Património

Pedido de classificação dos 4 Gasómetros da Matinha 1024 1009 Paulo Ferrero

Pedido de classificação dos 4 Gasómetros da Matinha

Ex.mo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos,
Ex.ma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
Vimos por este meio solicitar à Direcção-Geral do Património Cultural, na pessoa de V. Exas., a classificação dos quatro Gasómetros da Matinha, pela sua relevância histórica na cidade e no país, enquanto símbolos da nossa indústria moderna, e também porque são únicos em Portugal.
De facto, já só não existe nenhuma evidência das outras fábricas de gás anteriores e nem dos gasómetros, por exemplo, da Av. Infante Santo, como é nossa convicção que, se existe uma memória física na cidade para a Água (Barbadinhos) e para a Electricidade (Central Tejo), é necessário preservarmos também a memória do Gás e do seu abastecimento à Lisboa moderna.
Assim, temos o prazer de enviar a V. Exas. o requerimento inicial para o respectivo procedimento de classificação, fazendo votos do seu bom acolhimento por essa Direcção-Geral.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Luís Mascarenhas Gaivão, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Pedro Formozinho Sanchez, Carlos Boavida, Fernando Jorge
Chalet Faial (MIP), Cascais, solicitação à arq. Patrícia Barbas 531 406 Paulo Ferrero

Chalet Faial (MIP), Cascais, solicitação à arq. Patrícia Barbas

Exmª Senhora
Arqª Patrícia Barbas
Como será do seu conhecimento, a salvaguarda do Chalet Faial é uma causa desta associação desde há muito tempo, tendo os nossos esforços ajudado inclusivamente a que fosse finalizado o seu processo de classificação pela DGPC, que se arrastava há anos.
É por isso com enorme expectativa e interesse que gostaríamos de acompanhar o desenrolar do seu projecto de alterações do chalet, pelo que, oportunamente, diligenciámos junto da CM Cascais a sua consulta, o que nos foi vedado até ao presente.
Ao tomarmos conhecimento, via notícia do semanário Expresso de Sábado passado, que pelo projecto em causa se irá transformar aquele chalet em habitação plurifamiliar para 5 apartamentos,
E porque nos parece que a área do mesmo é exígua para o pretendido, sem que se recorra a uma profunda transformação do seu interior e a construção e ampliação no logradouro, quebrando, porventura, a imagem deste bem classificado de Interesse Público;
Vimos pelo presente saber da sua disponibilidade em nos permitir a consulta do projecto que, em boa hora, lhe foi solicitado.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Luís Mascarenhas Gaivão, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Fernando Jorge, Gustavo da Cunha, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Filipe Teixeira, Ruth da Gama, Irene Santos
Alerta por estado lastimável da moradia do n° 7 da Avenida do México 1024 969 Paulo Ferrero

Alerta por estado lastimável da moradia do n° 7 da Avenida do México

Exma. Sra. Vereadora
Eng. Joana Almeida
C.C. PCML, AML, JF, DGPC e media
Encontrando-se a vivenda do nº 7 da Avenida do México no estado que as fotos documentam, solicitamos a V. Exa. para dar instruções aos serviços no sentido de obrigarem os proprietários do imóvel colocarem tapumes nas janelas e portas, a fim de estancar vandalismos e saques.
Trata-se de uma obra assinada pelos engenheiros Jacinto Robalo e Ávila Amaral, colaboradores de Cassiano Branco, que data de 1935 e, portanto, de uma altura em que este arquitecto não podia assinar projectos.
Uma obra que, a nosso ver, importa dignificar, independentemente do facto da DGPC ter declinado, oportunamente, a classificação do importante conjunto de moradias déco-modernistas da Avenida do México e da Avenida António José de Almeida, em que pontuam obras de Cassiano, Cottinelli Telmo e Cristino da Silva.
Essa não classificação não retira importância a este conjunto urbanístico, o qual, aliás, está protegido pela Carta Municipal do Património (item 43.15 Conjunto de moradias / Av. do México, 1 a 9 e Av. António José de Almeida, 8 a 26), pelo que não será por isso que a CML se pode abstrair de pugnar pela sua salvaguarda e dignificação mínimas.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Eurico de Barros, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Gonçalo Cornélio da Silva, Fernando Jorge, Helena Espvall, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Raquel Henriques da Silva, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Maria Ramalho, Pedro Formozinho Sanchez
Fotos: Rita Gomes Ferrão
Protesto pelo estado deplorável do edifício do Instituto Câmara Pestana 1024 873 Paulo Ferrero

