualmente, estejam abertas, uma vez que, como devem imaginar, a existência de janelas abertas é meio caminho para a degradação dos interiores, a nível de estuques, madeiras, etc.
Aproveitamos a ocasião para perguntar se já estão previstas obras de recuperação deste imóvel, tão importante para a cidade de Lisboa.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Rui Pedro Martins, Teresa Silva Carvalho, Helena Espvall, Gonçalo Cornélio da Silva, Pedro Henrique Aparício, Maria Ramalho, Irene Santos, Jorge Pinto, António Araújo, Fátima Castanheira, Ruth da Gama, Maria do Rosário Reiche

Resposta (28.02.2023)

«Exmos. Senhores,

Agradecendo o cuidado que vão tendo com a nossa propriedade gostaríamos contudo de salientar que poderão contactar directamente connosco sem por metade da cidade ao corrente.
Quanto ao arranque de obras, isso é um assunto interno da nossa Comunidade, pelo que estranhamos o vosso interesse. Asseguramos contudo que qualquer reabilitação seguirá os tramites legais definidos.
Melhores cumprimentos
José Ruah
Comunidade Israelita de Lisboa
Membro da Direcção»
Para quando o restauro dos Chafarizes do Carmo e da Rua do Arco a São Mamede (MN)? 1009 1024 Paulo Ferrero

Para quando o restauro dos Chafarizes do Carmo e da Rua do Arco a São Mamede (MN)?

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Presidente do C.A. da EPAL
Eng. José Sardinha
Exmo. Sr. Presidente da JF Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho
Exmo. Sr. Presidente da JF Santo António
Sr. Vasco Morgado
C.C. AML, DGPC e media
Considerando os termos do protocolo assinado em 1 de Abril de 2020, entre a CML e a EPAL, designadamente os da sua Cláusula 2ª, em que se afirma o compromisso de se proceder a intervenções de conservação e restauro numa série de chafarizes de Lisboa, já concretizadas nos chafarizes da Esperança e do Rato (embora aqui sem água);
E que no caso dos chafarizes no Largo do Carmo e na Rua do Arco a São Mamede, as intervenções estavam previstas, respectivamente, para 2019/2020 e 2020/2021;
Considerando o estado lastimável dos chafarizes referidos, situação que nos devia envergonhar a todos, como as fotos documentam,
Considerando que já passaram quase 9 anos sobre o acto de vandalismo (de 23 para 24 de Novembro de 2014) que levou à destruição do frontão do Chafariz da Rua do Arco a São Mamede, Monumento Nacional, tendo o mesmo ficado na altura feito em pedaços (foto 1, de Rui Castro);
Solicitamos a V. Exas. que, a menos que o protocolo em apreço se refira ao Dia das Mentiras de 2020, nos informem sobre a data de início das obras de conservação e restauro dos Chafarizes do Carmo e da Rua do Arco a São Mamede.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Pedro Formozinho Sanchez, Fernando Jorge, Helena Espvall, Filipe de Portugal, Luis Mascarenhas Gaivão, Jorge Pinto, António Araújo, Gustavo da Cunha, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira, Teresa Silva Carvalho

Resposta da EPAL (06.03.2023):

«Exmas. Senhoras,

Exmos Senhores,

 

O plano de conservação e restauro dos chafarizes monumentais que pertencem ao sistema Aqueduto das Águas Livres, bem como o plano de reabilitação da função de abastecimento de água associado aos referidos chafarizes, estão a ser cumpridos de forma faseada, conforme previamente previsto, e de acordo com o protocolo assinado entre a EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A. e a Câmara Municipal de Lisboa .

Conforme o plano de conservação e restauro estabelecido, foram já concluídas as intervenções nos seguintes Chafarizes:

  • Chafariz das Garridas ou Benfica;
  • Chafariz do Intendente ou Desterro;
  • Chafariz do Rato.

Estão em curso quatro empreitadas de conservação e restauro, prevendo-se a conclusão das mesmas até ao final deste ano:

  • Chafariz das Terras;
  •  Chafariz do Campo Santana;
  • Chafariz do Arco de São Mamede;
  • Chafariz do Arco do Carvalhão.

