Património
Coreto do Jardim da Estrela – Requerimento ao Presidente CML (13.12.2024)
REQUERIMENTO
Exmo. Senhor Presidente da CML
c/ c
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Exma Senhora Presidente da AML
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C.S.
Com as obras paradas há um ano, sem informação no local ou, que se conheça, em qualquer outro sítio, o coreto do jardim da Estrela encontra-se abandonado e isso parece ser o reflexo da incúria geral relativamente ao Jardim, bem traduzida no estado das telas da cerca em redor do coreto – ver imagens. Sobre este particular, anteriores interpelações do FCLx não mereceram sequer resposta da CML.
Se bem que se notem esforços pontuais no tratamento de alguns canteiros, o estado geral do jardim continua a requerer um amplo conjunto de intervenções correctivas, ao nível da estrutura verde, pavimentos, rebordos, tipo de sinalização, gradeamento e portões e lagos, um dos quais seco há mais de uma década.
Este cenário desolador leva-nos a requerer um conjunto de esclarecimentos à CML, a saber:
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quem é responsável pelo estado actual das telas da cerca em redor do coreto?
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porque estão obras do coreto paradas?
2a. a quem atribuir a responsabilidade? -
porque não existe informação pública sobre o “Plano de Gestão das Intervenções” no jardim para que o cidadão possa acompanhar a sua evolução e estado?
3a. quem é o responsável por esta falha? -
qual o estado actual do “Plano de Gestão das Intervenções” no jardim?
4a. qual a percentagem de acções completadas desde o seu início até hoje? -
quais as acções previstas para serem postas em prática em 2025?
5a. que valores foram orçamentados para 2025?
5b. que percentagem elas representam do Plano, em termos do total de intervenções e em termos financeiros?
Pedem deferimento
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Fátima Castanheira, Luis Mascarenhas Gaivão, António Araújo, Rui Pedro Martins, Manuela Correia, Helena Espvall, José Maria Amador, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, Paula Cristina Peralta
Cinema Império – pedido de esclarecimentos a CML, MC e PC-IP (09.12.2024)
Exmo.Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exma. Senhora Ministra da Cultura
Dra. Dalila Rodrigues
Exmo. Senhor Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. AML e media
No seguimento da aprovação, em reunião de CML desta semana, da Proposta nº 755/2024 que consubstancia um projecto de alterações com ampliação do Cinema Império (processo EDI/2023/1139), classificado Imóvel de Interesse Público desde 1996 (Decreto n.º 2/1996, publicado na 1.ª Série-B do Diário da República, n.º 56, de 06 de Março);
E dado o teor dos considerandos dos serviços de Urbanismo da CML que sustentam a referida proposta, designadamente que,
«O presente processo pretende alterar o uso de equipamento cultural para equipamento religioso, com outras valências complementares: serviços de administração, serviços de apoio com salas de atividades para crianças e jovens, salas de formação e reunião, e dormitórios para albergar os funcionários residentes e estudantes na instituição»,
«É ainda pretendido proceder à ampliação do edifício com aumento de área de construção e volumetria, alterações exteriores: de fachada, ao nível dos últimos pisos, incluindo alterações na cobertura, e ainda outras alterações e legalizações no interior do imóvel, para o adaptar ao uso proposto.»,
E que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a 20 de Novembro de 2023, «emitiu parecer desfavorável, sendo que o Património Cultural IP viria, em momento posterior (mais concretamente, a 25 de março de 2024 e a 25 de setembro de 2024), a emitir pareceres favoráveis condicionados» […]
