Património

Eventual demolição da Villa Sousa (Alameda das Linhas de Torres) – pedido de esclarecimentos à CML 960 941 Fórum Cidadania Lx

Eventual demolição da Villa Sousa (Alameda das Linhas de Torres) – pedido de esclarecimentos à CML

Exmº Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmª Srª Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
 
C.C. AML 
Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. que nos esclareçam se se confirma o rumor, que circula no local, segundo o qual o empreendimento em curso nos antigos estúdios da RTP, nas traseiras da Alameda das Linhas de Torres, implicaria a demolição da lindíssima fachada principal e demais fachadas e paredes da Villa Sousa.
Porque, apesar de praticamente já só restar pouco daquela que foi uma obra emblemática do arq. Manuel Norte Júnior, encomendada a este pelo banqueiro José Pedro Carreira de Sousa, construída em 1911 e Prémio Valmor de 1912, a CML faria toda a diferença se fizesse depender da sua recuperação todo e qualquer licenciamento de operação urbanística que envolva o lote da referida Villa Sousa.
Certamente que não será difícil a uma equipa de projectistas aproveitar as fachadas e paredes existentes e integrá-las no projecto global, devolvendo à cidade e àquela Alameda em particular, algum do eclectismo e do bom gosto entretanto perdidos.
Relembramos que o lote em questão está classificado na Carta Municipal do Património, com o nº 18.44.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Martim Galamba, Luis Mascarenhas Gaivão, Pedro Henrique Aparício, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, António Miranda, Irene Santos, António Araújo, Fátima Castanheira, Helena Espvall
Foto in Miss Lisbon
Observatório Astronómico do Jardim Botânico da Politécnica ao abandono 12 anos passados do Plano de Pormenor – pedido de esclarecimentos à Direcção do MNHNC 768 1024 Fórum Cidadania Lx

Observatório Astronómico do Jardim Botânico da Politécnica ao abandono 12 anos passados do Plano de Pormenor – pedido de esclarecimentos à Direcção do MNHNC

Exma. Sra. Dra. Marta Lourenço
Directora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da UL
C.C. Reitoria da UL, CML, AML, PC/DGPC e media
Como é do conhecimento de V. Exa., encontra-se em vigor desde 2012, corrigido em 2018, o Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente, o qual dá especial destaque ao Jardim Botânico (Monumento Nacional, Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250 de 28 dezembro 2010) e à necessidade de proceder a intervenções de restauro, de conservação e manutenção nas construções existentes, na perspetiva da sua valorização (no seu Artigo 20º).
De entre as suas construções mais relevantes do ponto vista patrimonial e histórico, assumem particular relevo o Observatório Astronómico da Escola Politécnica (1898), propriamente dito, e o edifício imediatamente em frente e que faz parte do complexo do Observatório, bem como o belíssimo pavilhão romântico dos balneários no Arboreto.
Constata-se, porém, que passados 12 anos sobre a entrada em vigor do Plano, em termos de restauro, conservação ou manutenção dos edifícios pouco foi feito nos imóveis referidos no parágrafo acima. Inclusivamente, o site da Universidade de Lisboa continua a referir que “em 2016 iniciou-se a recuperação do Observatório” (https://www.ulisboa.pt/patrimonio/observatorio-astronomico-da-escola-politecnica). Ora, pelo que se observa o restauro não está concluído e o edifício ainda não foi aberto para visitas.
Conforme V. Exa. poderá constatar pelas fotos (1 e 2) que anexamos, tiradas ontem, dia 3 de Março de 2024, o exterior do Observatório está no estado que as mesmas documentam, ignorando-se como está o seu interior (interiores já restaurados? já existe projecto de museologia para o espaço?). Já o edifício em frente, continua uma lástima, que resulta do seu abandono pela tutela, abandonado à sua sorte já lá vão mais de três décadas (foto 3 a 6). O pavilhão dos balneários – que foi alvo de uma intervenção alguns anos atrás – já está como as fotos (7 a 9) também documentam, com os w.c. masculinos encerrados «para manutenção», vidros partidos, mas … com as luzes acesas no seu interior.
Como reconhecerá, esta situação a todos envergonha, mais a mais numa zona tão frequentada por turistas, e tendo nós tão bons exemplos para copiar, por essa Europa fora, de jardins botânicos imaculados no que toca ao seu património arbóreo e também ao seu edificado, basta sair do país para o verificar.
Pelo exposto, solicitamos a V. Exa. que nos informe quanto às obras planeadas em 2012 mas até hoje não concluídas ou não concretizadas, designadamente quando é que está previsto o arranque de nova fase de restauro e qual a dotação orçamental para a mesma.
Permita-nos ainda uma nota sobre a vigilância e os jardineiros afectos ao Jardim Botânico, e sendo o jardim um museu ao ar livre, as suas plantas raras podem ser mutiladas – roubadas até como já aconteceu.
Por isso não podemos aceitar o que constatámos neste Domingo: a inexistência de vigilantes. Pelo que perguntamos se é prática corrente, a não existência de vigilantes aos fins de semana?
Também gostaríamos de saber se se mantém o problema da falta de jardineiros, um problema com décadas, é certo, mas que afecta sobremaneira o estado do jardim, e o que está a ser feito para o colmatar.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Elsa Severino, Beatriz Empis, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Eurico de Barros, Manuela Correia, Carlos Boavida, António Araújo, Filipe de Portugal, António Miranda, Irene Santos, Jorge Pinto, Helena Espvall, Helena Espvall, José Amador, Maria Ramalho
Construção de 4 moradias no interior das muralhas do Castelo de Ourém (MN) – pedido de esclarecimentos ao PCM Ourém 1000 667 Fórum Cidadania Lx