Encontram-se em fase de projeto as empreitadas de conservação e restauro dos seguintes Chafarizes:

  • Chafariz das Janelas Verdes;
  • Chafariz da Mãe d’Água à Praça da Alegria;
  • Chafariz do Carmo;
  • Chafariz de Santo António da Convalescença;
  • Chafariz da Armada;
  • Chafariz do Século;
  • Chafariz de São Sebastião da Pedreira;
  • Chafariz de Entrecampos;
  • Chafariz da Buraca;
  • Chafariz de São Domingos de Benfica.

Todas as intervenções realizadas nos chafarizes monumentais visam a reabilitação da função de abastecimento de água. Relativamente ao Chafariz do Rato, o sistema de abastecimento de água já se encontra instalado e será ligado brevemente.

A EPAL prevê que o conjunto de chafarizes monumentais do sistema Aqueduto das Águas Livres esteja totalmente recuperado até 2025.

Muito obrigado.

Com os melhores cumprimentos,

Mariana Castro Henriques»

Distinção “Loja com História” à Cervejaria Portugália – consulta pública 765 727 Paulo Ferrero

Distinção “Loja com História” à Cervejaria Portugália – consulta pública

Exmos. Senhores
No âmbito da consulta pública relativa à atribuição da distinção “Loja com História” à Cervejaria Portugália, sita na Rua Pascoal de Melo/Av. Almirante Reis, e conforme o V/Aviso nº 4.2003, publicado em Boletim Municipal, serve o presente para vos enviar os parabéns pela atribuição em apreço e tecermos algumas considerações sobre essa mais do que merecida distinção.
De facto, a Cervejaria Portugália da Rua Pascoal de Melo é um daqueles espaços icónicos da cidade, que importa preservar e garantir a sua salvaguarda plena, independentemente das alterações físicas que o espaço já sofreu a nível dos seus interiores, recentemente, sem, contudo, se desvirtuar o essencial da cervejaria.
Estando a Portugália, como está, elencada na Carta Municipal do Património (item 44.55), qualquer alteração significativa no seu interior ou exterior terá que cumprir o estipulado no PDM, no que se refere a edifícios ou espaços abrangidos pela carta, o que, juntamente com a distinção “Loja com História”, reforça a protecção da cervejaria.
Como tal, não se entende como será possível, muito menos legal, aos serviços urbanísticos da CML aprovarem qualquer projecto de construção naquele quarteirão, que belisque minimamente o edifício da cervejaria, pelo que a CML não pode aprovar a construção em cima da cobertura da actual cervejaria, nem alterações que impliquem a subtracção do terraço e do piso superior do imóvel, reduzindo a actual cervejaria ao seu piso térreo e à cave.
Solicitamos à CML que coloque rapidamente em discussão pública, a nova versão do projecto urbanístico para o quarteirão da Portugália, de modo a que todos os cidadãos interessados, directa ou indirectamente, possam exprimir a sua opinião.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Nuno Caiado
(Pela Direcção)
Foto: Estúdio Horácio Novais, sem data, in Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Reclamação sobre alteração ao projecto no Palácio Silva Amado 899 1024 Paulo Ferrero

Reclamação sobre alteração ao projecto no Palácio Silva Amado

Exmos. Senhores
Presidente da CML, eng. Carlos Moedas
Director-Geral do Património Cultural, arq. João Carlos Santos
C.C. AML, vereador do Urbanismo, atelier Aires Mateus e Agência LUSA
Serve o presente para reclamarmos por aquilo que consideramos ser uma alteração importante ao projecto de arquitectura aprovado pela CML e pela DGPC, e referente ao Palácio Silva Amado, ao Torel.
No projecto então aprovado (processo nº 614/EDI/2018), referia-se que os pináculos em pedra que rematavam as pilastras da fachada virada ao Jardim-Miradouro do Torel seriam mantidos, ainda que ligeiramente reposicionados.
O que se constata no local é que os pináculos foram removidos e, pela colocação das guardas em metal sobre a cornija, não nos parece que voltem a ser instaladas.
Esta alteração ao projecto foi aprovada pela CML e pela DGPC? Em caso afirmativo, com que critério?
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Martins, Carlos Boavida, Nuno Caiado, Gonçalo Cornélio da Silva, António Araújo, Helena Espvall, Pedro Jordão, Filipe Teixeira, Jorge Pinto, Teresa Silva Carvalho, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira

Resposta do arq. Manuel Aires Mateus (27.02.2023):

Exmos. Senhores do Fórum Cidadania Lx,

Gostaríamos de deixar claro que as alegações por vós abaixo prestadas estão equivocadas.

