Património

Início da demolição da Vivenda Aleluia, em Aveiro – protesto ao PCP 1017 1024 Paulo Ferrero

Início da demolição da Vivenda Aleluia, em Aveiro – protesto ao PCP

Exmo. Senhor Dr. Paulo Raimundo
Secretário-Geral do Partido Comunista Português
 
C.C. 12ª Comissão da AR, GabMC, DGPC, PCM Aveiro e LUSA
Foi com espanto e profunda indignação que soubemos que a delegação do Partido Comunista Português (PCP) em Aveiro decidiu iniciar o desmantelamento da Vivenda Aleluia (1930), de que é proprietária, havendo notícias de gradeamentos, caixilharias e interiores já destruídos.
Como será do conhecimento de V. Exa., a polémica em redor de uma eventual demolição da Vivenda Aleluia, sita na Av. Lourenço Peixinho, há muito que ultrapassou o foro local, mobilizando nos últimos meses a opinião pública de uma forma tal que o assunto chegou à Assembleia da República, por via de uma petição em prol da salvaguarda da moradia histórica, encontrando-se a mesma a aguardar pelo relatório da 12ª Comissão, órgão em que, estranhamente, o PCP se coibiu de participar aquando da audição feita às primeiras peticionárias.
Igualmente, decorre na Direcção-Geral do Património Cultural o processo de emissão de parecer sobre o pedido de classificação de Interesse Público submetido recentemente e com carácter de urgência àqueles serviços, o qual, a ter parecer positivo será o garante de que a casa não será demolida e, portanto, o desmantelamento em curso será ilegal, apesar de aprovado pela CM Aveiro.
Daí este nosso protesto a V. Exa., por o que consideramos ser uma grave contradição, feita por quem, e bem, costuma pautar-se por uma frontal oposição aos projectos urbanísticos selvagens, meramente especulativos e aproveitadores de lacunas legais e permeabilidades autárquicas e centrais, que delapidam o nosso património e destroem a memória histórica por esse país fora.
Contudo, neste caso da Vivenda Aleluia, estranhamente, o PCP decidiu não só ser promotor imobiliário especulativo, talvez na esperança de lucrar milhões com o edifício de cinco andares que vier a ser construído no lugar da moradia, como contradizer-se em relação às suas próprias tomadas de posição no passado, em que por mais do que uma vez defendeu a salvaguarda da Vivenda Aleluia.
Fica o protesto, veemente.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Fernando Jorge, Eurico de Barros, Paula Cristina Peralta, Beatriz Empis, António Araújo, Helena Espvall, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, António Dias Coelho, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira

 

Foto in Cerâmica Modernista
Palácio Almada Carvalhais muda novamente de dono – pedido de informações à LACE INVESTMENTS  752 683 Paulo Ferrero

Palácio Almada Carvalhais muda novamente de dono – pedido de informações à LACE INVESTMENTS 

À LACE INVESTMENTS PARTNERS LISBON

C.C. PCML, AML, JF e DGPC
Exmos. Senhores
Como é do Vosso conhecimento, o Palácio Almada-Carvalhais é Monumento Nacional, encontrando-se, neste momento, em grave estado de degradação, apesar dos muitos projectos de reabilitação anunciados e de várias promessas ainda por cumprir.
Na realidade, foram vários os fundos imobiliários que o detiveram ao longo dos últimos 25 anos, e que o foram revendendo a outros, numa espiral especulativa, ousamos afirmá-lo, e que apenas revela um entendimento possível da parte de quem o detém: um Monumento Nacional é um mero activo transaccionável, e que tem tido como resultado prático o adiamento sucessivo da reabilitação de facto de um edifício notável, e o acentuar da sua degradação.
Há dias foi-nos dito por vós, por via telefónica, que o Palácio Almada-Carvalhais terá sido novamente vendido, sem que nos tivesse sido facultado o nome do novo proprietário.
Assim, solicitamos que nos informem a quem foi vendido o Palácio Almada-Carvalhais e em que data.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, Filipe Teixeira, António Miranda, Filipe de Portugal, Fernando Jorge, Beatriz Empis, Irene Santos, Gustavo da Cunha, Carlos Boavida, Maria do Rosário Reiche
Fotos: Trienal (2019)
Estado caótico dos palácios de Lisboa – pedido de esclarecimentos à CML e aos MF e MC 1024 979 Paulo Ferrero

