Abuso

Chalets da Travessa do Fala-Só em estado deplorável – para quando uma acção da CML e do Instituto Património Cultural? 960 720 Paulo Ferrero

Chalets da Travessa do Fala-Só em estado deplorável – para quando uma acção da CML e do Instituto Património Cultural?

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, I.P.
Arq. João Carlos Santos
CC.  AML e Agência LUSA
Serve o presente para solicitarmos a V. Exas. que averiguem junto dos serviços da CML e do PC/DGPC, o porquê dos chalets da Travessa do Fala-Só (nº 6-8, 10-12 e 14), inscritos na Carta Municipal do Património (item 45.43) e na Zona de Protecção do Elevador da Glória (Monumento Nacional), estarem no estado que esta foto documenta, após anos e anos de indiferença de ambas as entidades, e de incúria lesa-património dos respectivos proprietários.
Não se compreende como é admissível esta situação.
São chalets raros em Lisboa, num local histórico e lindíssimo, em pleno circuito cultural e turístico, que seriam estimados noutra qualquer capital da Europa.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Helena Espvall, Filipe de Portugal, João Teixeira, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, Martim Galamba, Fernando Jorge, António Miranda
Foto de Martinho Iglésias Rosa

 

Observatório Astronómico do Jardim Botânico da Politécnica ao abandono 12 anos passados do Plano de Pormenor – pedido de esclarecimentos à Direcção do MNHNC 768 1024 Paulo Ferrero

Observatório Astronómico do Jardim Botânico da Politécnica ao abandono 12 anos passados do Plano de Pormenor – pedido de esclarecimentos à Direcção do MNHNC

Exma. Sra. Dra. Marta Lourenço
Directora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da UL
C.C. Reitoria da UL, CML, AML, PC/DGPC e media
Como é do conhecimento de V. Exa., encontra-se em vigor desde 2012, corrigido em 2018, o Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente, o qual dá especial destaque ao Jardim Botânico (Monumento Nacional, Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250 de 28 dezembro 2010) e à necessidade de proceder a intervenções de restauro, de conservação e manutenção nas construções existentes, na perspetiva da sua valorização (no seu Artigo 20º).
De entre as suas construções mais relevantes do ponto vista patrimonial e histórico, assumem particular relevo o Observatório Astronómico da Escola Politécnica (1898), propriamente dito, e o edifício imediatamente em frente e que faz parte do complexo do Observatório, bem como o belíssimo pavilhão romântico dos balneários no Arboreto.
Constata-se, porém, que passados 12 anos sobre a entrada em vigor do Plano, em termos de restauro, conservação ou manutenção dos edifícios pouco foi feito nos imóveis referidos no parágrafo acima. Inclusivamente, o site da Universidade de Lisboa continua a referir que “em 2016 iniciou-se a recuperação do Observatório” (https://www.ulisboa.pt/patrimonio/observatorio-astronomico-da-escola-politecnica). Ora, pelo que se observa o restauro não está concluído e o edifício ainda não foi aberto para visitas.
Conforme V. Exa. poderá constatar pelas fotos (1 e 2) que anexamos, tiradas ontem, dia 3 de Março de 2024, o exterior do Observatório está no estado que as mesmas documentam, ignorando-se como está o seu interior (interiores já restaurados? já existe projecto de museologia para o espaço?). Já o edifício em frente, continua uma lástima, que resulta do seu abandono pela tutela, abandonado à sua sorte já lá vão mais de três décadas (foto 3 a 6). O pavilhão dos balneários – que foi alvo de uma intervenção alguns anos atrás – já está como as fotos (7 a 9) também documentam, com os w.c. masculinos encerrados «para manutenção», vidros partidos, mas … com as luzes acesas no seu interior.
Como reconhecerá, esta situação a todos envergonha, mais a mais numa zona tão frequentada por turistas, e tendo nós tão bons exemplos para copiar, por essa Europa fora, de jardins botânicos imaculados no que toca ao seu património arbóreo e também ao seu edificado, basta sair do país para o verificar.
Pelo exposto, solicitamos a V. Exa. que nos informe quanto às obras planeadas em 2012 mas até hoje não concluídas ou não concretizadas, designadamente quando é que está previsto o arranque de nova fase de restauro e qual a dotação orçamental para a mesma.
Permita-nos ainda uma nota sobre a vigilância e os jardineiros afectos ao Jardim Botânico, e sendo o jardim um museu ao ar livre, as suas plantas raras podem ser mutiladas – roubadas até como já aconteceu.
Por isso não podemos aceitar o que constatámos neste Domingo: a inexistência de vigilantes. Pelo que perguntamos se é prática corrente, a não existência de vigilantes aos fins de semana?
Também gostaríamos de saber se se mantém o problema da falta de jardineiros, um problema com décadas, é certo, mas que afecta sobremaneira o estado do jardim, e o que está a ser feito para o colmatar.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Elsa Severino, Beatriz Empis, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Eurico de Barros, Manuela Correia, Carlos Boavida, António Araújo, Filipe de Portugal, António Miranda, Irene Santos, Jorge Pinto, Helena Espvall, Helena Espvall, José Amador, Maria Ramalho
Comunicado de imprensa sobre a adjudicação da empreitada do prolongamento da Linha Vermelha do Metro 916 915 Paulo Ferrero