Construção de 4 moradias no interior das muralhas do Castelo de Ourém (MN) – pedido de esclarecimentos ao PCM Ourém

Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Ourém
Dr. Luís Miguel Albuquerque
C.C. AM Ourém, DRC Centro/CCDR, Fundação Casa de Bragança e media
 
Serve o presente para solicitamos a V. Exa. que nos confirme se é verdadeira a informação, publicitada por várias agências imobiliárias, que dá conta da aprovação pela CM Ourém de um projecto de construção de 4 moradias no interior das muralhas do Castelo de Ourém, Monumento Nacional.
Apesar de ter sido alvo recente de consideráveis alterações na imagem do Castelo de Ourém, designadamente a nível da impermeabilização aplicada aos torreões do castelo, ponte/passadiço exterior e requalificação geral do espaço público, confundida, certamente, com restauro e conservação de um Monumento Nacional, o agora anunciado loteamento no “interior das muralhas” custa a acreditar que seja verdadeiro:
«Vende-se terreno com Projeto Aprovado para 4 Moradias, no interior das muralhas do Castelo de Ourém.  A paisagem e toda a envolvência deste perímetro, restrito, conferem inegável valor ao projeto. Ideal para quem procura rendimento, uma casa secundária, ou ambos! Cada uma das moradias, a construir na Corte, tem aproximadamente 80 m2, 2 lugares de estacionamento, jardim com a vista panorâmica do Castelo, e, uma vez que os lotes se encontram limitados pelo interior da muralha, o projeto nasce do muro e faz dele o material principal da construção. Este projeto tem a aprovação total de construção, por todas as entidades envolvidas, nomeadamente Câmara Municipal de Ourém, DGPC e arqueologia.»  (https://www.kwportugal.pt/Lote-Venda-Nossa-Senhora-das-Misericordias-2270-240?fbclid=IwAR2xHJM4aERY9LEeACFFETsucl0GkSh_PAaOe4yd-a5Q2M1GxDNGqddQKa8)
Antecipadamente gratos, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Maria do Rosário Reiche, Teresa Teixeira, Helena Espvall, Beatriz Empis, Fernando Jorge, Filipe de Portugal, Manuel Figueiredo, Gonçalo Cornélio da Silva, Jorge Pinto, Fátima Castanheira

Resposta da CM Ourém (01.04.2023)

«Ex.mos(as) Srs(as).

