Abandono
Edifício entre-séculos da Rua Capitão Renato Baptista e capela anexa – pedido de informações à CML (07.02.2025)
Exma. Srª Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
C.C. AML
Estamos preocupados com o que se vai passar no edifício “Entre-Séculos” do nº 31 da Rua Capitão Renato Baptista, datado de 1899, e capela neo-gótica anexa (Capela do Coração Eucarístico de Jesus, data de 1910, com projecto do arq. Alfredo de Ascensão Machado), ao que sabemos propriedade do Patriarcado de Lisboa.
Estaremos em presença de mais um esventramento completo do edifício, com ampliação?
E qual será o destino da capela encerrada ao culto e abandonada há já alguns anos?
Nesse sentido, e porque não existe nenhum aviso no local, solicitamos a V. Exa. que nos informe se entrou de facto algum projecto relativamente a estes edifícios e, no caso de existir, qual o seu teor e qual foi o parecer da CML.
Muito obrigado
Com elevada consideração, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Helena Espvall, Manuela Correia, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis
Foto: Alberto Carlos Lima (1910), in Arquivo Municipal
Balneário D. Maria II – Pedido de substituição da tela colocada em Julho de 2024 (29.01.2025)
Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
C.C. Senhora Ministra da Cultura
Serve o presente para alertar V. Exa. para o estado em que já se encontra a tela colocada sobre o Balneário D. Maria II, em Julho de 2024, pela ESTAMO, com o propósito de proteger aquele Imóvel de Interesse Público, e após solicitação da Senhora Ministra da Cultura.
De facto, é lamentável o tratamento que continua a ser dado a este imóvel precioso e único, tal como o que é dado aos também classificados Pavilhão de Segurança (“Panóptico”) e edifício principal do antigo Hospital Miguel Bombarda.
Como referimos em contacto anterior, todos eles se encontram a degradar, fechados ao público e, pior, sem recuperação nem destino compatível à vista, facto inaudito dada a valia do património em causa, pelo que fazemos votos para que o Ministério da Cultura os tome urgentemente à sua guarda, juntamente com a “Colecção Bombarda”, por via de acordo com a ESTAMO/Ministério das Finanças e Ministério da Saúde.
Entretanto, solicitamos a V. Exa. que o Património Cultural-IP reforce junto da ESTAMO a necessidade de esta mandar colocar uma nova tela a envolver o Balneário D. Maria II, e que desta vez seja uma tela resistente aos ventos.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Beatriz Empis, Helena Empis, Nuno Caiado, Rui Pedro Martins, Maria Teresa Goulão, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Ana Alves de Sousa, António Araújo, Maria Ramalho
Fotografia de Paula Isabel Santos (27.01.2025)
Chafariz do Carmo em estado vergonhoso – protesto à CML, EPAL e Junta Freguesia (11.11.2024)
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Ex.mo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho,
Ex.mo. Sr. Presidente do Conselho de Administração da EPAL
Eng. Carlos Martins,
C.C. AML, Património Cultural-IP, Museu da Água e media
Serve o presente para apresentarmos a V. Exas. o nosso protesto pelo estado deplorável em que se encontra o Chafariz do Largo do Carmo, Monumento Nacional desde 2002 (Decreto n.º 5, Diário da República, 1.ª série-B, de 19 Fevereiro), assumindo contornos de escândalo se notarmos que já encontra “enfeitado” para o Natal.
É de facto lamentável que este chafariz monumental, que é propriedade municipal, se encontre como as fotografias em anexo, tiradas ontem, documentam.
Duplamente lamentável se nos lembrarmos que o seu restauro estava previsto para 2020, ao abrigo do protocolo assinado entre a CML e a EPAL, em 1 de Abril do mesmo ano (ponto 1 do Anexo I ao protocolo).
Cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, Ana Alves de Sousa, Carlos Boavida, Manuela Correia, Helena Espvall, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, Miguel Atanásio Carvalho, Filipe de Portugal, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, António Araújo
Capela de Santo Cristo, Restelo – S.O.S. ao Património Cultural, IP (22.10.2024)
Exmo. Senhor Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
C.C. Presidente da CML e Senhora Ministra da Cultura
Como é do conhecimento de V. Exa. a Capela de Santo Cristo, junto ao estádio de futebol d’Os Belenenses, é Imóvel de Interesse Público e encontra-se como as fotos documentam.
A CML será a guardiã do templo, embora quem a ocupe seja a Igreja Ortodoxa da Sérvia, por via de um protocolo de cedência assinado em 2017, segundo o qual esta última asseguraria o restauro das paredes e do telhado e instalaria instalações sanitárias necessárias para as actividades culturais e religiosas daquela igreja. Na ocasião a Embaixada da Sérvia disponibilizou um montante de 30 mil euros.
Contudo, nada pôde ser feito uma vez que a então Direção-Geral do Património Cultural não autorizou que o processo avançasse sem que fossem cumpridas determinadas exigências, o que compreendemos, o que fez com que o orçamento aumentasse para 300 mil euros, dado que a capela apresenta sérios problemas estruturais.
Foi depois estabelecido um outro novo protocolo, desta vez envolvendo a Faculdade de Arquitetura e a Associação Telas Elementares, mas o processo arrasta-se, sendo a última novidade a ele respeitante uma candidatura a fundos europeus, em Fevereiro de 2024, desconhecendo-se a resposta.
Ao que apurámos, neste momento, a Capela corre grave risco e tem de ser protegida com uma estrutura provisória, e o cronograma possível para a sua recuperação será este: Setembro – Dezembro 2024: implementação de uma estrutura de proteção sobre a Capela, início dos trabalhos ao nível das redes de água, eletricidade e de esgotos – Outubro 2024 – Junho 2025: início dos estudos de especialidade (arqueologia, geologia, historiadores, técnicos conservação e restauro, especialista em antropologia física, etc.), estudos históricos, arqueológicos e de restauro – Março 2025 – Junho 2025: elaboração de Relatório Prévio para submeter ao Património Cultural, IP, para aprovação. – Início de 2026 (!): começo da primeira de 3 fases das obras de restauro.
Pelo exposto, pedimos a intervenção de V. Exa. para ajudar a desbloquear esta situação, se se confirmarem, obviamente, as informações que aqui expomos.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Conceição Delgado, Teresa Silva Carvalho, Manuela Correia, José Maria Amador, Beatriz Empis, Helena Espvall, Jorge Pinto, António Araújo
Miradouro de Santa Luzia: vítima da sobrecarga turística em Lisboa – Apelo à CML e Junta de Freguesia (01.10.2024)
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exmo. Sr. Presidente da JF Santa Maria Maior
Dr. Miguel Coelho
C.C. AML, ATL e media
Serve a presente comunicação para manifestarmos a nossa preocupação com este icónico espaço público da cidade histórica, que se encontra no estado deplorável que as imagens comprovam.
A sobrecarga turística a que está diariamente sujeito – e para o qual este lugar não foi pensado aquando da sua criação no início do séc. XX – tem vindo a agravar-se de ano para ano:
-As zonas verdes não resistem à sobrecarga de peões representada pela invasão diária a que o miradouro está sujeito.
-O lixo abunda em todo o miradouro e de pouco valem os esforços dos varredores da Junta de Freguesia pois a sobrecarga de turistas aniquila a limpeza em poucas horas.
-Os românticos canteiros/floreiras há muito que mudaram de funcionalidade sendo actualmente meros cinzeiros gigantes para conveniência dos turistas.
-Na fonte de parede já não corre o murmúrio da água desclassificada que foi enquanto improvisada papeleira.
-Painéis de azulejos, elementos em cantaria, tudo se encontra cronicamente sujo e parcialmente vandalizado.
Todos sabemos que é uma tarefa ingrata a manutenção destes espaços públicos tomados de assalto pela indústria do Turismo internacional.