Comunicado de imprensa sobre a adjudicação da empreitada do prolongamento da Linha Vermelha do Metro

COMUNICADO

 

No seguimento do anúncio efetuado na semana passada pelo Metropolitano de Lisboa de que procedeu à adjudicação da empreitada de execução do prolongamento da Linha Vermelha do Metro, o FÓRUM CIDADANIA LX vem alertar a opinião pública que, apesar de tal anúncio, se encontra neste momento em apreciação nos tribunais administrativos uma providência cautelar de suspensão de eficácia da Declaração de Impacto Ambiental da autoria da APA – Agência Portuguesa do Ambiente e que incidiu sobre o projeto de prolongamento da referida linha.
Ora, caso a referida providência, subscrita pelas associações FÓRUM CIDADANIA LX, QUERCUS e CASA DE GOA, venha a ser deferida pelos tribunais administrativos, as obras de construção da ampliação da Linha Vermelha do Metro não poderão ser iniciadas com uma DIA suspensa judicialmente.
Assim, entendemos, mais uma vez, ser nosso dever chamarmos a atenção do público, em particular, a população de Lisboa, para os graves danos que o prolongamento da Linha Vermelha do Metro irá causar quer à estrutura ecológica municipal prevista no PDM de Lisboa, atentando contra a integridade física dos exemplares arbóreos existentes no Jardim da Parada, em Campo de Ourique (alguns deles legalmente classificados), quer à integridade física do um dos últimos vestígios da arquitetura militar portuguesa da época da Restauração – o Baluarte do Livramento, em  Alcântara.
A realização de obras públicas tem de respeitar os interesses e os valores essenciais a uma salutar vivência em comunidade, não sendo concebível, nos dias de hoje, em que tanto se fala na defesa do Planeta e do ambiente, que, em nome de um falso progresso, se destrua quer uma zona verde de enorme importância social para um parte da cidade de Lisboa, quer um imóvel representativo de um período bem significativo da História de Portugal – a guerra pela restauração da independência e de que ainda recentemente celebrámos o feriado que lhe é dedicado.
Continuamos a confiar na independência dos tribunais na salvaguarda da legalidade em matéria de ambiente, qualidade de vida dos Lisboetas e património cultural da cidade, estamos convictos que os tribunais não se deixarão condicionar pelo anúncio ora feito da adjudicação da empreitada de execução do prolongamento da Linha Vermelha do Metro. 
Lisboa, 13 de Dezembro de 2023.
A Direcção
FÓRUM CIDADANIA LX – ASSOCIAÇÃO
Protesto por demolição quase integral (muro e placa evocativa incluídos) do antigo Hospital de St. Louis dos Franceses 1024 1011 Paulo Ferrero

Protesto por demolição quase integral (muro e placa evocativa incluídos) do antigo Hospital de St. Louis dos Franceses

Exmº Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmª Srª Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
Exmº Sr. Director-Geral do Património Cultural
Eng. João Carlos Santos
 