Acusamos a receção do vosso email que mereceu a nossa melhor atenção e foi registado com o n.º interno 21171/2024.

Em resposta ao solicitado, incumbe-me o Sr. Presidente de informar Vossas Exas que para o local indicado existe a pretensão para a construção de duas habitações bifamiliares, referentes aos processos internos com os n.º 1953/2023 e 1955/2023, e que ainda se encontram em tramitação.

Estes processos surgem na sequência de um pedido de informação prévia (PIP) n.º 17/2021/19, no qual a DGPC, atual Património Cultural emitiu pareceres favoráveis aos projetos de arquitetura, sendo o PIP condicionado a entrega do parecer final dos trabalhos de arqueologia.

Neste momento, os processos, estão a aguardar a entrega de elementos por parte do requerente, assim como o parecer do Património Cultural, conforme condição do Pedido de Informação Prévia viável, relativo aos trabalhos de arqueologia, elemento fundamental para uma eventual aprovação dos projetos de arquitetura.

Com os melhores cumprimentos,

FILIPE BAPTISTA
Chefe de Gabinete
Gabinete de Apoio à Presidência

Município de Ourém»

Instalação da Largo – Residências no recinto do Hospital Miguel Bombarda – aplauso e pedido de esclarecimento à Largo 1024 972 Fórum Cidadania Lx

Instalação da Largo – Residências no recinto do Hospital Miguel Bombarda – aplauso e pedido de esclarecimento à Largo

À Direcção da Largo Residências
C.C. JF Arroios, ESTAMO, CML e media

 

Exma. Senhora Marta Silva
Em primeiro lugar, apresentamos os nossos cumprimentos pela vossa ida para o complexo do antigo Hospital Miguel Bombarda, cujo edificado, espaço público, arvoredo, património móvel e de memória é uma das nossas causas fundadoras, como será do vosso conhecimento.
Pelo que a anunciada (https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/cooperativa-largo-residencias-instala-se-no-antigo-hospital-miguel-bombarda-em-lisboa) instalação da Largo naquele local é muito bem-vinda, na certeza de que contribuirá para que as ameaças que pairam sobre ele não se concretizem, pelo menos no curto e médio-prazo.
Aproveitamos para pedir que nos esclareçam quanto ao seguinte:
Quais as medidas de segurança já asseguradas – por vós ou pela Estamo – de modo a que esteja vedado o acesso de estranhos ao local, fora do âmbito das vossas actividades?
Isto porque no perímetro do antigo hospital existem muitos imóveis, em que facilmente se podem praticar furtos e actos de vandalismo, expondo-os ainda ao perigo de incêndio, basta alguém querer fazê-lo.
Falamos de edifícios classificados de Interesse Público (edifício principal, balneário D. Maria II e pavilhão de segurança (“Panóptico”), mas também de outros, que não sendo classificados são igualmente de grande importância (a enfermaria em “poste telefónico”, a antiga cozinha e a morgue) em termos patrimoniais e não só.
E porque não nos parece suficiente a vigilância que é assegurada neste momento pela Estamo (basicamente um vigilante no portão principal). Os edifícios classificados (e a própria morgue) contêm muito património móvel de grande valia, cuja salvaguarda importa assegurar. Por isso a nossa pergunta: está previsto o reforço das medidas de segurança? Quais, e sob a responsabilidade de quem?
Por outro lado, sugerimos que se refiram ao “barracão” por aquilo que ele é (era), um telheiro para passeio dos doentes, projectado pelo arq. José Nepumoceno e que, ingloriamente, na segunda metade do século passado, alguém mandou vedar e transformar num “barracão”. Seria até uma mais-valia para a cidade que a Largo o fizesse voltar às origens, conforme consta na foto em anexo.
Por último, e sem querer tomar mais do vosso tempo, gostaríamos de saber os pormenores do protocolo em boa hora celebrado entre a Largo e a Estamo, uma vez que o mesmo não foi divulgado ao público, facto que não compreendemos.
Muito obrigado.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Luís Carvalho e Rêgo, João Mineiro, Fátima Castanheira, Eurico de Barros, Manuela Correia, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Irene Santos