Estado caótico dos palácios de Lisboa – pedido de esclarecimentos à CML e aos MF e MC

Exmo. Sr. Presidente da CML
Exmo. Sr. Ministro das Finanças
Exmo. Sr. Ministro da Cultura
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Exmo. Sr. Director-Geral do Tesouro e Finanças
 
CC. PR, 12ª Comissão da AR, GABPM, AML, LUSA
 
Há vários anos que esta Associação tem vindo a alertar quem de direito para a situação lastimável em que se encontra um vasto conjunto de palácios e casas senhoriais de Lisboa. 
Organizámos, inclusivamente, dois colóquios sobre palácios, um nos Paços do Concelho e outro no Palácio Pombal (propriedade da CML). 
Apelos prementes, dado o completo desnorte e aparente apatia com que se age, ou não, na defesa desse singularíssimo património.
Constatamos que até hoje nada se alterou no cenário de puro abandono em que se encontra esse património, de danosa especulação e de absoluto desrespeito pelas mais elementares regras de protecção dos bens classificados, e das várias disposições da Lei de Bases do Património. 
E, no entanto, tanto se poderia fazer para aproveitar cultural e economicamente estes bens patrimoniais, evitando-se a fatalidade dos hotéis.
Sendo este o triste pano de fundo em que nos movemos, partindo da certeza que só em conjunto poderemos lutar pela salvaguarda destes bens, pensamos ser essencial que a CML, o Ministério das Finanças/DGTF e o Ministério da Cultura/DGPC se pronunciem sobre as seguintes matérias relativamente aos palácios que a seguir enumeramos, deixando propositadamente de lado o Palácio Burnay, neste momento sob a alçada do Tribunal:
 1 – PALÁCIO ALMADA-CARVALHAIS (propriedade privada, Monumento Nacional desde 1919)
Estão a CML e o Estado ao corrente de uma eventual nova venda orquestrada pela Lace Investimentos (entidade que representaria em Portugal o fundo que detinha o PAC)? Sabem quem é o novo proprietário? O que se fará agora da autorização dada oportunamente para que o palácio fosse transformado num hotel? Na sequência desta última pergunta: que projecto de arquitectura será de facto concretizado e quando?
Que medidas foram adoptadas para que os diferentes proprietários cumprissem as obrigações que lhes incumbe por via da Lei de Bases do Património? Quais os procedimentos de risco instaurados em caso de incêndio, infiltrações graves, abatimento estrutural?
 2 – PALÁCIO MARIM-OLHÃO (propriedade da CML, Em Vias de ser classificado Monumento de Interesse Público, 2023)
Na sequência do despejo do último inquilino, a Leiloeira Palácio do Correio Velho, que destino está reservado para esta magnífica casa da Calçada do Combro? Está prevista alguma acção de melhoria do espaço que evite danos maiores, por exemplo, limpar a fachada? Sendo a CML a proprietária do edifício, por que razão nada fez de relevante para pôr fim à evidente degradação?
 3 – PALÁCIO COSTA LOBO OU DO PATRIARCADO (Incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria, Imóvel de Interesse Público desde 1996, propriedade privada)
Estão a CML e o Estado ao corrente da nova venda deste importante palácio de Lisboa? Continuará válida a autorização e o projecto aprovados recentemente para hotel?
4- PALÁCIO MITELO (incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria, Imóvel de Interesse Público desde 1996, propriedade privada)
Qual a posição da CML e do Estado pelo estado de abandono em que se encontra este palácio? 
5 – QUINTA DAS ÁGUIAS (propriedade privada, Imóvel de Interesse Público desde 1996)
Qual a posição da CML e do Estado pelo escandaloso estado de abandono em que se encontra esta quinta desde há pelo menos duas décadas? Que medidas foram exigidas aos sucessivos proprietários para que os azulejos não fossem roubados e o palácio deixasse de ser continuamente vandalizado? Quais foram os autos de vistoria que, por certo, fizeram? E quais as conclusões e consequências? 
6 – PALÁCIO ALMADA (propriedade do Estado, Monumento Nacional desde 1910)
Como tencionam o Estado e a CML agir para se possam fazer as, mais do que urgentes, obras? Relembramos que a tinta e rebocos da fachada estão a saltar, o jardim e a fonte manuelina necessitam de um restauro, as coberturas reparadas, as colossais chaminés avaliadas na sua estrutura. Por que razão não se canalizam fundos do PRR para o restauro integral desta casa histórica, propriedade do Estado?
7 – PALÁCIO DA ROSA (vendido pela CML a privados em 2005, era então Imóvel de Interesse Municipal, sendo Monumento de Interesse Público desde 2012)
De acordo com informações recentes, os proprietários terão abdicado do projecto do atelier Bugio, vastas vezes anunciado como em vias de concretização e que até agora não teve qualquer resultado prático. Este importantíssimo conjunto histórico era propriedade da CML em 2005, foi vendido a privados com a promessa de ali se concretizar um projecto respeitador do imenso património então existente. Puro engodo, uma vez que rapidamente foi objecto de saque e vandalismo. Que medidas foram tomadas e estão a ser tomadas para evitar o desaparecimento total da valia ainda existente no palácio? Que planos estão em vigor para a prevenção de incêndios, para combater eventuais infiltrações?
8-PALACETE BRAANCAMP  (vendido pela CML a privados em 2009, sendo Imóvel de Interesse Municipal desde 2013)
Aquando da sua venda pela CML, foi anunciado pelo novo proprietário que o palacete seria re-convertido em “hotel de charme”. De lá para cá, contudo, nada aconteceu, sendo apenas posto a render, esporadicamente, como local de eventos. Posteriormente foi revendido, encontrando-se ao abandono há já vários anos. Questionamo-nos como é que em casos como o presente, a CML não dispõe de mecanismos legais para reverter a venda, uma vez que os objectivos que presidiram à mesma não são manifestamente cumprimentos pelos compradores.
Muito obrigado.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Luís Mascarenhas Gaivão, Paulo Trancoso, Gonçalo Cornélio da Silva, Inês Beleza Barreiros, Tiago Mendes, Rui Pedro Martins, Helena Espvall, Ana Celeste Glória, Miguel Atanásio Carvalho, José Maria Amador, António Miranda, António Dias Coelho, António Araújo, Filipe de Portugal, Bernardo Ferreira de Carvalho, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Irene Santos, Gustavo da Cunha, Carlos Boavida, Maria do Rosário Reiche
Protesto à JF por estado lastimável de painel azulejar no Poço do Borratém 744 703 Paulo Ferrero

