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Castelo de S. Jorge: Rolagem de 50 árvores de enquadramento das muralhas (01.07.2025) 1024 768 Fórum Cidadania Lx

Castelo de S. Jorge: Rolagem de 50 árvores de enquadramento das muralhas (01.07.2025)

Exma. Sra. Directora do Castelo de S. Jorge
Dra. Teresa Mourão
CC: Presidente da EGEAC, Presidência da CML, AML, Património Cultural Instituto, CCDR-LVT, APAP-Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas, QUERCUS, LPN-Liga para a Protecção da Natureza
Em primeiro lugar, aceite as nossas felicitações pelo cargo que assumiu no final de 2024. 
A inexistência de um director no Castelo, por tão longo período de tempo, era algo que nos preocupava num monumento desta importância. Fazemos votos para que se inicie um novo ciclo de vida para o Castelo que enfrenta grandes e difíceis desafios.  
O motivo que nos leva a este primeiro contacto diz respeito, precisamente, a uma intervenção levada a cabo pela gestão interina do Castelo no início do verão de 2024. 
No dia 24 de Agosto de 2024 a Associação Lisboa Verde escreveu à gestão interina do Castelo uma reclamação, e pedido de explicações, pela mutilação de um conjunto de 50 árvores na envolvente Poente e Norte das muralhas. 
De facto, foi chocante a intervenção de “rolagem”* praticada pela EGEAC-Castelo sobre esta parte do arvoredo do Castelo de S. Jorge, verdadeiro pulmão verde na zona histórica mais antiga de Lisboa. 
Na mesma altura, em pleno verão, foram transplantadas 2 oliveiras que haviam sido plantadas a 23 de Novembro de 2009 pelo Arq. Ribeiro-Telles numa cerimónia comemorativa dos 50 anos do projecto dos jardins do Castelo de S. Jorge, de que Ribeiro-Telles é o autor, conjuntamente com o Eng. Pulido Garcia. 
A gestão interina do Castelo enviou, por email datado de 22 de Setembro, uma insatisfatória resposta já que não era acompanhada por qualquer justificação técnica ou prova documental de que os trabalhos executados tinham seguido todos os trâmites legais em vigor, nomeadamente o indispensável parecer e autorização do Pelouro dos Espaços Verdes da Câmara Municipal de Lisboa, assim como do parecer vinculativo da CCDR-LVT / Património Cultural IP. 
A direcção interina do Castelo declarou que todos os trabalhos haviam sido supervisionados por «técnicos especializados». E classificou a intervenção que mutilou as 50 árvores como simples «poda».
A Associação Lisboa Verde respondeu a 16 de Outubro solicitando os pareceres técnicos, idóneos (relatórios fitossanitários ou outros) que fundamentavam a “rolagem” das 50 árvores:
  1. «Podas»: não se aceita a intervenção nas árvores do Castelo como simples «poda» de manutenção conforme a classificam; basta consultar as normas do European Tree Prunning Standart – ETPS (disponível online: https://www.europeanarboriculturalstandards.eu/etps) para se perceber que a empreitada realizada nas 50 árvores do Castelo foi, claramente, uma “rolagem” o que constituiu um exemplo de más práticas em gestão de arvoredo, condenada pela ETPS mas também, naturalmente, pela Câmara Municipal de Lisboa e ICNF – Instituto da conservação da Natureza e das Florestas. Considerando a gravidade do sucedido, solicitamos que disponibilizem o “Relatório Técnico” – e o parecer de aprovação desta “rolagem” por parte da Direção Municipal do Ambiente, Estruturas Verdes, Clima e Energia. E queiram, por favor, informar igualmente quais as credenciais dos «técnicos especializados» (empresa privada?) que foram responsáveis por esta empreitada de “rolagem” de árvores ordenada pelo Castelo de São Jorge/EGEAC.
  2. «Transplante» das Oliveiras plantadas pelo Arq. Gonçalo Ribeiro Telles: na mesma carta de 16 de Outubro de 2024 foi solicitado ao Castelo de S. Jorge o “Relatório Técnico”, a que se faz referência no email recebido a 22 de Setembro, para se tomar conhecimento dos motivos que justificaram o transplante das referidas Oliveiras já que na resposta a direcção interina apenas se refere à nova localização como «local mais apropriado ao seu crescimento» faltando o justificativo técnico-científico para tal afirmação. 