Devido à recuperação e estabilização da fachada do edifício, os pináculos em pedra em questão teriam que ser necessariamente removidos durante a obra. Procedeu-se ao seu restauro e limpeza e, encontrando-se a recuperação da fachada concluída, os referidos pináculos estão a ser recolocados nos seus devidos locais, tal como previsto e dentro do prazo estipulado da obra.

Gostaríamos de solicitar que, no futuro, este tipo de questões fosse previamente esclarecida com os autores do projecto.

Caso seja do vosso interesse, voltamos a reafirmar a nossa disponibilidade para receber os representantes do Fórum Cidadania Lx no nosso atelier para uma breve conversa para esclarecer eventuais dúvidas sobre os nossos trabalhos de recuperação.

Com os melhores cumprimentos,

Manuel Aires Mateus

Protesto pelo estado do Palácio da Independência (MN) 1024 795 Paulo Ferrero

Protesto pelo estado do Palácio da Independência (MN)

À Direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal
C.C. DGTF, DGPC, CML e Agência Lusa
Exmos. Senhores
Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto pelo estado lastimável a que estão votadas as belíssimas caixilharias do Palácio dos Condes de Almada, vulgo Palácio da Independência e sede dessa Sociedade. 
Custa-nos assistir à degradação paulatina das caixilharias em madeira desenhadas por Raul Lino para esse palácio, as quais estão a precisar urgentemente de manutenção! Inclusive, há vidros partidos e plástico a tapá-los, conforme as fotos em anexo.
Esperemos que não esteja a ser preparada a sua substituição por PVC, o que seria ainda mais atentatório a este Património, mais a mais se atentarmos a que estamos perante um Monumento Nacional, um imóvel de excepção no centro da capital, um imóvel que é propriedade do Estado e que está afecto a uma instituição ligada à História de Portugal.
Fazemos votos para que já esteja a ser planeada uma intervenção de reabilitação das caixilharias, respeitando as suas características originais, incluindo as cores e tipo de tinta de óleo, seguindo as boas práticas internacionais de intervenção em imóveis património.
Finalmente, gostaríamos de saber quais os resultados práticos até ao momento, do protocolo assinado em 2021 com a CML, com vista à recuperação integral do Palácio, com investimento previsto de 1,5 milhões de euros (anunciado com pompa: https://www.dn.pt/cultura/lisboa-palacio-da-independencia-vai-ter-obras-e-abrir-ao-publico-13807349.html ), uma vez que os rebocos das fachadas estão já em destacamento.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Martins, Teresa Silva Carvalho, Carlos Boavida, Gonçalo Cornélio da Silva, António Araújo, Helena Espvall, Pedro Jordão, Filipe Teixeira, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira

Resposta de: José Ribeiro e Castro
Date: quinta, 9/03/2023 à(s) 00:36

Exmos. Senhores,

Muito agradeço o protesto que nos enviaram. É muito justa e devida a expressão deste protesto. O Palácio, onde funcionamos, tem-se degradado década após década, por falta de uma intervenção geral de reabilitação do edifício e também falta de meios para assegurar a sua manutenção anual.
É sabido como, infelizmente, o Estado português não vela suficientemente pela conservação do património histórico. Ainda neste Inverno tivemos a triste notícia de duas derrocadas significativas na muralha da Fortaleza abaluartada de Valença. No nosso caso, o Estado cedeu para nosso funcionamento o uso do Palácio da Independência (onde fomos fundados em 1861), mas tem reduzido a quase nada os meios para provermos à sua manutenção. Desde 2011, em termos de dotação orçamental, o Governo atribui-nos, através do Ministério da Defesa Nacional, a verba de 5000,00 euros por ano, ou seja, o equivalente a cerca de meio salário mínimo por mês. Também não conseguimos ainda, por exemplo, que o ministro da Cultura encontre na agenda um espaço de tempo para nos receber. Não somos relevantes para o Governo.
Depois de muitas insistências e lamentos dos meus antecessores, a Câmara Municipal de Lisboa comoveu-se (não o Estado, que continua distante e indiferente) e avançou para um projecto de reabilitação do Palácio. A fase de projecto foi cumprida em 2019 e 2020 e, já na minha direcção, avançou-se, em 2021, para a celebração com a CML e a DGPC dos Protocolos relativo ao concurso e à empreitada, bem como respectivo acompanhamento.
Depois de tudo aprovado nas instâncias municipais, tivemos, porém, que encarar a questão do encarecimento geral dos custos no mercado, como efeito da pandemia e de outros factores que fizeram subir em cerca de 30% o custo estimado de materiais e da construção. Essa reavaliação orçamental do projecto foi feita no primeiro semestre de 2022 e as conclusões comunicadas à CML. Aparentemente “não há problema”, mas, na prática, não estão ainda reunidas as condições jurídico-administrativas para lançarmos o concurso público. Insistimos, informamos, apelamos, mas ainda não pudemos sair do impasse em que estamos. É muito difícil cumprir a lei em Portugal.
Todas as nossas esperanças estão concentradas neste projecto, cuja execução permitirá a recuperação do Palácio e a sua abertura ao público, nomeadamente quanto a um museu da Restauração e ao jardim. É um projecto sem luxos, mas que valorizará muito o edifício e a sua utilidade pública, tudo com respeito escrupuloso das características do Palácio e dos seus materiais.