C.C. AML e media
 
Serve o presente para apresentarmos a V. Exas. o nosso protesto e manifestarmos a nossa estupefacção por, passados 15 anos sobre a colocação no muro junto ao portão principal do antigo Hospital de São Luís dos Franceses, de uma placa evocativa da morte de Fernando Pessoa, a mesma tenha sido agora arrancada pelo novo proprietário e o destino do muro seja a demolição!
Com efeito, a colocação da referida placa (foto em anexo, in O Meu Pessoa/Facebook) foi uma iniciativa da própria CML, em 2008, com o entusiasmo da Direcção do Hospital e sob o impulso inexcedível e decisivo de José Fonseca e Costa.
A situação assume ainda foros de caricato uma vez que a CML na mesma semana comemorou efusivamente mais um aniversário sobre a morte do imortal Poeta…
A situação assume foros de revolta por configurar a repetição de um atentado urbanístico que pensávamos impossível de repetição no século XXI, que foi o ocorrido poucos metros ao lado do Hospital, há quase 20 anos, altura em que a CML aprovou alterações profundas e várias demolições ao Colégio dos Inglesinhos, numa operação urbanística cujos contornos e resultado prático foram nefastos para a cidade histórica e para um bairro classificado de Interesse Público, traduzidos na destruição de Património Histórico.
Contudo, segundo informações recolhidas do local, o arranque da placa evocativa de Pessoa é apenas o prenúncio do que virá a seguir: a demolição quase integral do edifício do antigo Hospital da Rua Luz Soriano, que ocupa o que foi o histórico Palácio do Cunhal das Bolas (https://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=23153, sendo que no final dele apenas restarão as fachadas principais.
Situação de novo caricata, pois o promotor e o autor do projecto de hotel que ali será erguido nem se deram conta que o muro e a placa embelezam e valorizam o seu projecto, não sendo de modo algum um empecilho.
A nossa perplexidade resulta da aprovação pela CML e pela DGPC de semelhante atentado ao património.
Pelo que perguntamos à CML e à DGPC de que serve a classificação do Bairro Alto como Conjunto de Interesse Público (https://files.diariodarepublica.pt/2s/2010/06/112000000/3213332134.pdf) e para que serve a memória colectiva?
A frase “I know not what tomorrow will bring” não poderia ser mais actual.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Pedro Jordão, Miguel de Sepúlveda Velloso, Beatriz Empis, Alexandra Maia Mendonça, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Carlos Boavida, Teresa Teixeira, Eurico de Barros, Gustavo da Cunha, Jorge Pinto, Luis Mascarenhas Gaivão, Madalena Martins, José Maria Amador, Manuela Correia, Maria Teresa Goulão, António Araújo, Carlos Boavida, Filipe de Portugal, Maria do Rosário Reiche, Pedro Henrique Aparício, Teresa Teixeira, Jorge Pinto

Resposta da DGPC (21.12.2023)

«…
Da consulta efetuada aos antecedentes processuais do local, refere-se que não foi aprovado qualquer projeto que preveja a demolição do muro em causa.
–  Os dois últimos pareceres emitidos, relativos a um projeto de alterações e ampliação para o local, em 2022/12/12 e em 2023/02/22, foram desfavoráveis.
– De acordo com consulta interna efetuada, foi autorizada pela tutela a realização de trabalhos de diagnóstico arqueológico, entretanto concluídos, os quais não afetaram o muro em questão.
– Do exposto, a intervenção em causa, no imóvel que integra o conjunto classificado, não se encontra aprovada pela DGPC.
Com os melhores cumprimentos,
Fátima Jorge
Cesaltina Ferreira
Assistente Técnica
Divisão do Património Arquitectónico e Paisagístico|DPAP
Departamento dos Bens Culturais|DBC »
Calçadas de má qualidade nos novos abrigos de paragem da JCDecaux – a CML não fiscaliza? 1024 1024 Paulo Ferrero

Calçadas de má qualidade nos novos abrigos de paragem da JCDecaux – a CML não fiscaliza?

(05.12.20223)
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público
Dr. Diogo Moura
À JC Decaux
C.C. AML
Por toda a cidade os empreiteiros contratados pela JCDecaux estão a fazer um mau trabalho quando refazem a calçada portuguesa após a instalação dos novos abrigos de paragem.
Por toda a cidade (fotos da Av. Roma) já se verificam descalcetamentos graves e abatimentos do pavimento:
  1. O solo não é devidamente compactado antes de se instalar a calçada e os abatimentos começam logo a ocorrer poucos dias depois.
  2. A calçada não está a ser executada por técnicos habilitados, como facilmente se constata pela má qualidade do trabalho (as pedras não se encostam, existindo juntas grandes, o que daria direito a reprovação em qualquer curso de calceteiros).
Perguntamos a quem compete fiscalizar o trabalho das calçadas nas áreas dos abrigos de paragem da JCDecaux?
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Filipe de Portugal, Miguel Atanásio Carvalho, Fátima Castanheira, Luis Mascarenhas Gaivão