Tendo o Fórum Cidadania Lx sido informado pela Associação Lisboa Verde que o Castelo de S. Jorge não deu qualquer resposta até à presente data, e passado que está 1 ano, solicitamos a V. Exa., Dra. Teresa Mourão, enquanto nova Directora do Castelo de S. Jorge, o seguinte:
  1. Que averigue cabalmente o que sucedeu e que apure responsabilidades, isto é, qual o funcionário (ou funcionários) que no âmbito da gestão interina de um Monumento Nacional deu ordens para uma empreitada de impacto tão negativo no arvoredo de enquadramento das muralhas Norte e Poente do Castelo em total desrespeito pela Lei Nº 59/2021 de 18 de Agostoque estabelece o Regime jurídico de gestão do arvoredo urbano.
  2. Que informe os cidadãos a razão de ainda não existir um “Plano de Gestão do Património Natural do Castelo de S. Jorge” apesar da EGEAC ter assumido a sua gestão desde 2003? É incompreensível que um monumento desta importância – que a EGEAC reconhece no seu website como sendo «um dos primeiros trabalhos de arquitectura paisagista feito em Portugal»[sic] não tenha ainda produzido, e implementado, um plano desta natureza. No website oficial há vários anos que se lê apenas a informação de que «está em desenvolvimento».
Face aos danos severos infligidos às 50 árvores, em espécies com valor botânico como são as Alfarrobeiras, será de bom senso e da mais elementar justiça, criar desde já um plano para reabilitar paisagisticamente a área de paisagem danificada, avaliando as árvores “roladas” sem viabilidade de recuperação, e criar um plano urgente de novas plantações.
Como vai ser compensada a significativa redução de m3 de copas, e consequente perda de biodiversidade associada, assim como da perda de sequestro de CO2?
Face à gravidade do sucedido no verão de 2024 neste Monumento Nacional, um conjunto patrimonial formado por estruturas construídas com milhares de anos, mas também por uma “paisagem” criada por um dos mais notáveis arquitectos paisagistas do mundo, não se nos afigura possível que a EGEAC-Castelo continue a assumir a manutenção do arvoredo do Castelo de S. Jorge. 
Porque, e em resumo, a EGEAC-Castelo atentou deliberadamente contra o arvoredo e biodiversidade associada, ao ignorar a Lei Nº 59/2021 de 18 de Agosto, nomeadamente o Artigo 24º «Proibições»:
a) Abater ou podar árvores e arbustos de porte arbóreo em domínio público municipal, domínio privado do município ou do Estado, sem prévia autorização do município;
d) Colher, danificar ou mutilar qualquer árvore ou arbusto de porte arbóreo, designadamente proceder a podas de talhadia de cabeça ou rolagem;
A Câmara Municipal de Lisboa deve equacionar desde já o seu retorno ao Pelouro dos Espaços Verdes até que a EGEAC- Castelo produza, finalmente, o devido “Plano de Gestão do Património Natural” e faça prova de técnico devidamente credenciado nos seus quadros para a execução de operações de gestão de arvoredo nesta obra pioneira de “Arquitectura Paisagista” em Portugal.
A cidade de Lisboa fica a aguardar os devidos esclarecimentos.
Desde já gratos pela atenção, apresentamos os melhores cumprimentos,
Pelo Fórum Cidadania Lx
Paulo Ferrero
Pela Associação Lisboa Verde
João Pinto Soares
Lisboa 1 de Julho de 2025
* De acordo com a alínea s) do Artigo 4º da Lei Nº59/2021 de 18 de Agosto: «Rolagem», o termo popular que designa uma redução drástica da árvore, normalmente realizada em árvores adultas anteriormente conduzidas em porte natural, através do corte de ramos de grande calibre, deixando-a reduzida ao tronco e pernadas estruturais, sendo equivalente a talhadia alta ou talhadia de cabeça;
Plataforma Lisboa – As Nossas Vozes – anúncio público no dia 2 de Julho, às 18h30, na R. Dom Luís I, n.º 21 (em frente ao Museu das Comunicações) 819 1024 Fórum Cidadania Lx