Resposta da Largo Residências (13.05.2024)
Caros Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Luís Carvalho e Rêgo, João Mineiro, Fátima Castanheira, Eurico de Barros, Manuela Correia, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Irene Santos
Lamento só responder agora, contudo não recebemos qualquer contacto directo e só mesmo no dia de ontem  (10 de maio) me deparei com esta publicação no vossa site do qual sou regular seguidora, e que muito congratulo o trabalho e cuidado com a nossa cidade e o seu património.
Face às questões levantadas deixo aqui já alguns esclarecimentos:
Segurança:  Desde o início da obra, foram de imediato instaladas sistema de alarme e câmaras de vigilância para garantir o uso correcto e não intrusivo do espaço pela segurança de todas as partes, situação que ficou logo expressa e acordada entre nós e a estamo, nunca acedendo a toda a zona de edifícios classificados e mesmo os que não o são e estão fora do nosso perímetro. A partir do momento que as equipas de trabalho residentes começaram a ocupar as zonas a elas afectas, o espaço já se encontra vedado por cercas semelhantes às que estão dispostas em todo o muro do bombarda, cercas de 2 metros de altura, e dois portões, que permitem o acesso em caso de emergência, evacuação e segurança, acessibilidade reduzida, bem como para cargas e descargas pontuais devidamente autorizada e acompanhada pela vigilância / segurança da Estamo.
Relativamente à formalização não é um protocolo, mas sim um Acordo para a utilização temporária, a título oneroso, de parte de prédio. Tem a duração de um ano, com possibilidade de renovação, e cujo termo poderá acontecer com aviso prévio de 90 dias, quando o projecto futuro venha a ser desenvolvido.
É também por esta clara noção da sua temporalidade que as instalações que estamos a criar são autoportantes e modulares, não tendo qualquer fundação no espaço, e podendo ser retiradas para deixar o espaço como estava. Mas claro, deixaremos em melhor estado e cuidado, face ao que encontramos.
Gostaríamos muito de vos convidar a visitar e visualizar os trabalhos em processo, antes de abrimos ao público, cuja previsão é a segunda quinzena de junho.
É para nós fundamental a parceria e diálogo com as forças vivas, que cuidam e cuidarão do passado, presente e futuro de um património tão importante.
A nossa intenção é a de um grande respeito pelo espaço, pela sua memória, pela sua preservação, alertando para o perigo que tem deixar património público devoluto tantos anos. Assim o fizemos no antigo Quartel da GNR no Largo do Cabeço de Bola / Santa Bárbara protegendo o património dos intrusos que lá encontramos, e cuidando dele com um uso democrático e acessível a todos(as) até à fase de entrada em obra por parte do governo. E neste sentido queremos acreditar que poderemos contribuir para uma maior segurança e cuidado da zona que ocupamos, e que irá inevitavelmente inibir intrusões nas zonas circundantes, e mesmo o cuidado que aqueles Jardins não tinham há tanto tempo e que agora pode servir de ponto de encontro entre vizinhos(as) da mesma rua.
Relativamente ao telheiro, não lhe iremos dar a configuração original, pois não podemos intervir e alterar o edificado. O uso será igual ao último uso que o espaço teve, a quando a ocupação pela companhia de Teatro Praga, enquanto sala de ensaios e espectáculos, sendo a nossa intervenção interna mais uma vez autoportante e modular.
O nome que agora apelidamos ao espaço é um tributo ao bailarino que passou a maior parte da sua vida aprisionado no antigo Hospital Miguel Bombarda: Sala-Estúdio Valentim de Barros.
Já reunimos com a equipa do hospital que está a fazer o trabalho de inventariação do panóptico, Dr. Pedro e colegas, com a Associação de Arte Terapia que lá trabalhou 40 anos, e que irá também promover algumas actividades em parceria.
Reforço o convite para virem ao espaço, não só para nos conhecermos melhor, mas também porque gostaríamos muito de contar com a vossa participação no desenho de um ciclo de conversas sobre o passado, presente e futuro do Miguel Bombarda, logo no nosso programa inaugural, previsto para o fim de semana 15 e 16 de Junho.
Deixo o meu contacto telefónico () e estou ao dispor para qualquer esclarecimento adicional.
A Direcção
Marta Silva