Estando a aprovação do projecto de arquitectura condicionada ao cumprimento do parecer do Património Cultural IP, no que se refere à «demonstração da adequabilidade patrimonial das soluções estruturais e demais infraestruturas (…); (b) clarificar/definir as condições técnicas do baptistério (…); (c) atender ao parecer de conservação e restauro da pintura mural; (d) remeter para fase de projeto de execução: i. reposição da Boca de Cena, ii. reposição das Esferas Armilares e Letras “Império”, iii. Documentação das novas cadeiras e novas luminárias, iv. Proteção das pinturas murais; e (e) remeter para fase de obra a conservação e restauro do painel cerâmico de João Fragoso; bem como ao sublinhado nos seus pontos 3.3 e 3.4: «(…)viabilidade de princípio quanto à ocupação da caixa de palco, cuja pretensão só poderá ser aprovada formalmente na condição da demonstração da adequabilidade patrimonial (…) nomeadamente em termos de uma efetiva reversibilidade futura.», e «(…) clarificar/definir as condições técnicas do baptistério, nomeadamente, as implicações para a salvaguarda dos interiores (…)»;
Serve o presente para chamarmos a atenção de V. Exas. para o seguinte:
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As obras de alterações verificadas em finais dos anos 90 são ilegais, designadamente a construção de anexo envidraçado na cobertura voltada à Alameda, o fecho e compartimentação do 2º balcão e da sala Estúdio para escritórios, a incrustação de elementos decorativos nas portas maciças de madeira bilheteiras/foyer, a afixação de colunas e capitéis ladeando o palco, etc.
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Pelo que a sua legalização por via da aprovação do presente projecto é algo que não podemos deixar de lamentar, até pelo facto de o primeiro parecer da então DGPC ter sido liminarmente desfavorável.
Aproveitamos o ensejo para solicitarmos a V. Exas. que nos esclareçam quanto à efectiva verificação por parte da CML e do Património Cultural, IP, das condicionantes exigidas em sede de projecto de arquitectura, ou seja, como é que os serviços irão verificar se o promotor cumpre integralmente o referido acima (6º parágrafo).
Por outro lado, gostaríamos de saber se a Senhora Ministra da Cultura emitiu despacho de aprovação de mudança definitiva de uso do Cinema Império, como julgamos que a Lei obriga sempre que é desafectada uma sala de espectáculos.
Por último, não podemos deixar de manifestar a nossa tristeza pela indiferença continuada dos poderes públicos, desde logo pelo Governo e a CML, para com as grandes salas de cinema de Lisboa, que outras cidades e outras sociedades civis desde logo na Europa, procuram resgatar o máximo possível, mais a mais quando estamos perante uma “obra total” como o Cinema Império, que constituiu na altura, inclusivamente, um desafio arrojado em termos arquitectónicos pela configuração do lote onde foi construído.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Luis Mascarenhas Gaivão, Paulo Trancoso, António Araújo, Rui Pedro Martins, Teresa Silva Carvalho, Beatriz Empis, Helena Espvall, Carlos Boavida, António Miranda, Jorge Pinto, Manuela Correia
Fotos do Estúdio de Horácios Novais, in Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Passeio defronte ao Museu História Natural em estado deplorável – pedido de esclarecimentos à Reitoria da UL (26.11.2024)
Magnífico Senhor Reitor
Prof. Luís Manuel dos Anjos Ferreira
C.C. Presidente da CML, AML, JF e Património Cultural
Como será do conhecimento de V. Exa., o passeio do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, tutelado pela Universidade de Lisboa, encontra-se no estado deplorável e perigoso que as fotos em anexo documentam, uma situação que não sendo nova continua a persistir ano após ano, mandato após mandato.
Contactadas que foram por mais de uma vez a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António, a resposta foi a mesma: trata-se da responsabilidade da Universidade de Lisboa.
Como concordará connosco, esta situação envergonha a todos, mais a mais tratando-se um passeio defronte a um museu, numa zona nobre da cidade, calcorreada diariamente por turistas, que será impensável noutra capital europeia que não a nossa.
Perguntamos a V. Exa. o porquê desta situação, mais propriamente, qual é a razão para a UL não reparar condignamente e de forma definitiva este lindíssimo passeio?
