Lojas históricas
Pedido de classificação da Livraria Sá da Costa
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Junto temos o prazer de enviar a V. Exa. o requerimento inicial para o procedimento de classificação da Livraria Sá da Costa, no Chiado, solicitando para o efeito os bons ofícios da Direcção-Geral do Património Cultural.
A razão da não classificação até agora de uma livraria que é símbolo do Chiado e uma referência no país, é algo que nos escapa, mesmo tendo em conta que a editora esteve sob administração liquidatária que só terminou há pouco tempo.
Com efeito, a história Sá da Costa, a beleza do seu espaço, exterior e interior, o seu património imóvel e móvel, há muito que merecem, cremos, o seu reconhecimento público, traduzido na sua classificação e salvaguarda, assegurada pela instituição estatal cuja missão principal é exactamente essa: classificar e salvaguardar o nosso património.
Com este requerimento, pretendemos dar novo ímpeto ao processo de classificação da Livraria Sá da Costa, entretanto abortado pela DGPC há 8 anos devido à situação legal acima referida, fazendo acompanhar o mesmo com fotografias da livraria e outros documentos.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Carlos Boavida
A Minhota – Novo e veemente protesto à CML
Exmo. Sr. Presidente Eng. Carlos Moedas
Exma. Sra. Vereadora Eng. Joana Almeida
CC. AML e media
Decorridos 2 anos exactos sobre o nosso último pedido de esclarecimentos à CML (http://cidadanialx.blogspot.com/2020/10/a-minhota-obras-ilegais-pedido-de.html) sobre a situação indecorosa, que a todos devia envergonhar, em que se encontrava a histórica leitaria e manteigaria “A Minhota”, na Rua de São José, constatamos que tudo se encontra na mesma apesar do embargo camarário de 2019 às obras ilegais então em curso, ou seja:
Uma loja classificada “Loja com História”, que pelo facto de ter uma decoração interior e exterior de grande valor para a cidade a elevam à Carta Municipal do Património (montra em ferro e painel de azulejos publicitários, armários de madeira originais, sistema de prateleiras em pedra com desenho cuidado, tectos de estuque e diversas raridades das leitarias do final do século XIX), continua no estado calamitoso de que as fotografias em anexo são testemunho (fotos tiradas em 26.10.2022), e em que assume particular carga simbólica a placa identificativa do LCH completamente amolgada.
Perguntamos ao novo Executivo da CML como é que é possível que passados 3 anos sobre um embargo, não tenha havido obras de reposição do que foi estropiado em 2019 e de restauro desta loja absolutamente única em Lisboa?
Trata-se, a nosso ver, de um daqueles casos em que se justifica a tomada administrativa da loja por parte da CML e a execução de obras coercivas.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, Maria Teresa Goulão, Jorge Pinto, Helena Espvall, Gonçalo Cornélio da Silva, Gustavo da Cunha, Paula Cristina Peralta, Rui Pedro Martins, José Maria Amador, Miguel Atanásio Carvalho, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Irene Santos, João B. Teixeira, Maria do Rosário Reiche
Fotos de Fernando Jorge
Restaurante Tavares – encerrado e ao abandono há anos!
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, LcH e media
Como é do conhecimento de V. Exa., o Restaurante Tavares é um dos mais antigos restaurantes da Europa e um dos mais históricos, belos e valiosos da cidade de Lisboa.
O Restaurante Tavares é, muito justamente, Imóvel de Interesse Municipal (DR, 1.ª Série, nº 56, de 06.03.1996) e está abrangida pelo Programa Lojas com História (2015).
Infelizmente, contudo, os seus pergaminhos e gabarito de nada lhe têm valido nos últimos anos, em virtude das gestões atribuladas por que tem passado, a que nem o mobiliário foi imune, e que são do conhecimento público.
O Restaurante Tavares está encerrado e abandonado há 3 anos, o que nos faz temer pela salvaguarda do seu vasto património decorativo e imaterial se o abandono se prolongar por muito mais tempo, uma vez que se encontra bastante vulnerável ao roubo e a actos de vandalismo.
Solicitamos, por isso, a melhor atenção de V. Exa. para a necessidade de a CML assegurar em absoluto a protecção deste património único na cidade, determinando as necessárias medidas preventivas junto do proprietário.