Plataforma Lisboa – As Nossas Vozes – anúncio público no dia 2 de Julho, às 18h30, na R. Dom Luís I, n.º 21 (em frente ao Museu das Comunicações)

Caro Associado da AMG / Munícipe  /  Comunicação Social
Assistindo à transformação abrupta da cidade de Lisboa, que se tornou já agressiva para com os seus habitantes, diversas Associações e Movimentos de Moradores / Cidadãos decidiram unir-se e conjugar esforços no sentido de exigir das entidades públicas o exercício dos poderes que lhes competem. Para tal, contamos com o suporte jurídico, pro bono público, da dr. Paula Teixeira da Cruz.
Exigimos ação sobre:
– Os níveis intoleráveis de ruído;
– A insegurança;
– A sujidade e insalubridade;
– A degradação, vandalização e descaracterização do espaço público;
– A ilegalidade do licenciamento e condições de funcionamento dos estabelecimentos comerciais.
Se necessário for, enveredaremos pela via judicial. 
No dia 2 de Julho, às 18h30, na Rua Dom Luís I, nº 21 (em frente ao Museu das Comunicações), será apresentada a agenda da Plataforma Lisboa. 
Contamos com a sua presença e solicitamos divulgação desta acção.
Painel publicitário junto à Basílica dos Mártires – protesto e pedido de retirada (24.06.2025) 780 1024 Fórum Cidadania Lx

Painel publicitário junto à Basílica dos Mártires – protesto e pedido de retirada (24.06.2025)

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Perguntamos como é possível termos este painel publicitário defronte à Basílica dos Mártires, Monumento Nacional, além de tudo o mais – poluição visual, estética e atentatória do espaço público em zona histórica – produzindo ruído incómodo, por força da ventilação do equipamento, como este vídeo documenta: https://www.facebook.com/reel/1918669552316868 .
Solicitamos que o mesmo seja retirado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Helena Espvall, Jorge Pinto, José Maria Amador, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Filipe de Portugal, Nuno Caiado, Jorge Oliveira, António Araújo
Coroas de louros do alto do Parque Eduardo VII continuam por colocar – queixa à Provedoria de Justiça (17.06.2025) 1004 1024 Fórum Cidadania Lx

Coroas de louros do alto do Parque Eduardo VII continuam por colocar – queixa à Provedoria de Justiça (17.06.2025)

Exma. Senhora Provedora-Adjunta de Justiça
Doutora Juíza Estrela Chaby
 
Como será do conhecimento de V. Exa., a Câmara Municipal de Lisboa procedeu ao restauro das colunas monumentais do alto do Parque Eduardo VII na Primavera de 2023, antes da Jornada Mundial da Juventude.
Na altura foram retiradas para restauro as coroas de louros existentes no cimo das referidas colunas. Contudo as mesmas não foram ainda recolocadas.
Por duas vezes, em Setembro de 2023 (https://cidadanialx.org/portfolio/colunas-do-parque-eduardo-vii-restauradas-mas-ainda-sem-coroas-pedido-de-esclarecimento-a-cml/) e em Maio deste ano (https://cidadanialx.org/portfolio/colunas-do-parque-eduardo-vii-ainda-sem-coroas-novo-pedido-de-esclarecimento-a-cml-13-05-2025), solicitámos
à CML que nos esclarecesse sobre os motivos da demora na reposição das coroas de louros, e que nos dissesse quando é que essa reposição seria efectuada.
Até ao momento não obtivemos nenhum esclarecimento da parte da CML, nem foi publicada qualquer notícia sobre o assunto.
Pelo exposto, apresentamos queixa a V. Exa. pela ausência de respostas por parte da CMLfazendo votos para que os serviços da Provedoria de Justiça intervenham junto da CML no sentido de esta prestar odevidos esclarecimentos públicos sobre este processo, que nos parece estranho.
Agradecemos a atenção de V. Exa. e apresentamos os melhores cumprimentos,
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Nuno Caiado, José Maria Amador, Filipe Portugal, João Batista, Jorge Oliveira, António Araújo, Fátima Castanheira, Beatriz Empis, Paulo Trancoso, Jorge Pinto
Protesto pelas obras sem critérios patrimoniais no imóvel municipal do Largo do Menino Deus 3-4 (08.05.2025) 1013 1024 Fórum Cidadania Lx

Protesto pelas obras sem critérios patrimoniais no imóvel municipal do Largo do Menino Deus 3-4 (08.05.2025)

Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. PCML, AML, Património Cultural, IP e media
Vimos protestar pela forma como a CML está a levar a cabo as tão aguardadas obras de conservação no seu imóvel sito no Largo do Menino Deus, nºs 3 e 4.
De facto, é verdadeiramente chocante – e após quase 2 décadas de um dos fogos ter estado devoluto – verificarmos que as obras não estão a respeitar as mais elementares regras de conservação em contexto urbano histórico como é claramente o caso:
1-O imóvel é considerado uma verdadeira relíquia da Lisboa pré-terramoto de 1755 juntamente com outro, também municipal, ali bem perto na Rua dos Cegos, nº 20-22
2-Está registado na Carta Municipal do Património, anexa ao PDM em vigor.
3-Está inserido na Zona Especial de Protecção de dois Monumentos Nacionais: Igreja do Menino Deus e Castelo de S. Jorge
Não se compreende, portanto, como é que a própria CML leva a cabo uma intervenção que em vez de seguir os critérios internacionais de conservação e restauro para bairros históricos, e em imóveis com protecção legal enquanto bens culturais raros, faz uma obra que tem todas as marcas de “obra nova” como é o uso de cimento nas argamassas, “pladur” em tectos ou ainda o chocante facto de se terem arrancado as portadas/caixilharias do séc. XVIII (ou anteriores) de 3 vãos de janela (2 deles de sacada). Estas portadas, em madeira maciça, com todas as suas ferragens em ferro de época, foram colocadas por ordem da CML no contentor de entulhos para vazadouro. 
Escusado será dizer que estas portadas antigas fazem parte integrante do imóvel, acrescentam valor ao bem cultural e são perfeitamente recuperáveis. Mas em vez de seguir as boas práticas de conservação, a CML escolheu deitar ao lixo e substituir por janelas novas em PVC ou alumínio lacado (como aliás já foram instaladas no outro fogo, no piso superior).
Este é um imóvel icónico da cidade histórica, único, irrepetível, representado muitas vezes por pintores e fotógrafos bem conhecidos.
A CML tem a obrigação de cuidar dele com o devido respeito e não atentar contra ele – como se tratasse de um simples prédio municipal anónimo, vulgar.
O que observamos é um retrocesso preocupante nos padrões de reabilitação da cidade histórica – estamos a anos-luz do que a CML fazia ao tempo das Unidades de Projecto de Alfama e Castelo. 
Por todos os bairros históricos, sejam imóveis particulares ou municipais, se observa uma gritante falta daqueles critérios que salvaguardam o património arquitetónico para as futuras gerações.
Obras de iniciativa municipal, ou até de Juntas de Freguesia, recorrem a massas cimentícias, substituem portas e janelas de madeira por novas de desenho pobre e materiais inadequados. Em resumo, um conjunto de alterações avulsas que desrespeitam a identidade patrimonial de bairros como Alfama, Castelo ou Mouraria.
É cada vez mais uma cidade de PVC, alumínio lacado, pladur e rebocos de cimento. Nesta matéria Lisboa está a afastar-se dos padrões da UE, das cartas internacionais de que Portugal é país signatário há décadas. 
Face à gravidade da falta de critérios adequados ao bem cultural em causa, solicitamos que esclareça os cidadãos sobre esta operação urbanística em curso e se dará ordem imediata para se recuperarem as caixilharias e portadas com postigos do século XVIII, retirando-as do lixo.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Nuno Caiado, Ana Alves de Sousa, Carlos Boavida, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Rui Martins, Maria Ramalho

Convento da Graça em estado vergonhoso – apelo ao Governo para o resgatar do programa Revive (08.05.2025) 1020 1024 Fórum Cidadania Lx

Convento da Graça em estado vergonhoso – apelo ao Governo para o resgatar do programa Revive (08.05.2025)