Resposta da CML (19.02.2024):
«Exmos. Srs.,
No seguimento da reclamação apresentada, a qual mereceu a nossa melhor atenção, serve o presente para informar que se encontra em execução o contrato de concessão de uso privativo do domínio público do Município de Lisboa para instalação e exploração publicitária de mobiliário urbano, ao abrigo do qual a concessionária JCDecaux Portugal – Mobiliário Urbano e Publicidade, Lda. irá proceder à instalação de novos mupis, abrigos, sanitários públicos e painéis de grande formato.
Mais se acrescenta que nesta fase de desinstalação dos equipamentos existentes e instalação dos equipamentos novos, os solos são meramente provisórios e que só após concluído este procedimento se finalizam os trabalhos de reposição da calçada.
Contudo, a Câmara Municipal de Lisboa, entidade à qual compete zelar pelo integral cumprimento do contrato em apreço, reportará à concessionária o teor da presente reclamação por forma a que esta possa aferir da eventual necessidade de correções.
Com os melhores cumprimentos,
Laura Sanano
(Secretariado)
Câmara Municipal de Lisboa
Direção Municipal de Economia e Inovação
Departamento Estruturas de Proximidade e Espaço Público
Divisão de Gestão do Espaço Público e Publicidade»
Estacionamento abusivo defronte à Igreja de São João de Brito abate calçada artística – protesto e pedido de intervenção urgente 1024 1024 Paulo Ferrero

Estacionamento abusivo defronte à Igreja de São João de Brito abate calçada artística – protesto e pedido de intervenção urgente

À CML, à Polícia Municipal
C.C. JF Alvalade, AML, Associação Calçada Portuguesa e media
 
Exmos. Senhores,

Serve o presente para protestarmos pela situação vergonhosa que se repete há vários anos na praça pedonal defronte à Igreja de São João de Brito, em Alvalade, onde o estacionamento abusivo de automóveis tem vindo a maltratar e danificar a calçada portuguesa artística que ali existe.
 
Esse estacionamento abusivo é constante e decorre principalmente fora do horário de fiscalização da EMEL, transformando aquele magnífico espaço público num parque de estacionamento após as 19h dos dias úteis e durante todo o fim de semana, com automóveis a percorrer toda a extensão da praça pedonal, ameaçando, inclusivamente, a segurança dos peões que nela atravessam.

A calçada portuguesa faz parte do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial desde 2021. 
A calçada artística, por maioria de razão, devia ser particularmente protegida e valorizada.
 
Contudo, a CML, a Junta de Freguesia de Alvalade e a Polícia Municipal continuam a ignorar este abuso, menosprezando a proteção da calçada portuguesa neste local e do seu magnífico padrão artístico, sendo que no caso da CML, ela própria entra em profunda contradição com o que anuncia, uma vez que é sócia-fundadora e principal impulsionadora da Associação da Calçada Portuguesa, criada em 2017 e que tem feito um trabalho notável na divulgação da mesma.
 
Apelamos à CML que intervenha rapidamente, a fim de evitar mais degradação desta praça em calçada portuguesa, vedando de forma eficaz todo e qualquer acesso automóvel, e à Polícia Municipal solicitamos que autuem os condutores que usam e abusam deste espaço público pedonal a seu bel-prazer sem que nenhumas consequências surjam dessas más-práticas, que a todos deviam envergonhar,  assegurando que a praça se mantenha como a própria JF Alvalade publicou em 2019 e de que também juntamos fotografias.

Com os melhores cumprimentos,
 
Paulo Ferrero, Filipe Teixeira, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Miguel Atanázio Carvalho, Carlos Boavida, Irene Santos, António Araújo
Bairro Azul (Conjunto de Interesse Municipal) – alerta alterações e pedido de regulamento 1024 1007 Paulo Ferrero

Bairro Azul (Conjunto de Interesse Municipal) – alerta alterações e pedido de regulamento

Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
CC.PCML, AML, JFAN e Comissão Moradores BAzul
Como é do conhecimento de V. Exa., o Bairro Azul foi classificado Conjunto de Interesse Municipal em Junho de 2009, pela sua riqueza e autenticidade enquanto conjunto urbano Art Déco-modernista, galardão que foi atribuído após muitos anos de tentativas feitas pelos moradores e promessas adiadas em vários executivos camarários.
Contudo, a CML nunca chegou a criar um regulamento nem sequer um manual de boas-práticas, pelo que alguns prédios têm vindo a ser descaracterizados a nível das portas da rua, caixilharias das janelas, compartimentação dos apartamentos, permeabilização dos logradouros, adulteração das montras das lojas, “modernização” dos elevadores, e mesmo no número de pisos, facto que nos tem levado a protestar por mais do que uma vez, sem que as situações denunciadas de aumento de número de pisos tenham sido corrigidas, pelo que a cércea e, pior, as coberturas típicas desses edifícios, algumas delas em terraço, estão irremediavelmente desfiguradas, o que é particularmente triste.
É um conjunto, portanto, que vale cada vez mais apenas pelo valor e estética das suas fachadas, átrios, escadas e pela decoração das zonas comuns dos edifícios e dos apartamentos, sobretudo a nível dos estuques.
Mais recentemente, surgiu uma nova praga: a transformação das janelas em “vidros de aquário”, ou seja, a alteração radical das caixilharias dos vãos, incumprindo na sua reparação ou substituição por novos com desenho e geometria iguais, mas rompendo com a leitura da fachada classificada, conforme se ilustra na foto em anexo, relativa ao edifício da Av. Ressano Garcia, nº 9, o qual se encontra em obras de “reabilitação”.
Pelo presente, alertamos V. Exa. e solicitamos que dê indicações aos Serviços para intervirem junto do proprietário a fim de este repor o desenho e a geometria das caixilharias dos vãos.
Solicitando ainda a V. Exa. que avance, quanto antes, com a elaboração de um regulamento para o Bairro Azul, para que o bairro consiga manter-se o mais autêntico possível e a classificação que a CML lhe atribuiu não seja letra morta.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Pedro Jordão, António Araújo, Gustavo da Cunha, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Pinto, Luís Serpa, Carlos Boavida, Helena Espvall, Filipe de Portugal, Irene Santos, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche
Petição à AML pela constituição de uma Comissão Eventual de Acompanhamento da Tapada das Necessidades 1024 768 Paulo Ferrero

Petição à AML pela constituição de uma Comissão Eventual de Acompanhamento da Tapada das Necessidades

Exma. Senhora Presidente da AML

Dra. Rosário Farmhouse,

Exmos. Senhores Deputados Municipais

 

Serve o presente para solicitarmos a V. Exas., via petição em anexo (https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT118008), a constituição por essa Assembleia de uma Comissão Eventual de Acompanhamento do Plano de Salvaguarda da Tapada das Necessidades.

A Tapada das Necessidades é preocupação desta associação desde há mais de 20 anos, e a sua reabilitação tarda em começar.

A Assembleia Municipal é o órgão a quem compete fiscalizar a CML nos assuntos mais diversos, e fá-lo com especial ênfase por via das comissões permanentes e eventuais que constitui sempre que o motivo o exige.

A Tapada justifica-o plenamente.

Daí esta nossa petição, para que a AML garanta que o Plano de Salvaguarda para a Tapada das Necessidades cumpra não só o desiderato de todos, ou seja, o da recuperação imaculada deste Jardim Histórico, como se garanta a sua máxima competência, eficácia e transparência, em matéria de financiamento da obra, especialidades, consultadoria externa e envolvimento da população.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Maria Ramalho, Miguel de Sepúlveda Velloso

Palacete Braamcamp abandonado e em acentuada degradação – Pedido de esclarecimentos à CML 1024 976 Paulo Ferrero

Palacete Braamcamp abandonado e em acentuada degradação – Pedido de esclarecimentos à CML