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, António Araújo, Filipe de Portugal, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Teresa Silva Carvalho, Maria Ramalho
Alerta e pedido de intervenção no Chafariz do Rato (25.11.2024)
Ao Museu da Água
Ao Património Cultural, IP
Exmos. Senhores
Serve o presente para alertarmos V. Exas. da afixação indevida de placa metálica em pleno Chafariz do Rato (MN), conforme fotografia em anexo.
Solicitamos, ainda, que responsabilizem exemplarmente os autores da mesma, instando-os a pagarem a remoção da placa e o eventual restauro da pedra do chafariz.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Carlos Boavida, Filipe de Portugal, Teresa Silva Carvalho, Beatriz Empis, Raquel Henriques da Silva
Roubo de pedras da fachada do Museu da Escola Politécnica – alerta e pedido de acção à Reitoria e PSP (22.11.2024)
À Reitoria da Universidade de Lisboa
À Polícia de Segurança Pública
C.C. PCML, AML e Património Cultural IP
Chamamos a atenção de V. Exas. para o facto de estarem a ser roubadas as pedras que revestem a base da fachada do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, sito na antiga Escola Politécnica, conforme fotografias em anexo, tiradas ontem.
Apelamos à Reitoria da Universidade de Lisboa e à Polícia de Segurança Pública para que ajam em conformidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Beatriz Empis, Filipe de Portugal, António Araújo, Ana Alves de Sousa, Jorge Pinto, Manuela Correia, José Maria Amador, Rui Pedro Martins
Chafariz do Carmo em estado vergonhoso – protesto à CML, EPAL e Junta Freguesia (11.11.2024)
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Ex.mo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho,
Ex.mo. Sr. Presidente do Conselho de Administração da EPAL
Eng. Carlos Martins,
C.C. AML, Património Cultural-IP, Museu da Água e media
Serve o presente para apresentarmos a V. Exas. o nosso protesto pelo estado deplorável em que se encontra o Chafariz do Largo do Carmo, Monumento Nacional desde 2002 (Decreto n.º 5, Diário da República, 1.ª série-B, de 19 Fevereiro), assumindo contornos de escândalo se notarmos que já encontra “enfeitado” para o Natal.
É de facto lamentável que este chafariz monumental, que é propriedade municipal, se encontre como as fotografias em anexo, tiradas ontem, documentam.
Duplamente lamentável se nos lembrarmos que o seu restauro estava previsto para 2020, ao abrigo do protocolo assinado entre a CML e a EPAL, em 1 de Abril do mesmo ano (ponto 1 do Anexo I ao protocolo).
Cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, Ana Alves de Sousa, Carlos Boavida, Manuela Correia, Helena Espvall, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, Miguel Atanásio Carvalho, Filipe de Portugal, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, António Araújo
Protesto pelo desaparecimento de letreiro em ferro de antiga tabacaria da Almirante Reis (07.11.2024)
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Eng.ª Joana Almeida
C.C . PCML, AML
Serve o presente para apresentarmos o nosso protesto a V. Exa. pelo desaparecimento há dias de mais um letreiro histórico de Lisboa, na circunstância o lindíssimo letreiro da antiga tabacaria do nº 237-A da Avenida Almirantes Reis, edifício incluído na Carta Municipal do Património, anexa ao Plano Director Municipal em vigor – item 43.14.
Como é do conhecimento de V. Exa., a responsabilidade na salvaguarda dos bens elencados na Carta Municipal do Património é da Câmara Municipal de Lisboa, independentemente do desleixo dos proprietários ou da acção criminosa que resulte na sua destruição ou roubo.
Não chegamos a compreender para que se dá a CML ao trabalho de elaborar cartas do património, elencando edifícios, fachadas e lojas a preservar, se esses inventários não servem rigorosamente para nada, como se comprova lendo as listas que sucessivamente vão estando ridiculamente desactualizadas, desde o PDM de 1994 a esta parte.