Mais, sugerimos a V. Exa. que, no caso de se verificarem indícios em contrário, a CML tome posse administrativa do espaço do restaurante, servindo assim de exemplo mas também de factor de alavancagem para o Programa Lojas com História, reduzido que está nos últimos anos a um mero mecanismo burocrático de atribuição de insígnias, faltando-lhe o músculo interventivo que foi pensado aquando da sua criação.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Helena Espvall, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Fernando Jorge, Filipe Teixeira, Carlos Boavida, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, José Maria Amador, Miguel Atanásio Carvalho, Pedro Jordão, Maria do Rosário Reiche
Letreiro da (antiga) Retrozaria Irmãos David (06.07.2022)
À Zilian
Exmos. Senhores
CC. Vereadora Urbanismo CML, AML, ACL/CCIP
Como será do v/ conhecimento, a fachada da vossa loja na Rua Garrett, nº 112, em Lisboa, encontra-se classificada na Carta Municipal do Património do Plano Director Municipal em vigor, item 27.26A “(Antiga) Retrozaria Irmãos David”.
Nesse âmbito, chamamos a V/atenção para a necessidade de se proceder ao restauro dos letreiros existentes sobre as montras dessa loja, e à recolocação das letras em falta neste momento (conforme imagem em anexo).
Tendo esta Associação como objecto a defesa do património de Lisboa (artigo 2º dos nossos estatutos) e desenvolvendo para tal as actividades que se considerem necessárias e convenientes para assegurar a sua prossecução (artigo 3º), solicitamo-vos que diligenciem para a salvaguarda e boa manutenção do magnífico letreiro que embeleza a v/loja.
Colocando-nos à v/disposição para ajudar no que for possível, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Rui Martins, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Irene Santos, Maria do Rosário Reiche
…
Resposta do Gabinete da Vereadora do Urbanismo (16.07.2022)
«Exmos. Senhores,
Relativamente ao assunto em epígrafe, encarrega-me o Coordenador de Gabinete, Dr. Henrique Galado, de informar que, em 15 de julho de 2022, após visita técnica ao local, o proprietário do estabelecimento foi notificado para proceder à recolocação dos elementos em falta no letreiro instalado na fachada do edifício.
Com os melhores cumprimentos,
Nelson Coutinho Alves
Assessor
Câmara Municipal de Lisboa
Gabinete da Vereadora Joana Almeida»
S.O.S. Sapataria A Deusa (03.06.2022)
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, Vice-Presidente, Vereadores da Cultura e Urbanismo, UACS e Agência LUSA
Em 18 de Fevereiro deste ano, solicitámos o melhor empenho da CML no sentido de esta negociar com o promotor do empreendimento “Rossio Place” a manutenção da Sapataria A Deusa, no âmbito do projecto de hotel que o mesmo submeteu oportunamente aos v/serviços (HTTP://CIDADANIALX.BLOGSPOT.COM/2022/02/SAPATARIA-DEUSA-APELO-AO-PCML-PARA.HTML).
Passados 3 meses, é com profunda decepção que constatamos que nada foi feito pela CML nesse sentido, uma vez que no próximo dia 24 termina o prazo dado aos proprietários da loja para retirarem todo o recheio do espaço, leia-se toda a decoração que contribuiu decisivamente para que A Deusa fosse classificada pela CML como Loja com História.
Perguntamo-nos como é possível que, durante todo este tempo, nem o Vereador do Pelouro com a tutela do Programa Lojas com História nem o Presidente da CML tenham entrado em contacto directo com o promotor por forma a garantir-se que o projecto de hotel, ainda em apreciação na CML, proc. 590/EDI/2020, assegurasse a salvaguarda daquela sapataria, independentemente do litígio judicial entre as partes. A salvaguarda da Deusa é do interesse da cidade!
A CML tem que usar de todos os meios ao seu alcance para defender a salvaguarda das lojas históricas da cidade, desde logo aquelas que a própria autarquia as classifica, como é o caso da sapataria A Deusa.
Como foi o caso da Tabacaria Martins, em que graças ao empenho pessoal do então Vice-Presidente da CML, foi possível conseguir que o proprietário do prédio onde a loja está alojada, corrigisse o projecto de alterações que tinha submetido à CML, de modo a que a Tabacaria Martins se mantivesse no mesmo local. Foi uma vitória de todos, a começar pela CML, e que, seguramente, os lisboetas não esquecem.
Daqui apelamos, mais uma vez, ao Presidente da CML para intervir directamente neste processo!
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall Maria do Rosário Reiche, Vítor Vieira, Eurico de Barros, Ana Alves de Sousa, Rui Martins, Ana Celeste Glória, Fátima Castanheira, António Araújo, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Cassiano Neves, Carlos Boavida, Beatriz Empisa, Jorge Pinto
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