Exmo. Sr. Ministro da Economia
Dr. Pedro Reis,
Exmo. Sr. Secretário do Turismo
Dr. Pedro Machado
C.C. PM, MC, CML, AML, PC-IP, Programa Revive e media
Como é o do conhecimento de V. Exas., o Convento da Graça (Monumento Nacional desde 1910), em Lisboa, foi concessionado pelo Estado ao grupo AZIRIVER (hotéis SANA), em Dezembro de 2019, ao abrigo do Programa REVIVE e por um prazo de 50 anos, com o objectivo de ali nascer um hotel.
Hoje, passados que estão quase seis anos sobre a referida concessão, as zonas do antigo convento-quartel objecto da concessão continuam ao abandono e a degradar-se de forma assustadora, assumindo contornos de crime de lesa-património (exemplos: o designado “segundo claustro” foi despojado do seu património azulejar e encontra-se em péssimo estado; o edifício revivalista do quartel, com entrada pelo Largo da Graça, encontra-se como as fotos em anexo documentam).
A situação é intolerável e indigna de uma capital europeia.
Além de que, tratando-se de uma zona de enorme procura turística, é uma péssima imagem que é transmitida a quem nos visita.
Julgamos que estão reunidas as condições para que o Governo de Portugal, à semelhança do que foi feito noutras concessões de péssima memória, revogue a concessão feita do Convento da Graça, pelo que apelamos a V. Exas. para que procedam a essa revogação.
E aproveitem a oportunidade para rever o pensamento estratégico quanto ao futuro do património histórico de que o Estado ainda é proprietário, por forma a que conjuntos monumentais como o em apreço sejam recuperados para um uso mais digno e consentâneo com as carências do país e consensual junto da população, e não, como até aqui, optando pela solução mais fácil e óbvia: sua exploração hoteleira.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Rui Pedro Martins, Nuno Caiado, António Araújo, Ana Alves de Sousa, João Batista, Helena Espvall, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Manuela Correia, João Teixeira, Jorge Pinto, Pedro Jordão, José Maria Amador, Filipe de Portugal, Maria Ramalho
O impacto negativo dos barcos de Cruzeiros em Lisboa – apelo ao Presidente da CML (25.02.2025) 1008 1024 Fórum Cidadania Lx

O impacto negativo dos barcos de Cruzeiros em Lisboa – apelo ao Presidente da CML (25.02.2025)

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
C.C. AML, JF, APL, ATL, APPA e media
Como é do conhecimento de V. Exa., nos últimos meses têm aparecido várias notícias sobre a indústria dos cruzeiros e o terrível impacto em dezena e meia de cidades portuárias históricas da Europa, como Veneza, Barcelona, Nice, Amesterdão, sendo que há cada vez mais cidades a proibirem ou a penalizarem os barcos de cruzeiros.
A cidade de Nice é a última a decidir banir os cruzeiros de passageiros de atracar no seu porto. O presidente da Câmara, Christian Estrosi, que já assinou um decreto a proibir barcos que transportem mais do que 900 passageiros, classifica os barcos gigantes como «monstros dos mares» que «poluem e despejam a sua clientela ‘low-cost’».
Em Bordéus, por exemplo, o Presidente da Câmara anunciou a vontade de proibir totalmente os barcos de cruzeiro na cidade e há uma proposta para transferir o terminal de cruzeiros para fora do centro da cidade de forma a levantar a pressão crescente sobre a cidade histórica.
A Islândia introduziu no mês passado uma taxa diária de cerca de 16 euros por passageiro dos barcos de cruzeiro cujas receitas serão investidas em projectos de sustentabilidade ambiental. 
Também o governo da Noruega está a planear a introdução de uma taxa similar sobre os passageiros de cruzeiros.
Barcelona, uma das cidades que mais sofre com os cruzeiros, já encerrou um dos terminais da cidade e planeia mais restrições.
E a cidade espanhola de Valencia anunciou que irá proibir mega barcos de cruzeiro a partir de 2026. 
A cidade de Amesterdão vai igualmente proibir os barcos de cruzeiro na cidade com a construção de um novo terminal de cruzeiros fora da cidade.
O jornal The Telegraph publicou a 20 de Fevereiro um artigo extenso sobre este tema «The destinations trying to ban cruise ships and their ‘low-cost clientele’»
Todos estes países – 14 só na Europa – estão a reagir para travar a pressão imparável da indústria dos cruzeiros e dos seus cada vez maiores barcos que chegam às cidades históricas da Europa.
E nós em Lisboa? 
Com um terminal de cruzeiros construído mesmo em frente de Alfama, um dos bairros históricos mais frágeis e vulneráveis da cidade (esta localização foi um erro estratégico como se comprova agora), somos já uma das cidades da Europa que mais sofre com este fenómeno dos mega barcos de cruzeiros.
No entanto nem Governo nem CML parecem estar conscientes da urgência em reagir, tomar medidas determinadas para travar a contínua degradação da qualidade de vida de quem habita o centro histórico de Lisboa.
Daqui apelamos a V. Exa., Senhor Presidente Carlos Moedas, para que se inspire nos seus homólogos europeus aqui citados e evite que Lisboa se torne num mero cenário sem alma para consumo da insaciável indústria do turismo massificado.
Como os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Pedro Jordão, Rosa Casimiro, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Teresa Goulão, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Helena Espvall, José Maria Amador, Ana Alves de Sousa, Fátima Castanheira, Luís Serpa
Foto da APL, Agosto de 2024
Praça da Estrela e Largo do Rato – e-mail ao GABPCML em resposta ao ofício da CML sobre outdoors partidários (18.02.2025) 1024 1024 Fórum Cidadania Lx