No caso presente, independentemente do espaço comercial em causa estar encerrado, Lisboa e os lisboetas deixam de poder admirar um letreiro de 1948, feito em ferro forjado, que poderia perfeitamente manter-se na futura utilização da loja, mas que a esta hora deverá estar à venda numa qualquer loja “vintage” ou feira de ocasião, uma vez que os “predadores” destes artigos, verdadeira indústria, não costumam estar desatentos.
É triste e revoltante que se continuem a verificar estes desaparecimentos perante a total inactividade, para não dizer complacência, da CML.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Rui Martins, Ana Celeste Glória, Beatriz Empis, António Araújo, Fátima Castanheira
Alteração, ampliação e demolições nos edifícios do Patriarcado – Mártires da Pátria – Novo protesto à CML (05.11.2024)
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML, AML, PC, IP, OODA Arquitectura e media
Como é do conhecimento de V. Exa., foi por vós aprovado recentemente a Proposta nº 497/2024, relativa um projecto de transformação de três edifícios do Campo Mártires da Pátria, classificado de Interesse Pública, sitos nos números 40 a 49 e outrora propriedade do Patriarcado de Lisboa (Processo nº EDI/2022/558).
Essa transformação, consubstanciada em projecto do atelier OODA Arquitectura e cujo promotor é a firma Patriarq Investment, ambos sediados no Porto, implica alterações profundas nos três prédios, havendo lugar a demolições várias, ampliações e esventramento do subsolo para a construção de caves para estacionamento, com entrada desde a Rua de Santo António dos Capuchos.
Não sendo globalmente pior do que o projecto anterior (Processo nº 2235/EDI/2018), mas enfermando dos mesmos males deste, cujo promotor era a Coporgest e que motivou a que apresentássemos queixa ao Ministério Público, em Janeiro de 2021, ou seja:
1.O referido projecto implicava, e implica, um forte impacte naquela colina de Lisboa e, por conseguinte, deveria ser considerado como uma operação de loteamento e assim ser objecto de discussão pública, o que nunca se verificou.
2.O referido projecto incidia e incide sobre edifícios elencados na Carta Municipal do Património (Palácio do Patriarcado e Palácio Valmor), o que no entanto não impediu que a CML ignorasse a inobservância por parte do projecto dos pontos nº 1, 2, 3, 5, 6 e 7 do artigo 27º do Regulamento do PDM, ponto nº 1 do artigo 29º e artigo nº 30 do mesmo Regulamento, expressamente referidos no parecer da Estrutura Consultiva Residente do PDM, Informação nº 65638/INF/ECR_CMP/GESTURBE/2019, de 20 de Dezembro de 2019;
Reforçamos hoje o nosso protesto quanto ao seguinte:
O projecto actual prevê a construção de um estacionamento em cave de 2 pisos, em plena colina, o que colide, objectivamente, com o espírito do próprio Plano Director Municipal em matéria de impermeabilização de solos, com todas as consequências nefastas para a cidade a nível do escoamento das águas subterrâneas (vide as permanentes inundações da Rua de São José, por exemplo) e previsível deterioração das condições de estabilidade da própria colina.
Por outro lado, a construção em subsolo neste caso afigura-se como um argumento caricato, dada a existência de um parque de estacionamento subterrâneo público em plena zona central do Campo Mártires da Pátria, feito há cerca de duas décadas (já então ao arrepio das boas práticas) e que se encontra visivelmente subaproveitado.
Porque é que isso não é referido no projecto? Consideramos que a equipa projectista podia perfeitamente pedir a dispensa de cumprir com essa exigência do PDM (obsoleta nos dias de hoje). Aliás, atente-se, a equipa projectista pede a dispensa do cumprimento de outras exigências evocando, e bem, o carácter histórico e patrimonial do imóvel (ex: em vez de 2 elevadores propõem apenas 1 elevador).
