Marquês de Pombal

Protesto ao Instituto Camões pelo estado do Palacete Seixas (Praça Marquês de Pombal) 1024 768 Paulo Ferrero

Protesto ao Instituto Camões pelo estado do Palacete Seixas (Praça Marquês de Pombal)

Exmo. Senhor
Presidente do Conselho Directivo do Instituto Camões
Embaixador João Ribeiro de Almeida
C.C. MNE, PCML, AML, DGPC e Agência LUSA
Vimos por este meio apresentar o nosso protesto pelo desleixo com que V. Exas. têm vindo a tratar o Palacete Seixas, o belíssimo palacete neoclássico, erigido em 1900, remodelado por Luigi Manini e adquirido pelo Instituto Camões em 1997, facto que levaria a supor uma melhor atenção da vossa parte, porquanto sede da “Casa da Lusofonia”.
Com efeito, as belíssimas caixilharias originais desse palacete, feitas em madeira e ferro, estão como as fotos documentam, sendo que, inclusivamente, as do 2º piso já foram destruídas e substituídas por PVC. Também as suas fachadas elegantes são continuamente escondidas por telões publicitários totalmente dispensáveis.
É por isso com pesar que verificamos a falta de brio com que se tem tratado este imóvel integrado na Avenida da Liberdade (CIP – Conjunto de Interesse Público, Portaria n.º 385/2013, DR, 2ª série, n.º 115 de 18 Junho 2013), e a escassa actividade cultural no seu interior, o que contribui para o esquecimento e desconhecimento do palacete pelo grande público.
Pelo exposto, apelamos a V. Exas. para que procedam a um programa de restauro do Palacete Seixas, segundo as boas práticas de conservação do património, mantendo e repondo as caixilharias originais, devolvendo dignidade às fachadas, pondo fim à colocação de telas publicitárias e dando a conhecer os seus interiores de uma forma permanente, com uma programação adequada.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Luís Mascarenhas Gaivão, Inês Beleza Barreiros, Rui Pedro Martins, Irene Santos, José Maria Amador, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Fátima Castanheira, Filipe Teixeira, Pedro Formozinho Sanchez

Resposta do CD, a 24 de Agosto:

«Exmos. Senhores,
Com referência à carta que foi dirigida ao Presidente do Conselho Diretivo do Camões IP, no passado dia 16 de fevereiro de 2023, e lamentando desde já o atraso na resposta, cumpre-me prestar os seguintes esclarecimentos:
O Conselho Diretivo do Camões, IP tem presente a importância e considera prioritária a preservação do património do Instituto, que integra o Palacete Seixas.
Os processos de conservação e manutenção do património do Camões, IP estão no entanto condicionados aos recursos financeiros disponíveis.
Considerando a urgência na renovação da fachada do edifício do Palacete Seixas, bem como a manutenção dos seus espaços interiores, o Camões, IP tem considerado estas intervenções como prioritárias.
Neste sentido, foi possível avançar, em 2023, com o processo de recuperação das janelas e portadas do piso 0 e cave do Palacete, processo que se encontra concluído.
O Camões, IP pautará sempre a sua atuação pela valorização do seu património, procurando, dentro dos recursos anualmente disponibilizados, ir ao encontro das várias ações prioritárias que tem identificadas.
O Camões, IP possui vários espaços que podem ser utilizados por entidades externas para a realização de atividades diversas nos domínios da Cooperação, da Cultura e da Língua, tendo os espaços do Palacete vindo a acolher diversas iniciativas nestes domínios, como sejam conferências, lançamento de livros, workshops, exposições, entre outros. Os referidos espaços são também, naturalmente, utilizados para realização de atividades nas áreas de trabalho do Camões, IP. Acreditamos que as atividades selecionadas para terem lufar nas instalações do Camões, IP e do Palacete Seixas em particular, contribuem para valorizar aqueles espaços, ao mesmo tempo que proporcional, ao público da cidade, a oportunidade para deles usufruírem.
Sem prejuízo do período da pandemia, com o encerramento das instalações do Instituto e redução das atividades com envolvimento de público, o Camões, IP retomou, logo que possível, o acolhimento de atividades de caráter cultural, tendo sido realizados, ainda em 2020, 40 eventos na sede, incluindo palestras e seminários com entidades parceiras, incluindo 3 exposições. Em 2021, acolhemos 41 eventos, incluindo 6 exposições, e em 2022 o Camões, IP acolheu 83 eventos, incluindo 4 exposições. Todos as iniciativas culturais de entrada livre são devidamente divulgadas no site e redes sociais do Instituto.
Com os melhores cumprimentos,
Paula Pedro Loureiro
Vogal do Conselho Diretivo»
Pedido de classificação do Monumento ao Marquês de Pombal (Lisboa) 639 640 Paulo Ferrero

Pedido de classificação do Monumento ao Marquês de Pombal (Lisboa)

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos

CC. PCML, AML, JF e Agência Lusa

Considerando a inquestionável relevância histórica e urbana do monumento ao Marquês de Pombal, apesar da falta de cuidado com que tem sido tratada pelos serviços camarários nos últimos anos, que se traduz desde logo numa falta de limpeza evidente da praça central, aprumo nos canteiros decorativos e inacção gritante face à ocupação selvagem da envolvente com dispositivos de publicidade e propaganda;

E considerando que este monumento não dispõe de classificação autónoma, como julgamos que merece;

Serve o presente para submetermos à apreciação de V. Exa. e dos serviços da Direcção-Geral do Património Cultural, o respectivo requerimento inicial de procedimento de classificação, fazendo votos para que este seja o primeiro de vários processos de classificação de estatuária pelo país.

Juntamos para o efeito fotografias retiradas da net, conforme assinalado no requerimento

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Fernando Jorge, Luís Carvalho e Rêgo, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto, Paulo Lopes

Monumento ao Marquês de Pombal 766 767 Paulo Ferrero

Monumento ao Marquês de Pombal

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas

CC. AML, JF e media

Este é o estado miserável em que se encontra o monumento ao Marquês de Pombal e a sua envolvente.
A importância e beleza deste conjunto – nomeadamente da estátua e da calçada artística que a rodeia – esvai-se no meio do lixo e das ervas daninhas visíveis por todos – e são muitos, os que acedem com enorme expectativa à envolvente deste monumento para o fotografar ou, simplesmente, para usufruir da perspectiva singular que a cidade aí nos oferece.

É urgente cuidar, tratar deste local e dos canteiros que circundam este monumento – há muito semi abandonados. Aqui floriam, em tempos, agapantes azuis e brancos prolongando a mancha de cor que o Parque Eduardo VII nos oferece.
Não bastava o caos poluidor dos cartazes que, teimosamente, insistem em colocar nesta praça?

É urgente cuidar, tratar, da nossa cidade e do nosso Património devolvendo-lhes a dignidade que merecem, acresce que, no caso deste conjunto monumental, a CML, nos anos 90, despendeu verbas avultadas no seu restauro, justificando-se, mais ainda, a sua protecção e dignificação.

Apelamos a si, Sr. Presidente, para que mude este estado de coisas

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Ana Alves de Sousa, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho,Jorge Pinto, Rui Pedro Martins, Odete Pinto, Carlos Boavidas, Bruno Rocha Ferreira, Virgílio Marques, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, Marta Saraiva, João Basílio Teixeira, Madalena Martins, Beatriz Empis, Luís Serpa, Pedro Cassiano Neves, Gustavo da Cunha, António Araújo, Maria do Rosário Reiche