Protesto pelo estado deplorável do edifício do Instituto Câmara Pestana

Magnífico Sr. Reitor
Prof. Doutor Luís Manuel dos Anjos Ferreira
 
CC. Ministra do Ensino Superior, DGPC, PCML, AML, JF Arroios e media
 Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto à Universidade de Lisboa pelo estado de abandono em que se encontra o edifício oitocentista do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, ao Campo Mártires da Pátria.
Como se comprova pela imagem em anexo (in https://www.facebook.com/photo/?fbid=564017548923222&set=a.153123633345951), o edifício e o que ainda resta do seu património móvel, in situ, encontram-se totalmente acessíveis e à mercê de quem neles queira entrar, vandalizar e roubar.
Não conseguimos entender como se pode deixar chegar a este ponto um edifício histórico como o presente, supostamente protegido – está incluído na classificação do Campo dos Mártires da Pátria (CIP) e na Zona de Proteção do Ascensor do Lavra (MN) – por ser um marco da nossa arquitectura científica.
Chamamos também a atenção de V. Exa. para o facto de existir uma porta nas traseiras, que dá acesso às escadas interiores do edifício, estar aberta há meses, conforme foto de ontem, que também anexamos.
Este edifício e o seu ainda valioso espólio merecem ser restaurados e ter uma utilização que os dignifique, em especial numa época em que o Plano de Recuperação e Resiliência propicia verbas avultadas para o Ensino Superior.
Na expectativa de uma resposta, apresentamos os nossos cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Carlos Boavida, Rui Martins, Helena Espvall, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, Filipe Teixeira, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício, Gonçalo Cornélio da Silva, Luis Mascarenhas Gaivão, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos, Fernando Jorge, Raquel Henriques da Silva, José Maria Amador
Foi cancelada a concessão da Tapada das Necessidades à Banana Café! 1024 1024 Paulo Ferrero

Foi cancelada a concessão da Tapada das Necessidades à Banana Café!

Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Exmo. Sr. Vereador da Estrutura Verde e Plano Verde
 
CC. AML, JF, DGPC, APJH e media
 
Congratulamo-nos com a boa-nova dada pela CML durante a reunião descentralizada do dia 19 do corrente, quando o Sr. Presidente Carlos Moedas e o Sr. Vereador Ângelo Pereira informaram a assistência que foi cancelada a concessão feita pelo anterior executivo à firma Banana Café Emporium para os edifícios da Tapada das Necessidades (à 1h e 31m da sessão
https://www.lisboa.pt/atualidade/noticias/detalhe/reuniao-descentralizada-dedicada-a-campo-de-ourique-e-estrela).
É uma grande notícia para a Tapada das Necessidades e para todos os que a defendem e continuarão a defender, desde logo o estoico Grupo dos Amigos da Tapada das Necessidades.
É altura, agora, de a CML pôr em marcha o Plano de Salvaguarda para aquele jardim único, socorrendo-se do saber acumulado pela Associação Portuguesa dos Jardins Históricos e envolvendo a cidade na sua boa prossecução.
Será, todos sabemos, uma empreitada faseada, seguramente morosa, pelo que sugerimos à CML que recorra às receitas provenientes das taxas turísticas e das contrapartidas do Casino de Lisboa para o seu financiamento.
Reiterando os nossos parabéns à CML e a V. Exas., apresentamos os nossos melhores cumprimentos
 
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Pedro Formozinho Sanchez, Pedro Jordão, Eurico de Barros, Helena Espvall, Tiago Mendes, Gonçalo Cornélio da Silva, Inês Beleza Barreiros, Filipe de Portugal, Irene Santos, Jorge Pinto, Fernando Jorge
Protesto por demolição total do interior e ampliação do prédio entre-séculos da R. Eng. Vieira da Silva, 10 1024 537 Paulo Ferrero