Refere a CML que o promotor argumenta que o projecto em causa não será viável financeiramente se abdicarem das 2 caves para estacionamento, matéria que julgamos dever estar à margem da CML uma vez que não é do Interesse Público, mas sim do interesse do promotor. Esta pretensão será assim mais uma ferida no subsolo da cidade, com tudo o que daí advirá em matéria ambiental, e paradoxal, quando a CML acaba de ostentar o galardão da Capital Europeia Verde 2020.
Em relação ao Palácio do Patriarcado, edifício de grande valor histórico-arquitectónico-artístico, lamentamos que para o salão principal, no piso nobre (piso 1) a arquitectura proponha ocupá-lo com um quarto! Com uma instalação sanitária colocada “a meio” como volume isolado – compreendemos a intenção de não se tocar nos alçados da sala, mas dada a centralidade e importância deste salão o espaço deveria ser apenas e só isso mesmo, um salão histórico para fruição dos hóspedes. Perturbar daquela forma o grande salão apenas para conseguir ter mais 1 quarto parece-nos desproporcional face aos valores em causa e, portanto, injustificável.
A obra pesada de construção civil que a abertura das caves obriga, vai arrastar consigo o desmonte de muitos elementos com valor patrimonial – incluindo uma parte da escadaria do palácio principal do Século XVIII. Ora, se houvesse dispensa da garagem para 12 carros evitar-se-ia muitos estragos e riscos desnecessários para o património.
É incompreensível, escandaloso, mesmo, nos dias de hoje, uma obra tão complexa e pesada para apenas 12 lugares de automóveis.
É totalmente desproporcional dado o impacto negativo que terá nas estruturas originais do palácio – corpo principal e património integrado.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Filipe de Portugal, António Araújo, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Teresa Teixeira, Jorge Pinto, Carlos Boavida
Pedido de esclarecimentos à CML sobre Aviso de obra no Palácio Pery de Linde (Rua de Santiago) (29.10.2024)
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML, Património Cultural e JF Santa Maria Maior
Fomos surpreendidos pelo aviso colocado no Palácio Pery de Linde, na Rua de Santiago, informando da ampliação do edifício actual de 2 pisos para 5 pisos acima da cota de soleira e 5 pisos em caves no subsolo! (ver fotografias em anexo).
Pedimos a V. Exa. que nos esclareça se estes dados estão correctos, ou se foi uma gralha de quem preencheu os avisos, uma vez que tal já aconteceu noutros casos.
A ser verdade, é de todo inqualificável uma “reabilitação” nesses moldes, mais a mais quando em nenhum dos 3 palácios intervencionados no mesmo quarteirão/área, se ampliou o edificado ou escavou o subsolo nos termos que constam do aviso que fotografámos.
Lembramos que este palácio, de fundação bastante antiga, reedificado em 1682, recebeu ao longo dos séculos várias transformações (muitas delas qualificadas), constituindo, portanto, um conjunto de palácio e pátio/jardim a preservar com cuidado.
Além disso, autorizar-se a construção de caves até 5 pisos naquele local, no topo da colina do Castelo, com toda a riqueza arqueológica bem conhecida, parece-nos um escândalo até nos dias de hoje, em que, como é do conhecimento de V. Exa. tantos crimes urbanísticos têm sido perpetrados na cidade. Porque precisará uma nova unidade hoteleira – que muito provavelmente se auto-designará de “charme” – de 5 caves de estacionamento? Seria com certeza mais uma contradição na nossa cidade histórica.
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Ana Celeste Glória, Carlos Boavida, Miguel Atanásio Carvalho, Helena Espvall, Gonçalo Cornélio da Silva, Rui Pedro Martins, Filipe de Portugal, Fátima Castanheira, António Araújo, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Raquel Henriques da Silva, Jorge Pinto
…
Esclarecimento prestado pelo Gabinete da Vereadora do Urbanismo (06.11.2024)