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
 
C.C. AML, JF Misericórdia e Media
Como é do conhecimento de V. Exas., o Palacete Braamcamp Freire (também conhecido por Palacete Fontes Pereira de Melo), sito no Pátio do Tijolo e construído na segunda metade do século XIX, foi propriedade da CML, que o adquiriu por expropriação em 1945.
Neste palacete funcionaram os serviços da Caixa de Previdência da autarquia durante mais de 45 anos.
Um palacete que é, recordemos, Imóvel de Interesse Municipal desde 2013, conforme consta do Edital n.º 10/2013 da CML, Boletim Municipal n.º 995 (1.º Suplemento) de 14.03.2013.
Como deverá ser do V/conhecimento, o Palacete Braamcamp foi vendido em hasta pública, em 2009, à firma ALUTEL, LDA, ao abrigo de um polémico programa de alienação de património da CML e de uma não menos polémica operação designada por “Lisboa, capital do charme”, apoiada pela Associação de Turismo de Lisboa.
Supostamente, pretendia-se com a alienação desse património, a reabilitação patrimonial de edifícios históricos, salvaguardando o seu usufruto público, e um aumento da oferta hoteleira personalizada.
Simplesmente, no caso do Palacete Braamcamp, não só não houve qualquer obra de reabilitação ou restauro, muito menos foi transformado em hotel de charme, como, rapidamente, o mesmo terá sido revendido, pelo menos uma vez, passando a ser arrendado esporadicamente para festas e outros eventos privados.
Hoje, chegados a 2023 e passados 14 anos sobre a sua venda, o que se depara a quem passar junto ao Palacete Braamcamp é um cenário de abandono deliberado e acentuada degradação, com o edifício histórico sujeito ao vandalismo e às intempéries, de janelas estrategicamente abertas e partidas (ver fotos em anexo, de há dias), de modo a que a ruína do palacete seja uma realidade.
Questionamo-nos como é possível à CML não fazer reverter esta venda que, por manifesto incumprimento das condições contratualizadas em sede de hasta pública, apenas tem degradado o seu estado de conservação, com sérios danos patrimoniais para a cidade? Acresce a este facto o fecho de associações que, crescentemente, se tem verificado em Lisboa, ora por força de despejos ora pela falta de instalações disponíveis.
Queremos saber o que pretende fazer a CML em relação ao Palacete Braamcamp Freire?
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Luis Mascarenhas Gaivão, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Carlos Boavida, Luís Carvalho e Rêgo, Helena Espvall, António Araújo, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Miguel Atanásio Carvalho, José Maria Amador, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Henrique Aparício, Fátima Castanheira, Filipe de Portugal, Jorge Pinto, Pedro Formozinho Sanchez, Filipe Teixeira, Gustavo da Cunha
Fotos de Leonor Areal
Lisboa, capital de Publicidade Selvagem, até quando? 1024 920 Paulo Ferrero

Lisboa, capital de Publicidade Selvagem, até quando?

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML, JF Santo António, JF Avenidas Novas, DGPC e Media
Lamentamos que o espaço público da nossa cidade continue a ser palco de campanhas e de dispositivos de publicidade que claramente são abusivos, e que pelo seu impacto visual negativo põem em causa a imagem da cidade histórica, incluindo lugares supostamente protegidos pela legislação de proteção do Património, tanto a nível nacional como municipal.
Fazemos pois chegar ao seu conhecimento apenas 2 exemplos actuais, um no Saldanha e outro no Jardim e Miradouro do Torel.
1- O mau exemplo presentemente no Saldanha – em 4 abrigos duplos de paragem da CARRIS cujas fotografias são bem elucidativas – é uma prática cada vez mais corrente em locais centrais e simbólicos da nossa capital; os cidadãos gostariam, pois, de saber com que enquadramento legal é permitida a apropriação integral – em 360º – dos abrigos de paragem da nossa cidade por empresas que desejam publicitar os seus produtos desta forma agressiva e desrespeitadora do ambiente urbano. Neste caso concreto foi-se ao ponto de remover os bancos originais para os substituir por “barris de cerveja”! Ou seja, parece que os cidadãos já não se podem simplesmente sentar num abrigo de paragem – agora também ajudam nesta operação de marketing e publicidade de uma empresa privada. Os abrigos de paragem contêm zonas próprias, especialmente pensadas, para afixação de publicidade. Quem autoriza, pois, estas metamorfoses de abrigos de paragem em autênticos totens de publicidade? A CML recebe verbas adicionais por esta alteração? 
2- Jardim do Torel : Não compreendemos como é possível continuar a tolerar estes quiosques, feios e mastodônticos, que constituem em si mesmos descarados dispositivos de publicidade a marcas de cerveja – num jardim histórico, classificado e protegido pelo PDM de Lisboa. Será este mais um exemplo de ocupação ilegal do espaço público, à revelia da Lei?
Estamos certos que será sensível a estas questões e que concordará connosco: Lisboa precisa de mudar a forma como é feita a publicidade no espaço público, em que precedentes como os casos apontados tornam o ambiente urbano insuportável para quem mora em Lisboa e dão uma péssima imagem para quem nos visita.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Jorge, Paulo Ferrero, Jorge Pinto, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, Luis Mascarenhas Gaivão, Nuno Caiado, José Maria Amador, Carlos Boavida, Filipe Teixeira, António Dias Coelho, Rui Pedro Martins, Beatriz Empis, Maria Ramalho, Teresa Silva Carvalho