Protesto por demolição total do interior e ampliação do prédio entre-séculos da R. Eng. Vieira da Silva, 10

Exma. Sra. Vereadora Joana Almeida
CC. PCML, AML, JF Arroios e media
No seguimento de uma notícia dando conta da compra pela imobiliária Civilria do edifício da Rua Eng. Vieira da Silva, nº 10, na Freguesia de Arroios (https://www.diarioimobiliario.pt/Civilria-compra-dois-edificios-no-centro-de-Lisboa-para-projecto-residencial?fbclid=IwAR0F7cClt9Qx6kubiaRzHWNJr3AJ-Q5K9vnXTXU3q5q_g__xTzJywDhjQds), para ali fazer erguer um  «empreendimento de alta qualidade no centro de Lisboa, destinado a um cliente sofisticado e exigente … num ativo único para uso residencial»;
Consideramos que o anúncio em questão só é possível porque o licenciamento do respectivo projecto de alterações, relativo a demolição e ampliação do prédio – na realidade será a destruição completa do seu interior, mais a inevitável ampliação de 2 pisos e corriqueira manutenção de fachada (“preservação da memória do local”) – se encontra em apreciação CML, uma vez assegurada a homologação por V. Exa. do respectivo projecto de arquitectura;
Trata-se, como é do conhecimento de V. Exa., de um edifício típico da arquitectura de transição, um género em que Lisboa foi rica e de que restam cada vez menos exemplares: um prédio de 1912, que teve apenas uma alteração em 1925 para uma ampliação de 1 piso e que mantém todo o interior de origem, com estuques e azulejos. É um belo edifício de gaveto, que remata bem o topo da rua, com o prédio do  passeio oposto, igualmente da mesma época, numa coerência estilística e arquitectónica assinalável; é um prédio que está em bom estado de conservação, sendo perfeitamente recuperável e habitável por “clientes sofisticados e exigentes”, não havendo por isso necessidade de o desvirtuar. Inclusivamente, a fachada deste prédio teve obras de manutenção há relativamente poucos anos.
Lamentamos profundamente que as más práticas de reabilitação urbana reiteradas pela CML durante quase 15 anos, continuem a pautar a política de urbanismo da CML, depois de tantas falsas expectativas em contrário. E que, mais uma vez, um projecto como este não seja objecto de agendamento para reunião de CML.
Mantemos ainda a esperança de que a Estrutura Consultiva do PDM se venha a pronunciar contra este licenciamento destruidor da imagem de uma Lisboa “Entre-Séculos”, e que a sua voz se faça sentir no Pelouro do Urbanismo.
Na expectativa apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Filipe Teixeira, Nuno Caiado, Inês Beleza Barreiros, Carlos Boavida, Eurico de Barros, Helena Espvall, Maria Ramalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fátima Castanheira, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Martim Galamba, Gonçalo Cornélio da Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Pedro Jordão, Maria do Rosário Reiche, Miguel de Sepúlveda Velloso, Raquel Henriques da Silva, Irene Santos, Pedro Formozinho Sanchez e Carlos Boavida
Pedido à AML para constituição de Comissão Eventual de Acompanhamento da Tapada das Necessidades 1024 1024 Paulo Ferrero

Pedido à AML para constituição de Comissão Eventual de Acompanhamento da Tapada das Necessidades