e

Peço desculpa por não ter dado conta do email, que sendo o geral recebe mesmo muitas comunicações, acrescendo ao facto de o nosso site ter sido vítima de phishing e afectou muitas comunicações do domínio.
Aproveitemos então agora este contacto e fico a aguardar a vossa proposta de data.
Com os melhores cumprimentos
Marta Silva
Reabilitação do Sintra Cinema – Concurso Público – Comentários do Fórum Cidadania Lx e do Q Sintra 1024 576 Fórum Cidadania Lx

Reabilitação do Sintra Cinema – Concurso Público – Comentários do Fórum Cidadania Lx e do Q Sintra

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Dr. Basílio Horta
CC. AM Sintra
No seguimento do anúncio feito pela CM Sintra, em Janeiro deste ano, dando conta da abertura de concurso para a “concepção e reabilitação do Sintra Cinema”, queremos, em primeiro lugar, endereçar os nossos parabéns a V. Exa. e ao Executivo da CM Sintra, por quererem resgatar este equipamento histórico para o convívio dos sintrenses e de quem visita Sintra, para o que contribuiu de forma decisiva a sua oportuna aquisição por parte da autarquia.
Contudo, lido atentamente o Programa Preliminar (Termos de Referência) disponibilizado ao público (https://cloud.cm-sintra.pt/s/r5MQreiG4BpaD5C ), não podemos deixar de chamar a atenção de V. Exa. para alguns aspectos que nos parecem preocupantes, uns, e contraditórios, outros, e que, durante a análise das propostas que, entretanto, tiverem sido recepcionadas pela CM Sintra até ao dia 9 do corrente, importará ter em consideração.
Permita-nos as seguintes considerações:
Parece-nos preocupante o duplo pressuposto em que assenta o Programa Preliminar, ou seja, por um lado a necessidade de se “conceber” um equipamento, e que esse espaço seja um teatro, quando sempre foi cinema, construído para tal; um equipamento que, recordamos, já se encontra “concebido” e por Faria da Costa, um arquitecto que dispensará apresentações.
Esse pressuposto poderá querer significar que o resultado final da reabilitação do Sintra Cinema possa vir a ser uma construção nova, com a inevitável “marca de autor”, por que quase todas as salas de espectáculo têm passado quando são reabilitadas, e não, como seria de esperar, apenas a recuperação do projecto original de Faria da Costa, ainda que adaptado, naturalmente, às novas exigências técnicas decorrentes da evolução da legislação aplicável a salas de espectáculo.
Consideramos grave que assim seja, uma vez que isso significará que, no fim, restarão apenas do edifício primitivo, a fachada principal e parte do seu magnífico balcão interior. Para o que concorrerá também a necessidade em dotar o Sintra Cinema de camarins, com a inevitável abertura de vãos, ampliações e novas construções, contribuindo para a adulteração estética e espacial do edifício, camarins a nosso ver dispensáveis se a intenção for recuperar o projecto original.
Mais preocupados ficamos quando verificamos que os termos de comparação sugeridos pelo Programa Preliminar como sendo “soluções plausíveis” para o Sintra Cinema, são o Cine-Teatro Capitólio, em Lisboa, ou o Teatro Jordão, em Guimarães.
Porque, se do antigo cinema de Cristino da Silva no Parque Mayer, depois de ter sido completamente arrasado por dentro pelo arq. Alberto Oliveira (vencedor de um concurso público de “reabilitação” promovido pela CML…), resta apenas o “invólucro” (fachadas, néon e cobertura), em que se tornou impraticável a encenação de peças de teatro ou a projecção de filmes no seu interior, como é do conhecimento público e muitos encenadores já o disseram;
Já do vimaranense Teatro Jordão apenas resta a fachada principal, já que tudo o mais é construção nova, contemporânea, travestida de reabilitação.
