Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Como é do conhecimento de V. Exa., o Convento das Flamengas, em Alcântara, Lisboa, foi fundado no último quartel do século XVI, por iniciativa régia de Filipe I de Portugal, para acolher as religiosas franciscanas vindas da Flandres, em 1582.
O edificado actual, composto por igreja (antiga capela do convento), claustro e ala conventual (2 pisos com cerca de 50 casas/residências sociais, com apenas 3-4 delas ocupadas) resulta de uma série de seccionamentos ocorridos durante o século XX, para a abertura de arruamentos, construção de blocos habitacionais e colocação de pilares para a Ponte 25 de Abril.
Apesar dessas circunstâncias, o conjunto mantém a sua homogeneidade, imponência e relevância urbanística, arquitectónica, histórica e patrimonial, pelo que é incompreensível que a igreja, claustro e ala conventual não estejam classificados por quem de direito.
Com o presente pedido de classificação, pretendemos, não só, colmatar essa lacuna em termos do reconhecimento da sua importância para o país, como ajudar à causa da reabilitação do claustro e de toda a ala conventual, que se encontram em mau estado de conservação, com coberturas e casas em ruínas, e estando o seu logradouro da ala nascente com elementos espúrios (pavilhões de génese ilegal).
Fazemos votos para o bom acolhimento pela DGPC e pelo seu Director-Geral, desta nossa propositura, à qual anexamos o respectivo requerimento e vários elementos documentais.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
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