Continuamos a esforçar-nos todas as semanas para sair do impasse e podermos avançar para o concurso público, a que se seguirá a empreitada. E as dificuldades em que nos sentimos patinhar nos últimos meses, desde Setembro de 2022, não diminuem os nossos sentimentos de gratidão pelo já feito pela CML e de esperança por que, em breve, o processo volte a andar e venha a ser cumprido. Será um grande melhoramento na Baixa e para a cidade. Um feito importante também para o país, atendendo aos valores fundamentais de Portugal que o Palácio corporiza. 

Mas, até lá, a verdade é a de que o edifício está em risco permanente, para o qual temos alertado as autoridades competentes. Que ninguém tenha a menor ilusão a este respeito: a cada ano que passa, o edifício avança pelo declive da decadência e entra no estado de perigo. Neste Inverno, por exemplo, nos dias de maiores chuvadas, choveu abundantemente em certas secções do Palácio. Num desses dias, decorria uma sessão pública no Salão Nobre, enquanto a água escorria pelas paredes, nalguns troços. Solicitámos vistorias, de que resultou a determinação de cortarmos a circulação interior numa secção do primeiro andar do Palácio, por risco do respectivo tecto.
Os nossos sentimentos quanto ao Palácio, que é a nossa sede, dividem-se: por um lado, a enorme honra de aqui estarmos, no edifício onde nascemos e onde se preparou e saiu a revolução restauradora do 1.º de Dezembro de 1640; por outro lado, a vergonha de assistir todos os dias ao estado em que o Palácio se encontra. Só por sorte, não nos aconteceu neste Inverno o sucedido na Fortaleza de Valença.
Concordamos inteiramente, por isso, com o protesto do Fórum CidadaniaLx, a quem agradecemos, quer enquanto utentes, quer como cidadãos. Não há direito que, em Portugal, o património histórico não receba as dotações adequadas à sua conservação e manutenção permanentes e, a espaços, o investimento necessário para intervenções gerais de reabilitação e melhoramento que se imponham.
Faremos chegar também o nosso testemunho às entidades a que se dirigiram, fazendo-o em total sintonia convosco.
Com os melhores cumprimentos,

José Ribeiro e CastroPresidente da Direcção | SHIP

Portões e gradeamentos do Parque Silva Porto, finalmente restaurados – parabéns à JF Benfica e à CML 1024 1024 Paulo Ferrero

Portões e gradeamentos do Parque Silva Porto, finalmente restaurados – parabéns à JF Benfica e à CML