Parece-nos que Sintra só teria a ganhar se a reabilitação do Sintra Cinema se traduzisse, simplesmente, pela recuperação do projecto original de Faria da Costa, de sala de cinema (com possibilidade de se fazer teatro de pequena escala, stand-up comedy, ou outra) com as inerentes alterações legais, até porque, sendo a sua construção em betão, o edifício actual não apresentará problemas de maior na sua estrutura.
Por outro lado, ressaltam do Programa Funcional do concurso alguns aspectos pouco claros, que importaria esclarecer, nomeadamente no que concerne às demolições, alterações e ampliações previstas ou a permitir, desde logo no que se refere ao balcão do Sintra Cinema, pois é referida a possibilidade de se “cortar o balcão”, o que, a verificar-se, significará destruir-se o único detalhe arquitectónico e estético relevante do interior do Sintra Cinema: o seu balcão.
 Não faz sentido amputar-se o balcão, por mais tentativas de justificação que se apresentem, espaciais, funcionais ou outras, muito menos que para isso concorra a incorporação de uma “bancada retratável”.
 Também o hipotético rebaixamento do pé-direito do edifício constituirá um sério revés em termos de leitura da sala, com impacto na caixa de som da mesma e na boa acústica da sala.
 Finalmente, perguntamos a V. Exa. se faz sentido a abertura de um café-concerto-esplanada na cobertura do cinema, com 175m2 de área, por mais inspiração que o Programa tenha ido beber ao projecto original do Capitólio, o qual acabaria por ser descartado no projecto de “reabilitação” de Alberto Oliveira.
 A abertura desse espaço no Sintra Cinema fará convergir para o centro da Portela muito mais pessoas do que as frequentadoras dos espectáculos, com o que isso acarretará de tráfego automóvel, necessidades de estacionamento, mais ruído, luzes e acumulação de lixo no espaço público.
Com os melhores cumprimentos
Pelo Fórum Cidadania Lx,
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Pinto, Paulo Trancoso, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Ruth da Gama, Beatriz Empis
Foto: Sintra Notícias
Coreto Jardim da Estrela com anúncio obras restauro desde o Verão – pedidos esclarecimentos ao PCML 765 613 Fórum Cidadania Lx

Coreto Jardim da Estrela com anúncio obras restauro desde o Verão – pedidos esclarecimentos ao PCML

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
 
C.C. AML
Constatamos que o coreto do Jardim da Estrela, datado de 1894, da autoria do arquitecto José Luís Monteiro para o Passeio Público e colocado no seu actual local em 1936, está vedado desde o Verão com telões, anunciando uma empreitada de obras de restauro que não só não começou como não se vislumbra que comece!
Os serviços da CML colocaram um estrado por baixo da cobertura do coreto (protecção para quem insiste em subir ao coreto, apesar das condições de insegurança das ripas de madeira da cobertura?), e vedaram o acesso ao mesmo com uma série de grades com imagens virtuais e informação histórica sobre o coreto, que muito apreciamos e agradecemos.
Mas queremos saber o que se passa com a empreitada, ou seja, por que razão não se iniciaram ainda as obras de restauro e qual a data prevista para o seu início e fim?
Gratos, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, António Araújo, Luis Mascarenhas Gaivão, José Maria Amador, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, António Barreto, Filipe de Portugal, Madalena Martins, Beatriz Empis
Projecto alterações Alas Norte e Nascente do Palácio da Ajuda – Pedido de esclarecimentos ao Contacto Atlântico 1024 576 Fórum Cidadania Lx

