Universidade de Lisboa

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024) 960 960 Paulo Ferrero

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, Reitoria da UL, Artistas Unidos e agência Lusa
 
Como é do conhecimento de V. Exa., hoje, dia 31 de Julho, encerra o Teatro da Politécnica, a casa dos Artistas Unidos (https://artistasunidos.pt/comunicado-uma-casa-para-os-artistas-unidos) desde 2011, companhia de referência no panorama cultural da cidade e legado inestimável de Jorge Silva Melo, uma das maiores figuras do nosso quotidiano, a Lisboa e aos lisboetas.
Se é a todos os títulos lamentável a ordem de despejo que a Universidade de Lisboa decidiu emitir a quem, com a ajuda da CML, tornou um espaço que, embora à guarda da UL, estava devoluto e maltratado num ponto de encontro de Cultura, renovando o edificado e devolvendo o brio àquela ante-câmara do Jardim Botânico, sempre com público e uma programação cuidada, não deixa de ser também lamentável a posição da CML, ou melhor, a não posição da CML, quer ao não negociar a permanência da companhia naquele local – lembramos que a UL é a grande beneficiária do Plano de Pormenor aprovado pela CML para o Jardim Botânico, e que um projecto cultural como o dos AU é uma mais-valia e não uma menos valia para a zona – quer ao não garantir qualquer solução, ainda que provisória, para que os AU tenham a casa que merecem e a cidade exige.
De facto, escusado será relembrarmos a V. Exa. o processo rocambolesco que envolveu a saída dos AU em 2002 das antigas instalações do vespertino A Capital, no Bairro Alto, onde estavam desde 1999, ao tempo por acordo de cedência com a firma proprietária do antigo jornal, depois já com a proprietária CML, invocando esta a necessidade de obras, obras que até hoje nunca foram feitas.
Pelo meio ficaram as promessas de um projecto cultural “Centro de Artes A Capital – Teatro Paulo Claro”, que nunca avançou, uma estadia no Teatro Taborda até 2005, acordada com a EGEAC, e muitos avanços e recuos e intermitências várias, até que em 2011, por protocolo com a UL e o apoio da CML, os AU se instalaram no pequeno edifício da Politécnica.
Pelo meio ficaram também as parangonas de jornal anunciando as mais variadas promessas da CML para o edifício d’A Capital: silo automóvel (!), em 2012; habitação com renda acessível, em 2020 (foto) e, finalmente e há poucos meses, o regresso dos Artistas Unidos ao seu ponto de partida, mas só depois de obras, obras que continuam por iniciar, sem haver projecto que se conheça.
Pelo exposto, solicitamos a V. Exa., Senhor Presidente da CML, que esclareça a opinião pública e, por maioria de razão, os Artistas Unidos, sobre o futuro imediato da companhia e também o que pretende fazer de facto com o edifício d’A Capital, que está em muito piores condições do que estava em 2002.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Eurico de Barros, Maria Teresa Goulão, Paula Cristina Peralta, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Jorge Pinto, Rosa Casimiro, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Filipe de Portugal, Fernando Jorge, Ruth da Gama
Castelinho da Faculdade de Farmácia ao abandono – pedido de esclarecimentos à Directora da Faculdade de Farmácia (01.07.2024) 1024 1024 Paulo Ferrero

Castelinho da Faculdade de Farmácia ao abandono – pedido de esclarecimentos à Directora da Faculdade de Farmácia (01.07.2024)

Exma. Sra. Directora da Faculdade de Farmácia da UL
Profª Beatriz Lima
C.C. Reitor da UL, Ministro da Educação, PCML, PAML, Ordem dos Farmacêuticos e media 
Constatamos que o “castelinho” da antiga Quinta da Torrinha, edifício de 1892 onde funcionou a Faculdade de Farmácia até 1980, se encontra num estado deplorável desde que ficou abandonado (2018-2019), como as imagens demonstram.
Escusado será lembrar que este edifício histórico de inspiração Arte Nova, é emblemático da Faculdade que V. Exa. dirige, e não conseguimos compreender como, dada a obra notável que tem sido feita nas últimas décadas pela FF a vários níveis, seja possível que este chalet tenha chegado a estado de abandono em que se encontra, apresentando várias lacunas na bela azulejaria de padrão das fachadas, e temendo-se o pior no seu interior, nomeadamente na sua escada em caracol em madeira entalhada, nos estuques ornamentais e demais espólio e decoração. Relativamente ao espaço em seu redor, recusamos comentá-lo, de tão indigno de uma capital europeia, que se diz inovadora.
Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre o porquê desta situação insustentável e a todos os títulos deplorável, e se está prevista alguma obra de recuperação e dignificação do imóvel, no orçamento da FF-UL, ao abrigo ou não do PRR.
Gratos, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Rui Martins, Ana Alves de Sousa, Isabel Goulão, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Carlos Boavida, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Raquel Henriques da Silva, Jorge Pinto, Rosa Casimiro
Fotos de Rui Martins
Estado periclitante dos bustos africanos Jardim Tropical – chamada de atenção à UL (25.07.2022) 331 350 Paulo Ferrero

Estado periclitante dos bustos africanos Jardim Tropical – chamada de atenção à UL (25.07.2022)

Magnífico Senhor Reitor
Prof. Luís Manuel dos Anjos Ferreira

À Topiaris, a/c Arq. Luís Paulo Ribeiro

No seguimento dos parabéns que endereçámos à Universidade de Lisboa em Fevereiro de 2020 (http://cidadanialx.blogspot.com/2020/02/parabens-pela-recuperacao-feita-ate-ao.html), em que demos conta da nossa satisfação pelas obras de recuperação feitas até ao momento no Jardim Tropical, constatamos que, passados dois anos e meio sobre essa data, ainda subsistem locais a aguardar por restauro, conforme então descrito.

Reforçamos a nossa chamada de atenção para a necessidade de restauro dos bustos provenientes da Exposição do Mundo Português, uma vez que se os mesmos não forem rapidamente pintados ou o material de que são feitos (em massas cimentícias?) não for objecto de tratamento adequado, brevemente poderão abrir fissuras, tornando o seu restauro impossível a médio prazo.

Juntamos fotografias tiradas há dias.

Gratos pela atenção, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Luís Mascarenhas Gaivão, Fátima Castanheira, Filipe de Portugal, Ana Celeste Glória, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Irene Santos

 

Fotos de Filipe Portugal