Protesto à JF por estado lastimável de painel azulejar no Poço do Borratém

Exmo. Senhor
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho
C.C. PCML, AML, SOS Azulejo e LUSA
Como será do conhecimento de V. Exa., o estado actual do painel de azulejos de uma antiga loja de linho e estopa do edifício do nº 25 do Poço do Borratém é o que a imagem em anexo documenta e que a todos envergonha.
A situação não é nova, longe disso, mas é revoltante porque cada vez pior.
Ao que sabemos, o edifício em causa é propriedade da Junta de Freguesia de Santa Maior (ex-Junta de Freguesia de Santa Justa), albergando, inclusivamente, os serviços de empreendedorismo social da mesma, pelo que é ainda maior o nosso espanto pelo estado lastimável a que chegou este painel histórico com letreiro publicitário.
Não conseguimos entender como não se protegeu minimamente este painel nos últimos anos, com a agravante de estar em vigor a Lei nº 79 de 18 de Agosto de 2017 que, supostamente, existe para proteger a azulejaria de fachada.
Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre os motivos de a Junta de Freguesia não ter assegurado a protecção devida a este painel, por forma a evitar a incúria que permitiu as galopantes acções de destruição e roubo por que passou na última década e meia, solicitando uma intervenção urgente por parte de quem de direito para que se proceda ao preenchimento das lacunas do painel, por forma a impedir mais roubos e destruição.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Martins, Fernando Jorge, Miguel Atanásio Carvalho, Gonçalo Cornélio da Silva, Helena Espvall, Filipe de Sousa, Manuela Correia, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, António Araújo, Carlos Boavida, Ruth da Gama, Filipe Teixeira, Jorge Pinto, Irene Santos, António Miranda
Foto actual (Rita Gomes Ferrão), foto de 1983 (DIGITILE/Fundação Calouste Gulbenkian)
Pedido de classificação do edifício da Rua Andrade, 2 798 807 Paulo Ferrero