Projecto alterações Alas Norte e Nascente do Palácio da Ajuda – Pedido de esclarecimentos ao Contacto Atlântico

Ao Atelier Contacto Atlântico
C.C. Gab.Ministro, Comissão da AR, Património Cultural, IP e media
Exmo. Sr. Arq. André Caiado
Tomámos conhecimento pelo vosso site da iminência de obras de alterações no Palácio Nacional da Ajuda, anunciadas, inclusivamente, como estando já “em construção”, o que nos surpreende bastante, dado não encontrarmos nenhum anúncio público de concurso sobre esta matéria, ou adjudicação desta obra em concreto, apenas da remodelação da loja do Palácio.
Uma vez que, para lá da escassa informação do V/site, não existe nenhuma informação oficial tornada pública pelo Património Cultural, IP, ex-DGPC, sobre estas obras a iniciar na ala Norte e Nascente do Palácio da Ajuda, e que, pelo que constatamos nas vossas publicações (https://contactoatlantico.com/mies_portfolio/palacio-nacional-da-ajuda/ e https://pt.linkedin.com/posts/joaocaiado_pal%C3%A1cio-nacional-da-ajuda-httpslnkdin-activity-7125808655165251584-OF_Z?trk=public_profile_like_view), a empreitada a desenvolver nas três salas ditas do Tesouro (reservas) terá, inevitavelmente, um impacto imprevisível na espantosa Biblioteca da Ajuda (tão valiosa quanto mal divulgada pela tutela), a nível do seu tecto (nos estuques e pintura frágeis) e estrutura (desde logo nas condições de temperatura e humidade relativa), por força do próprio projecto e pela anunciada cedência daquelas salas para eventos (!) os mais variados;
Estando nós em presença de um Monumento Nacional (Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 Junho), e tendo esta Associação como objecto a defesa do Património no Distrito de Lisboa (Art.2º), vimos solicitar a V. Exas. que, antes que desenvolvamos outras iniciativas, nos informem sobre o seguinte:
1.O vosso projecto está disponível para consulta, onde?
2.Existem relatórios de impacte do projecto, das obras subsequentes e do uso futuro das salas das reservas, na Biblioteca?
3.Qual a intervenção prevista no soalho das salas das reservas?
4.Qual a intervenção prevista para os valiosos e históricos armários das salas das reservas? Vão restaurá-los? Pintá-los, como se marcenaria nova se tratasse?
5.Qual a justificação para a saída das reservas do local onde se encontram? Tratar-se-á de uma saída temporária ou definitiva?
6.Qual a intervenção prevista para a magnífica cobertura (telhado) das Alas Norte e Nascente do Palácio Nacional da Ajuda?
Agradecendo a melhor atenção, apresentamos os nossos cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luis Mascarenhas Gaivão, António Araújo, Jorge Pinto, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Luís Serpa, Beatriz Empis
Foto: Atelier Contacto Atlântico
Loteamento da Quinta das Damas – Contributo para Consulta Pública 908 1024 Fórum Cidadania Lx