Mas enquanto cidadãos, lisboetas e não só, não podemos deixar de manifestar indignação pelo estado a que deixámos chegar o ambiente urbano dos nossos bairros históricos.
Lamentável ainda, e não menos importante, é o facto dos moradores – e lisboetas em geral – se estarem a afastar deste lugar já que a sobrecarga turística a que está sujeito é equiparável a uma espécie de “expropriação” sacrificando assim a antiga qualidade de vida dos residentes.
Aquele que foi um dos lugares mais amados de Lisboa, fotografado por inúmeros artistas nacionais e estrangeiros, está reduzido a “estudo de caso” dos efeitos do Turismo massificado, sem qualidade.
Apelamos aos órgãos eleitos da CML e da Junta de Freguesia para agirem em conformidade.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Eurico de Barros, Ana Alves de Sousa, António Araújo, Gustavo da Cunha, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Conceição Delgado, Manuela Correia, Fátima Castanheira, Helena Espvall, José Amador, Filipe Teixeira, Maria Ramalho, Filipe de Portugal, Irene Santos, Teresa Silva Carvalho
…
Resposta do Presidente da JF Santa Maria Maior:
«Ex.mos. Senhores,
Agradeço em nome da Junta a pertinente preocupação face à degradação do miradouro de Santa Luzia. As causas, são aliás, desde logo apontadas no e-mail que nos enviaram: excesso de carga turística e também, acrescento, mau uso do espaço público. Como é por demais notório esta Junta de Freguesia tem vindo a chamar à atenção para os problemas criados com esta turistificação descontrolada, mas como também sabem, não está no âmbito das competências legais das juntas interferir neste domínio.
Aproveito para vos informar que solicitei aos serviços um reforço de intervenção neste jardim, naturalmente condicionado ao trabalho que temos de fazer em todo o território, igualmente sofredor dos impactos negativos desta atividade.
Cumprimentos,
Miguel Coelho»
O Palácio Pombal continua sem rumo e a degradar-se – proposta à CML (03.09.2024)
Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, JF Misericórdia e media
No seguimento de uma publicação da Revista Time Out do mês passado, onde se refere a possibilidade de instalação da companhia de teatro dos Artistas Unidos no Palácio Pombal (https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/pode-o-palacio-pombal-ser-uma-casa-para-os-artistas-unidos-junta-de-freguesia-acha-que-sim-080924?fbclid=IwY2xjawFCmUtleHRuA2FlbQIxMQABHRcZevPpIBc7lhk4SvGekqfSSUIf_r5XtnnHzKl4iwYQsNVzLTw9jQ0wVA_aem_bbh-Vpq_zg7uAWta39n0VQ), hipótese que não criticamos, e independentemente de continuarmos a defender que a ala do Palácio Pombal que é propriedade da CML deveria ser sempre um museu dedicado ao Marquês e à sua obra em Lisboa;
Apelamos a V. Exa. para que a CML exerça o direito de preferência sobre a ala do palácio onde funcionou a Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de Lisboa, cujo valor de venda está em 10 M€, recorrendo para tal às receitas provenientes da cobrança das taxas turísticas e às receitas do Casino de Lisboa, receitas essas que também poderão servir para a recuperação do palácio, o qual, como é do conhecimento de V. Exa., se mantém num estado de indignidade e a degradar-se desde há mais de 25 anos, período durante o qual também se discutiu ad nauseam a solução de ocupação, sem que se tenha tomado até hoje qualquer decisão!
Deste modo, Lisboa e os lisboetas recuperarão para si a maior parte do Palácio Pombal, os Artistas Unidos poderão perfeitamente utilizar a ala onde funcionou a escola de dança, e o imenso legado de Pombal a Lisboa poderá ser musealizado e dado a conhecer num local por demais apropriado.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, José Maria Amador, Rui Martins, Gustavo da Cunha, Ana Alves de Sousa, Helena Espvall, Filipe de Portugal, António Araújo, António Pires Veloso, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Pedro Jordão, Manuela Correia