Praça da Estrela e Largo do Rato – e-mail ao GABPCML em resposta ao ofício da CML sobre outdoors partidários (18.02.2025)

Exmo. Sr. Chefe de Gabinete do Senhor Presidente da CML
Dr. António Valle

 

Agradecemos o V/ofício nº 36/GPCML/CML/25 (em anexo), respondendo ao n/e-mail sobre o assunto mencionado em epígrafe, e sugerimos que as equipas da CML responsáveis pela gestão e requalificação do espaço público ponderem igual procedimento para a Praça da Estrela.
Lembramos que a Praça da Estrela é um dos locais de maior relevância patrimonial da cidade, não só pela presença da Basílica da Estrela (MN) e edifícios conexos, mas também pelo histórico e valioso Jardim da Estrela bem como pelo enquadramento cénico da própria praça.
A imagem em anexo ilustra bem o tratamento lamentável que os outdoors partidários dão à Praça, encontrando-se, inclusivamente, dentro da Zona Especial de Protecção da Basílica da Estrela, configurando a violação da Lei do Património.
Aproveitamos a oportunidade para chamar a atenção de V. Exa. para o famigerado Largo do Rato, verdadeiro paradigma de tudo o que não deve ser um largo ou espaço público de qualidade numa capital europeia, repleto de publicidade ilegal, suportes com cartazes de toda a espécie, mupis e muretes os mais variados, sinalética redundante, etc., e onde são inúmeros os atropelos à mobilidade em segurança e ao bem estar das árvores existentes.
Por isso, perguntamos em que ponto está o projecto da CML de requalificação do Largo do Rato, ao abrigo do programa “Uma Praça em Cada Bairro”?
Ficamos ao dispor para visitas conjuntas aos locais.
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Jordão, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Fernando Jorge, Helena Espvall, Miguel Atanásio Carvalho, António Dias Coelho, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Rui Martins, Gustavo da Cunha, Filipe de Portugal, Maria Ramalho

Balneário D. Maria II – Pedido de substituição da tela colocada em Julho de 2024 (29.01.2025) 1024 1022 Fórum Cidadania Lx

Balneário D. Maria II – Pedido de substituição da tela colocada em Julho de 2024 (29.01.2025)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
C.C. Senhora Ministra da Cultura
Serve o presente para alertar V. Exa. para o estado em que já se encontra a tela colocada sobre o Balneário D. Maria II, em Julho de 2024, pela ESTAMO, com o propósito de proteger aquele Imóvel de Interesse Público, e após solicitação da Senhora Ministra da Cultura.
De facto, é lamentável o tratamento que continua a ser dado a este imóvel precioso e único, tal como o que é dado aos também classificados Pavilhão de Segurança (“Panóptico”) e edifício principal do antigo Hospital Miguel Bombarda.
Como referimos em contacto anterior, todos eles se encontram a degradar, fechados ao público e, pior, sem recuperação nem destino compatível à vista, facto inaudito dada a valia do património em causa, pelo que fazemos votos para que o Ministério da Cultura os tome urgentemente à sua guarda, juntamente com a “Colecção Bombarda”, por via de acordo com a ESTAMO/Ministério das Finanças e Ministério da Saúde.
Entretanto, solicitamos a V. Exa. que o Património Cultural-IP reforce junto da ESTAMO a necessidade de esta mandar colocar uma nova tela a envolver o Balneário D. Maria II, e que desta vez seja uma tela resistente aos ventos.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Beatriz Empis, Helena Empis, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Maria Teresa Goulão, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Ana Alves de Sousa, António Araújo, Maria Ramalho
Fotografia de Paula Isabel Santos (27.01.2025)
Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus “reabilitada” a cimento – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural (28.01.2025) 1024 991 Fórum Cidadania Lx

Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus “reabilitada” a cimento – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural (28.01.2025)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
Serve o presente para perguntar a V. Exa. se os serviços do Património Cultural-IP têm conhecimento da obra em curso no edifício do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo da Lapa, também conhecido por Capela das Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus, sito na Rua da Lapa nº 84, em Lisboa.
Isto porque, para nosso grande espanto, o edifício está a ser intervencionado com massas cimentícias, conforme documentam as fotos que aqui enviamos.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Fernando Jorge, António Araújo, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Beatriz Empis