Loteamento da Quinta das Damas – Contributo para Consulta Pública

Pedido de classificação do Pavilhão Chinês 1000 667 Fórum Cidadania Lx

Pedido de classificação do Pavilhão Chinês

Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, I.P.
Arq. João Carlos Santos
Como V. Exa. reconhecerá, a classificação de espaços comerciais enquanto bens de Interesse Público só muito recentemente é que começou a ser objecto da atenção da tutela da cultura, havendo hoje um pequeno conjunto de lojas que já o são: Cervejaria Solmar (2019), Confeitaria Nacional (2020), Ourivesaria Barbosa Esteves (2019), Tabacaria Mónaco (2017), Caza das Vellas Loreto (2017), Casa Havaneza () e antiga Casa da Sorte (na realidade os painéis cerâmicos de Querubim Lapa, em 2018),
Outras, poucas, pelo carácter do bem e génio do respectivo criador, e enquanto testemunho de vivências e factos históricos, concepção arquitectónica e decorativa, e de memória colectiva, merecerão sem dúvida igual estatuto, e nesse sentido temos vindo a enviar aos V/serviços algumas delas (Snack-Bar Galeto, Livraria Ferin, Livraria Sá da Costa).
Nesse propósito, consideramos ser de elementar justiça que seja ponderada a classificação do bar mais emblemático e reconhecido de Lisboa, “gabinete de curiosidades”: o Pavilhão Chinês.
Embora a fundação deste bar, pelo decorador e colecionador Luís Pinto Coelho, aponte para 1986, o espaço ocupa o que foi uma célebre mercearia e armazém de víveres que ali funcionou desde 1901. Em 1986, o arq. Carlos Ramos faria o projecto de alterações que resultou no Pavilhão Chinês que hoje conhecemos: mais do que um simples bar de cocktails ou local de convívio, é um regalo para a vista, pela sua decoração em horror vacui, onde se misturam brinquedos de época com loiça de Bordallo Pinheiro, bandeiras, artigos militares, antiguidades, etc., expostos num belíssimo mobiliário ao longo das sucessivas salas do bar, assumindo-se como património móvel integrado perfeitamente no espaço que ocupa.
Pelo exposto, temos o prazer de enviar a V. Exa. o Requerimento de abertura de processo de classificação do Pavilhão Chinês, anexando algumas fotografias elucidativas deste bar.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Luís Mascarenhas Gaivão, Paulo Lopes, Luís Carvalho e Rêgo, João Mineiro, Helena Espvall, Eurico de Barros, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Alexandra Maia Mendonça, Fátima Castanheira, António Araújo, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Ana Cristina Figueiredo, Maria do Rosário Reiche, Filipe Teixeira
Foto Lojas Com História/CML
CML vai aprovar amanhã demolição do edifício de 1908 da Av. Defensores de Chaves – protesto e lamento 1024 1024 Fórum Cidadania Lx

CML vai aprovar amanhã demolição do edifício de 1908 da Av. Defensores de Chaves – protesto e lamento

Exmº Sr. Presidente da CML
Engº Carlos Moedas,
Exmª Srª Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. AML, Junta de Freguesia e Media
Constatamos que de nada serviram os nossos apelos junto da CML (https://cidadanialx.blogspot.com/2021/02/edificio-da-av-defensores-de-chaves-37.html) e da Provedoria de Justiça (https://cidadanialx.blogspot.com/2016/03/av-defensores-de-chaves-37-apelo-cml.html), uma vez que o presente Executivo tem agendada para a reunião de CML de amanhã, dia 24, a Proposta nº 8/2024, que visa “aprovar o projeto de arquitetura da obra de construção com demolição a realizar no prédio sito na avenida Defensores de Chaves, nº 37, na freguesia das Avenidas Novas, que constitui o processo EDl/2021/1105”.
Lamentamos profundamente que a CML contribua de forma decisiva para a demolição de mais um dos já poucos exemplares da Lisboa “Entre-Séculos”, na circunstância um prédio de 1908, “gémeo” de outros três prédios idênticos, distantes alguns metros e sitos na Avenida Duque d’Ávila. Lamentamos que a CML não tenha tomado posse administrativa do imóvel, e lamentamos ainda mais que com esta aprovação, a CML compactue com a especulação imobiliária de que este imóvel foi alvo, de que o destelhar da cobertura  enquanto forma de acentuar a degradação do mesmo, e a coação junto do último inquilino, a quem a comunicação social deu voz oportunamente, são meros exemplos.
Premeia-se assim o que devia ter sido punido.
É lamentável.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Maria Teresa Goulão, Miguel Atanásio Carvalho, Pedro Jordão, António Araújo, Teresa Teixeira, Filipe de Portugal, Ana Cristina Figueiredo, Filipe Teixeira, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Martim Galamba, Rui Martins, Carlos Boavida, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Beatriz Empis