Exmo. Sr. Presidente da Junta da Freguesia de Benfica
Dr. Ricardo Marques
C.C. PCML, AML e agência LUSA
Vimos pelo presente dar os nossos parabéns à Junta de Freguesia de Benfica, na pessoa de V. Exa., pela reabilitação exemplar dos belíssimos portões e gradeamentos do Parque Silva Porto.
Esta é uma obra importante, que tardava há vários anos, senão décadas, e que faz jus à “Mata de Benfica” e a quem a doou à cidade em 1911.
Muito obrigado, naturalmente, também à CML, que a financiou ao abrigo da transferência de competências.
Concluída a obra, sugerimos à Junta de Freguesia de Benfica que submeta à DGPC um pedido de classificação de interesse público do histórico Parque Silva Porto.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Formozinho Sanchez, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Teresa Silva Carvalho, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Pedro Jordão, Beatriz Empis, Maria do Rosário Reiche
Fotos de Alexandra Carvalho (2023) e Eduardo Portugal (1944, in AML)
Chafariz da Esperança finalmente com água e bem iluminado – parabéns à CML 1008 1024 Paulo Ferrero

Chafariz da Esperança finalmente com água e bem iluminado – parabéns à CML

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
Exmo. Sr. Vereador do Ambiente
Dr. Ângelo Pereira
 
C.C. AML, JF e agência LUSA
Vimos pelo presente dar os nossos parabéns à Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa de V. Exas., pela reabilitação exemplar do Chafariz da Esperança, Monumento Nacional, onde, finalmente, já corre água e que passou a ter uma iluminação condigna com a sua valia histórica e estética.
Tratou-se de uma empreitada exemplar, que merece replicação urgente nos demais chafarizes sob a alçada da CML, desde logo no Chafariz d’El-Rei.
Os nossos parabéns são naturalmente extensíveis ao anterior Presidente da CML e ao anterior Vereador do Urbanismo, iniciadores desta obra.
Pedimos a V. Exas. que façam chegar este nosso aplauso aos valorosos técnicos da Unidade de Intervenção Territorial do Centro Histórico e ao Pelouro do Urbanismo.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, João Mineiro, Pedro Jordão, António Araújo, Paulo Trancoso, Inês Beleza Barreiros, Paulo Trancoso, Eurico de Barros, Filipe de Portugal, Teresa Silva Carvalho, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Madalena Martins, Helena Espvall, Filipe Teixeira, Carlos Boavida
Fotos in Facebook
Protesto ao Instituto Camões pelo estado do Palacete Seixas (Praça Marquês de Pombal) 1024 768 Paulo Ferrero

Protesto ao Instituto Camões pelo estado do Palacete Seixas (Praça Marquês de Pombal)

Exmo. Senhor
Presidente do Conselho Directivo do Instituto Camões
Embaixador João Ribeiro de Almeida
C.C. MNE, PCML, AML, DGPC e Agência LUSA
Vimos por este meio apresentar o nosso protesto pelo desleixo com que V. Exas. têm vindo a tratar o Palacete Seixas, o belíssimo palacete neoclássico, erigido em 1900, remodelado por Luigi Manini e adquirido pelo Instituto Camões em 1997, facto que levaria a supor uma melhor atenção da vossa parte, porquanto sede da “Casa da Lusofonia”.
Com efeito, as belíssimas caixilharias originais desse palacete, feitas em madeira e ferro, estão como as fotos documentam, sendo que, inclusivamente, as do 2º piso já foram destruídas e substituídas por PVC. Também as suas fachadas elegantes são continuamente escondidas por telões publicitários totalmente dispensáveis.
É por isso com pesar que verificamos a falta de brio com que se tem tratado este imóvel integrado na Avenida da Liberdade (CIP – Conjunto de Interesse Público, Portaria n.º 385/2013, DR, 2ª série, n.º 115 de 18 Junho 2013), e a escassa actividade cultural no seu interior, o que contribui para o esquecimento e desconhecimento do palacete pelo grande público.
Pelo exposto, apelamos a V. Exas. para que procedam a um programa de restauro do Palacete Seixas, segundo as boas práticas de conservação do património, mantendo e repondo as caixilharias originais, devolvendo dignidade às fachadas, pondo fim à colocação de telas publicitárias e dando a conhecer os seus interiores de uma forma permanente, com uma programação adequada.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Luís Mascarenhas Gaivão, Inês Beleza Barreiros, Rui Pedro Martins, Irene Santos, José Maria Amador, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Fátima Castanheira, Filipe Teixeira, Pedro Formozinho Sanchez

Resposta do CD, a 24 de Agosto:

«Exmos. Senhores,
Com referência à carta que foi dirigida ao Presidente do Conselho Diretivo do Camões IP, no passado dia 16 de fevereiro de 2023, e lamentando desde já o atraso na resposta, cumpre-me prestar os seguintes esclarecimentos:
O Conselho Diretivo do Camões, IP tem presente a importância e considera prioritária a preservação do património do Instituto, que integra o Palacete Seixas.
Os processos de conservação e manutenção do património do Camões, IP estão no entanto condicionados aos recursos financeiros disponíveis.
Considerando a urgência na renovação da fachada do edifício do Palacete Seixas, bem como a manutenção dos seus espaços interiores, o Camões, IP tem considerado estas intervenções como prioritárias.
Neste sentido, foi possível avançar, em 2023, com o processo de recuperação das janelas e portadas do piso 0 e cave do Palacete, processo que se encontra concluído.
O Camões, IP pautará sempre a sua atuação pela valorização do seu património, procurando, dentro dos recursos anualmente disponibilizados, ir ao encontro das várias ações prioritárias que tem identificadas.
O Camões, IP possui vários espaços que podem ser utilizados por entidades externas para a realização de atividades diversas nos domínios da Cooperação, da Cultura e da Língua, tendo os espaços do Palacete vindo a acolher diversas iniciativas nestes domínios, como sejam conferências, lançamento de livros, workshops, exposições, entre outros. Os referidos espaços são também, naturalmente, utilizados para realização de atividades nas áreas de trabalho do Camões, IP. Acreditamos que as atividades selecionadas para terem lufar nas instalações do Camões, IP e do Palacete Seixas em particular, contribuem para valorizar aqueles espaços, ao mesmo tempo que proporcional, ao público da cidade, a oportunidade para deles usufruírem.
Sem prejuízo do período da pandemia, com o encerramento das instalações do Instituto e redução das atividades com envolvimento de público, o Camões, IP retomou, logo que possível, o acolhimento de atividades de caráter cultural, tendo sido realizados, ainda em 2020, 40 eventos na sede, incluindo palestras e seminários com entidades parceiras, incluindo 3 exposições. Em 2021, acolhemos 41 eventos, incluindo 6 exposições, e em 2022 o Camões, IP acolheu 83 eventos, incluindo 4 exposições. Todos as iniciativas culturais de entrada livre são devidamente divulgadas no site e redes sociais do Instituto.
Com os melhores cumprimentos,
Paula Pedro Loureiro
Vogal do Conselho Diretivo»
Pedido de classificação da moradia modernista de Pardal Monteiro – R. Mq. Sá da Bandeira, 18-20 561 436 Paulo Ferrero

Pedido de classificação da moradia modernista de Pardal Monteiro – R. Mq. Sá da Bandeira, 18-20

Ex.mo. Sr. Director-Geral do Património Cultural

Arq. João Carlos Santos,

Ex.ma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural

Dra. Maria Catarina Coelho

 

Em dia de aniversário de Porfírio Pardal Monteiro (16.02.1897-16.12.1957), temos o prazer de submeter a V. Exas. um requerimento inicial para a classificação da peculiar moradia modernista da sua autoria, sita na R. Marquês de Sá da Bandeira em Lisboa.

Cremos que este edifício, encomendado por seu pai, Pedro Pardal Monteiro, para sua habitação, há muito que justifica o reconhecimento da sua valia estética e conceptual por parta da entidade a quem compete classificar o nosso património imóvel de valor arquitectónico-histórico relevante.

Nesse sentido, fazemos acompanhar o referido requerimento de alçados e plantas originais, bem como fotografias do exterior e plantas de localização.

Na expectativa que o mesmo seja por vós aceite, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

 

Lisboa, 16 de Fevereiro de 2023

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Lopes, Inês Beleza Barreiros, Filipe de Portugal, Rui Pedro Martins, Maria Ramalho, Helena Espvall, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Filipe Teixeira, Maria do Rosário Reiche, Carlos Boavida, Ruth da Gama

Apelo à CML p/ não deixar demolir 4 peças fundamentais da arquitectura industrial de Lisboa 1024 768 Paulo Ferrero

Apelo à CML p/ não deixar demolir 4 peças fundamentais da arquitectura industrial de Lisboa

Exmo. Sr. Presidente da CML

Eng. Carlos Moedas,

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo

Eng. Joana Almeida

 

C.C. AML, JFPN, DGPC e media

Como é do conhecimento de V. Exas., perfazem sete anos exactos sobre as comemorações do Ano Europeu do Património Industrial e Técnico, durante as quais se desenvolveu um conjunto significativo de iniciativas em prol da divulgação desse património, tão esquecido em Portugal, e anunciando-se uma série de acções concretas pela sua preservação e boa re-utilização, cuja concretização, contudo, se mostrou inconsequente na maior parte dos casos, em que Lisboa não foi excepção.