Exma. Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa
Dra. Rosário Farmhouse,
Exmos. Senhores Deputados à Assembleia Municipal
CC. PCML, 12ª Comissão da AR, JF Estrela, DGPC e media
Como é conhecimento da Assembleia Municipal de Lisboa, a cedência da Tapada das Necessidades à Câmara Municipal de Lisboa, por parte do então Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, em 2008, não teve até ao presente ano de 2023, praticamente nenhuns efeitos práticos quanto ao motivo central que conduziu à referida cedência: a sua reabilitação e boa manutenção enquanto espaço público de lazer.
Trata-se de um jardim classificado Imóvel de Interesse Público (Decreto nº 8/83, DR, 1ª série, de 24 de Janeiro) e que, apesar do protocolo de cedência, continua a ser propriedade do Estado.
São por demais conhecidas as vicissitudes por que passou a Tapada das Necessidades nestes últimos 15 anos, com inúmeras promessas de parte a parte, pelo que nos escusamos de as repetir. De concreto, a Tapada das Necessidades está na mesma, senão pior do que estava em 2008:
O seu património histórico continua abandonado e mutilado, os elementos de arquitectura da água não funcionam, a estatuária está vandalizada, a rara Estufa circular em degradação galopante, as espécies arbóreas não são cuidadas, os circuitos pedonais estão esburacados, a incúria é generalizada e, pior, não se vislumbra nenhuma acção concreta em contrário.
Entretanto, a CML, em 2017, anunciou a concessão do espaço a uma empresa privada para a exploração e a construção de equipamentos de restauração na Tapada, formalizando a sua aprovação em 2019. Em Junho de 2021, a CML apresentou e lançou à discussão pública um ante-Plano de Salvaguarda da Tapada das Necessidades.
Pelo exposto e porque poderão também estar em causa procedimentos de ordem administrativa e legal, que importa apreciar e apurar em sede máxima de representantes da Cidade;
Apelamos à Senhora Presidente da AML e aos Senhores Deputados Municipais à Assembleia Municipal de Lisboa para que, ao abrigo do artigo 74º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, deliberem a constituição de uma Comissão Eventual para o acompanhamento da Tapada das Necessidades, extinguindo-se a mesma quando o seu objectivo estiver concluído, ou seja, quando a Tapada das Necessidades começar a ser reabilitada, na garantia plena do bem público que é.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Filipe de Portugal, Luís Mascarenhas Gaivão, Helena Espvall, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, José Maria Amador, Irene Santos
Foto de Ricardo Silva Cordeiro, in Grupo dos Amigos da Tapada das Necessidades
Projecto de hotel para metade do Palácio Pombal 1024 501 Paulo Ferrero

Projecto de hotel para metade do Palácio Pombal

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
CC.PCML, AML, JF, DGPC e media
 Serve o presente para solicitarmos a V. Exa. esclarecimentos sobre a proposta nº 7/2023, que irá ser votada na reunião privada de CML do dia 11 de Janeiro e que respeita ao processo urbanístico nº 761/EDI/2918: “projeto de arquitetura para obras de alteração com ampliação, a realizar no imóvel da Rua de “0 Século” nºs 97-103, tornejando para a Rua da Academia das Ciências nºs 1-3, na freguesia da Misericórdia”.
Com efeito, este projecto de hotel ainda que seja para a ala privada do Palácio Pombal (que agora engloba também a área da antiga escola de dança), ele versa sobre um imóvel que é classificado na sua totalidade como Monumento de Interesse Pública; apresenta muita demolição e ampliações no logradouro e para a “falsa” fachada, não especificando cabalmente se há a devida salvaguarda e restauro dos elementos patrimoniais em risco, nomeadamente o programa decorativo no interior do edifício: pintura mural e azulejaria.
Conforme poderá V. Exa. constatar nas fotos que anexamos, tiradas em 2018, as sondagens das paredes então realizadas revelavam a existência de pintura mural de grande qualidade. Recordamos ainda que as alterações havidas no interior desta ala do palácio datam essencialmente do séc. XIX, pelo que também existem tectos de estuque artístico que importa preservar. Acrescente-se ainda as escadas que o projecto pretende demolir e que são igualmente de interesse patrimonial relevante.
Reconhecemos o esforço da CML em garantir que esta nova versão do projecto assegure a preservação da antiga cozinha, o que não acontecia antes, mas há outros elementos patrimoniais cuja preservação não está assegurada de modo nenhum.
Solicitamos, portanto, a retirada da referida proposta da ordem de trabalhos da reunião do dia 11, por forma a garantir-se que todos os elementos patrimoniais serão devidamente salvaguardados.
Por último, estranhamos que, mais uma vez, estejamos em presença de um projecto de reabilitação para hotelaria numa cidade cujo centro histórico, e não só, está saturado de hotéis e com cada vez menor número de habitantes, continuando pois a ser preocupante a falta de uma politica camarária para o “repovoamento” do centro histórico. Lamentamos que Lisboa tarde em estabelecer uma quota para unidades hoteleiras de forma a garantir um equilíbrio entre as ambições da indústria do Turismo e as necessidades e os direitos dos habitantes da cidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Paula Cristina Peralta, Filipe de Portugal, Rui Pedro Martins, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Fernando Jorge, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos
E a colecção Manguel no Palacete Pombal? 532 416 Paulo Ferrero

E a colecção Manguel no Palacete Pombal?