Pedido de classificação do edifício da Rua Andrade, 2

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
 
Vimos pelo presente solicitar a V.Exa. a abertura do processo de classificação de um dos mais importantes e belos edifícios do início do século XX existentes em Lisboa, que se encontra praticamente genuíno e que tem profundas ligações à formação do célebre Bairro Andrade, bairro em relação ao qual Norberto de Araújo considerava ter sido “a grande primeira nota de urbanismo, entre campos e lugares aprazíveis”.
Com efeito, o edifício da Rua Andrade, nº 2, que foi legado pelo dr. Anastácio Gonçalves à Santa Casa da Misericórdia, actual proprietária, é de facto um exemplo maior da arquitectura de transição, revivalista e neo-barroca, dirigido à classe média-alta do início do século passado.
A nosso ver, trata-se de mais um edifício daquele período que merece da parte da tutela do Património Cultural o reconhecimento da sua valia e respectiva salvaguarda, bem como medidas de incentivo à sua boa conservação, desideratos assegurados por uma Classificação de Interesse Público.
 
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno  Caiado, Rui Pedro Barbosa, Luis Mascarenhas Gaivão, Helena Espvall, António Araújo, Jorge Pinto, Filipe de Portugal, Rui Pedro Martins, José Maria Amador, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Irene Santos, Fernando Jorge, Ruth da Gama, Raquel Henriques da Silva e António Miranda
Para quando a inauguração do Órgão da Igreja dos Paulistas? 992 1024 Paulo Ferrero

Para quando a inauguração do Órgão da Igreja dos Paulistas?

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, JF Misericórdia, Igreja dos Paulistas, Dinarte Machado e Agência LUSA
Serve o presente para solicitar à CML, na pessoa de V. Exa., um ponto de situação sobre a “inauguração” do órgão da Igreja de Santa Catarina (Convento dos Paulistas), anunciada para 2018 (https://www.jn.pt/nacional/especial/igreja-de-lisboa-recupera-orgao-que-resistiu-ao-terramoto-9234387.html) e sucessivamente adiada, estando até agora por cumprir.
Como será do conhecimento de V. Exa. o restauro deste importante e belíssimo órgão do século XVIII (1732, embora com alterações no XIX), arrastou-se por vários anos, com a sua “remontagem” a ser adiada por várias ocasiões, depois de múltiplas moções, propostas e recomendações na CML e na AML ao longo dos últimos 15 anos, e peripécias várias que vieram a público e que nos escusamos de enumerar.
Ano e meio após o desaparecimento do saudoso Pe. Pedro Boto de Oliveira, pároco da Igreja de Santa Catarina e maior responsável pelo não esquecimento da necessidade de restauro deste órgão setecentista, perguntamos se não será tempo suficiente para quem de direito cumprir o desiderato por que todos aguardamos: a sua “inauguração”.
Independentemente (ou não) desta situação, acresce que a igreja necessita de obras urgentes nos tectos estucados por Giovanni Grossi da capela-mor, coro-alto, bem como do cadeiral em talha, exemplo máximo do barroco português, como, aliás, as fotografias que enviamos. Há infiltrações várias que sugerem haver a necessidade de intervenção nas coberturas.
Se nada for feito, corremos um sério risco de toda a operação de restauro do órgão ter sido em vão e, pior, haver um acidente grave dentro da igreja.
Poderá a CML contar sempre com a ajuda desta Associação, no que nos for possível.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Luis Mascarenhas Gaivão, Pedro Jordão, Manuela Correia, Rui Pedro Martins, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Fernando Jorge e José Maria Amador
Foto antiga: Estúdio Mário Novais, Arquivo Municipal de Lisboa
Fotos de 16.05.2023: Filipe de Portugal
Pedido de classificação dos 3 urinóis públicos masculinos do séc. XIX de Chão da Feira, Poço do Bispo e Olivais 1024 683 Paulo Ferrero