Assistindo-se neste momento a uma aposta forte da Câmara Municipal de Lisboa nas novas tecnologias e na nova era industrial, vide o “Hub Criativo do Beato”, a Websummit, os “unicórnios”, cremos ser por demais oportuno e justificado que a CML não permita que se consuma o desaparecimento irreversível do punhado de edifícios e equipamentos fabris, emblemáticos da ordem industrial anterior à presente; os quais, embora despojados há muito das suas máquinas e das pessoas que ali laboravam, permanecem de pé, na imponência da sua arquitectura despida de vida.

De elementar justiça também porque esses exemplares edificados no âmbito do plano urbanístico de Étienne Degröer, encontram-se ao longo da Avenida Infante D. Henrique, ou seja, curiosa e precisamente no mesmo eixo onde hoje despontam as start-up dos milhões de dólares da Iniciativa 4.0: entre o Beato e o Parque das Nações.

Nas últimas décadas houve várias fábricas e equipamentos que ali foram demolidos, nada restando delas senão fotos de arquivo. 

Outras foram alteradas profundamente – ex. a Fábrica Kores (1956-57), de Bento d’Almeida e Victor Palla, hoje Dietimport Olivais.

Outras foram-no menos: Baptista Russo & Irmão, hoje Decathlon, a antiga UTIC (1948), hoje Teleperformance.

Outras quase nada: o edifício-sede da Soponata, no Beato, a fábrica Bruno Janz (Herdeiros), a outra Kores, junto à Gare do Oriente, a Confecções Laneiro (1951-54, de Teotónio Pereira e Vasco Costa), hoje propriedade da CML.

Mas há alguns deles em risco iminente de abate a curto-prazo, se a CML não intervier, reprovando os respectivos projectos ou fazendo com que seja corrigido aquilo que está aprovado mal:

– Os gasómetros da Matinha (1939-1940) – no projecto de loteamento da Matinha (2011) está contemplada a demolição (!) de um dos quatro gasómetros, a incorporação de outros dois num futuro hotel e num equipamento de índole cultural no quarto gasómetro.

– A antiga têxtil Fábrica Barros (na Av. Infante D. Henrique, 331, com projecto de Cottineli Telmo, 1947, e Veloso Camelo, 1949), que nos projectos de loteamento aprovados pela CML (proc.25/URB/2017 e proc.9/URB/2019) é demolida! (foto)

– Os edifícios em tijolo da Sacor, sobre os quais, pese embora tenha havido um chumbo da CML à demolição preconizada em 2004, certamente existirá nova intenção de abate.

– A antiga Crown Cork & Seal (1952, do eng. Henrique Botta Conde de Paixa, na Av. Infante D. Henrique, lote 25), relativamente à qual está em apreciação na CML o proc. 666/EDI/2018, que prevê o seu abate.

Ninguém compreenderá que a CML repita erros do passado e deixe desaparecer estes 4 exemplares maiores da nossa revolução industrial dos anos 40-50, abdicando de garantir o seu reaproveitamento, quiçá neles se albergando as empresas desta nova revolução industrial. Tal como a CML, na óptica das “smart cities”, deveria geo-referenciar e catalogar todos esses edifícios, abrangê-los na Carta Municipal do Património e defender uma política clara pela sua preservação e memória.

Apelamos, por isso, a que a CML interceda junto dos promotores de modo a que os exemplos acima referidos sejam preservados, recuperados e reutilizados de modo a que se dignifique o património ainda existente, os seus autores e um passado que, não esqueçamos, permitiu que chegássemos ao presente.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Pedro Formozinho Sanchez, Fernando Jorge, Teresa Silva Carvalho, Luís Mascarenhas Gaivão, Jorge Pinto, Rui Pedro Martins, Inês Beleza Barreiros, Pedro Henrique Aparício, Raquel Henriques da Silva, Maria Teresa Goulão, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Helena Espvall, Irene Santos, Ruth da Gama