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML, DGPC e media
Como será do conhecimento de V. Exa., já se passaram mais de 2 anos sobre o anúncio feito pela CML (https://www.lisboa.pt/atualidade/noticias/detalhe/lisboa-recebe-a-biblioteca-de-alberto-manguel) dando conta da assinatura de um protocolo com o escritor e bibliófilo argentino Alberto Manguel, com vista à doação a Lisboa dos cerca de 40 mil livros da sua colecção privada para um futuro Centro de Estudos da História da Leitura, a instalar no palacete dos Marqueses de Pombal, propriedade municipal e sito nas Janelas Verdes.
Nessa ocasião foi também avançado que o palacete dos Marqueses de Pombal iria entrar em obras profundas de alterações e remodelação, com uma duração estimada em 2 anos, de modo a poder albergar a citada colecção. Contudo, não se vislumbram quaisquer obras em curso no palacete, nem foi tornado público o respectivo projecto de arquitectura.
Considerando o exposto, vimos pelo presente solicitar a V. Exa., senhor Presidente, um esclarecimento sobre o que se passa concretamente com este assunto – aliás, no Verão passado, as notícias eram exactamente as mesmas (https://amensagem.pt/2022/08/26/alberto-manguel-lisboa-cidade-entrevista-livros-colecao/) que em 2020  -, ou seja:
  1. Mantém-se o propósito de adaptar o palacete Pombal em centro de estudos e biblioteca, com anfiteatro, entre outras valias?
  2. Existeprojecto de alterações para o palacete? Onde se pode consultar? Qual a sua autoria? Quais foram os pareceres dos serviços da CML e externos?
  3. Os 40 mil volumes da colecção já estão todos em Lisboa? Onde? A sua catalogação já foi terminada? Os livros suplementares que a CML encomendou ao escritor para reforçarem a colecção já foram adquiridos? Onde estão?
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Carlos Boavida, Martim Galamba, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Inês Beleza Barreiros, Raquel Henriques da Silva, Filipe Teixeira, Helena Espvall, Eurico de Barros, Ana Celeste Glória, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, José Maria Amador, Fernando Jorge, Irene Santos
Foto: CML
Pedido de classificação do Restaurante Snack-Bar Galeto 1024 1024 Paulo Ferrero

Pedido de classificação do Restaurante Snack-Bar Galeto

Ex.mo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Ex.ma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
Serve o presente para enviarmos a V. Exas. o requerimento inicial para o procedimento de classificação do Restaurante Snack-Bar Galeto, obra total de arquitectura e de design de interiores, da autoria da insigne dupla de arquitectos Joaquim Bento d’Almeida (1918-1997) e Victor Palla (1922-2006)
Numa altura em que perfazem 100 anos sobre o nascimento de Victor Palla e 25 anos sobre a morte de Bento d’Almeida, julgamos ser oportuno e de elementar justiça, o Estado reconhecer, por via da sua classificação enquanto Monumento de Interesse Público, aquele que é o único exemplar de um género de estabelecimento de restauração em voga na segunda metade do século XX, conservado na sua quase totalidade como aquando da sua inauguração.
Colocamos, assim, à consideração de V. Exas., o respectivo requerimento, acompanhado de documentação actual e de arquivo, e apresentamos os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Inês Beleza Barreiros, Filipe Teixeira, Helena Espvall, Paulo Lopes, Maria do Rosário Reiche, Ana Celeste Glória, Miguel Atanásio Carvalho, Ruth da Gama, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício, Miguel de Sepúlveda Velloso, Carlos Boavida, José Maria Amador, Fátima Castanheira, Raquel Henriques da Silva, Bernardo Ferreira de Carvalho