Pedido de classificação dos 3 urinóis públicos masculinos do séc. XIX de Chão da Feira, Poço do Bispo e Olivais

Ex.mo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos,
Ex.ma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
 
No seguimento do nosso requerimento a V. Exas, no mês passado, relativo à eventual classificação pelos serviços da DGPC, dos 4 pavilhões-quiosque de sanitários públicos datados início do século XX e ainda existentes em Lisboa, desta feita temos o prazer de requerer a abertura de procedimento de classificação dos 3 urinóis públicos masculinos do séc. XIX de Chão da Feira, Poço do Bispo e Olivais Velho.
Estamos perante as últimas peças de mobiliário urbano em chapa suspensa datadas do final do século XIX, possivelmente de fabrico francês, existentes em Lisboa e que se encontram em relativo bom estado de conservação.
Trata-se, mais uma vez, de um conjunto único e histórico, que julgamos preencher os requisitos gerais exigíveis para uma classificação pela Direcção-Geral do Património Cultural, designadamente quanto ao “valor estético, técnico ou material intrínseco do bem; a conceção arquitetónica, urbanística e paisagística; a extensão do bem e o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva; e a importância do bem do ponto de vista da investigação histórica ou científica”.
Juntamos ao presente requerimento, fotos dos 3 urinóis (uma foto de 1961 do exemplar da Praça David Leandro da Silva, autor: Augusto de Jesus Fernandes, in Arquivo Municipal) e três mapas de localização.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

 

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Barbosa, Pedro Jordão, Pedro Henrique Aparício, Filipe de Portugal, Jorge Pinto, António Araújo, Carlos Boavida, Gonçalo Cornélio da Silva, Irene Santos, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche
Para quando o restauro do Chafariz d’El-Rei (MIP)? 1024 683 Paulo Ferrero

Para quando o restauro do Chafariz d’El-Rei (MIP)?

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML, DGPC, JF Santa Maria Maior, Hotel Chafariz d’El-Rei e agência LUSA
Como é do conhecimento de V. Exas., o Chafariz d’El-Rei, Monumento de Interesse Público desde 2012 (Portaria n.º 740, DR, 2.ª série, n.º 248 de 24 Dezembro) e propriedade municipal, encontra-se em muito mau estado de conservação há seguramente mais de 20 anos, tanto a nível do seu exterior mas também do seu valioso e lindíssimo interior, situação que se tem vindo a agravar com o passar do tempo.
Inexplicavelmente, o Chafariz d’El-Rei não fez parte da lista de chafarizes a restaurar e reabilitar nas acções previstas, e algumas já a decorrer, no âmbito do galardão “Capital Verde Europeia 2020”.
Atente-se que a própria CML, em 2018, tinha preparado e orçamentado uma cuidada intervenção de restauro para todo o Chafariz d’El-Rei, incluindo às estruturas hidráulicas conexas (pelo menos ao reservatório e à cisterna de água), mas que até hoje não se verificou.
Continuamos sem compreender a razão por que o monumental Chafariz d’El-Rei continua como está, envergonhando-nos a todos, mais a mais numa zona histórica e turística como é Alfama, desconsiderando, aliás, o precioso restauro de que foi alvo há cerca de 13 anos o magnífico palacete que lhe está acoplado e onde funciona o hotel homónimo (porque não uma acção de mecenato com os seus proprietários, se o problema da obra for o seu financiamento?).
Solicitamos, pois, que nos informem quando é que poderemos congratular a CML, como fizemos aquando do restauro recente do Chafariz da Esperança e, em 2017, do Chafariz de Dentro; ou seja, para quando é que se prevê o início do restauro do Chafariz d’El-Rei, de modo a que todos possamos admirar e usufruir do seu esplendor?
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Rui Pedro Martins, Manuela Correia, Irene Santos, Carlos Boavida, Filipe de Portugal, António Araújo, Jorge Pinto, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, José Maria Amador, Ruth da Gama
Foto: © CML | DMC | DPC | José Vicente 2016
Reposição dos azulejos publicitários da Leitaria da Anunciada – pedido de esclarecimentos à EPAL 719 530 Paulo Ferrero

Reposição dos azulejos publicitários da Leitaria da Anunciada – pedido de esclarecimentos à EPAL

Exmo. Sr. Presidente do C.A. da EPAL
Eng. Carlos Martins
 
CC. PCML, PAML, Gab. Min. Ambiente, JF, S.O.S. Azulejo e Agência LUSA
Em vésperas do Dia Nacional do Azulejo (6 de Maio) e porque passam já 5 anos sobre a promessa da EPAL, feita publicamente mais do que uma vez (vide e-mails de Marcos Sá, Director de Comunicação e Educação Ambiental, em 25.10.2018 e 28.01.2020), de que iria recolocar os históricos painéis de azulejo publicitário da antiga Leitaria da Anunciada, mal os mesmos fossem restaurados e terminassem as obras de reabilitação do edifício, vossa propriedade, sito no Largo da Anunciada, nº 1;
E uma vez que esses painéis históricos, produzidos pela Companhia Lusitânia em 1927, e delapidados em 2017, continuam por recolocar e, ao invés, estão afixados na fachada da pastelaria-restaurante local, por iniciativa desta, painéis em acrílico (foto) reproduzindo parcialmente os painéis de azulejos retirados e supostamente já restaurados;
Solicitamos a V. Exa. que nos informe se os importantes e raríssimos painéis publicitários da Leitaria da Anunciada foram efectivamente restaurados e quando é que regressarão ao seu local, voltando a embelezar o Largo e a cidade de Lisboa. 
Com os melhores cumprimentos 
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fátima Castanheira, Eurico de Barros, Carlos Boavida, Paulo Lopes, Rui Pedro Martins, Ruth da Gama, Helena Espvall, Filipe de Portugal, Gonçalo Cornélio da Silva, Jorge Pinto, Irene Santos, António Araújo, Fernando Jorge, Maria do Rosário Reiche
Projecto de reconversão do edifício da Retrosaria Adriano Coelho (Rua da Conceição, 121) – pedido de esclarecimentos à CML 1024 683 Paulo Ferrero

Projecto de reconversão do edifício da Retrosaria Adriano Coelho (Rua da Conceição, 121) – pedido de esclarecimentos à CML

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
 
C.C. AML, Vereador da Cultura, Programa Lojas com História, JF Sta. Maria Maior, Retrosaria Adriano Coelho e Agência LUSA
Fomos surpreendidos há dias com a informação segundo a qual estaria já aprovado por este executivo da CML um pedido de informação prévia relativo ao nº 121 da Rua da Conceição, em que se prevê a transformação completa do edifício em bloco de apartamentos, colocação de elevador, etc., sem que esteja minimamente referenciada a manutenção da loja existente no piso térreo.
Acontece que a loja em causa é a histórica Retrosaria Adriano Coelho, loja-membro do nosso Círculo das Lojas de Comércio e Tradição de Lisboa e, mais importante, loja classificada pelo Programa Lojas com História, o que a torna protegida a nível legal (Lei n.º 42/2017, actualizada já em 2023 e com efeitos até 2027).
Acresce que a Retrosaria Adriano Coelho também está protegida por via do Plano Director Municipal de Lisboa, ao estar classificada na respectiva Carta Municipal do Património (item 48.56 Retrosaria Adriano Coelho, Lda. / Rua da Conceição, 121-123).
Face ao exposto, solicitamos a V. Exas. que nos esclareçam quanto à salvaguarda da Retrosaria Adriano Coelho.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Irene Santos, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Fernando Jorge
Foto: Artur Lourenço, in www.circulolojas.org