Lojas históricas
Letreiro da antiga Retrosaria Irmãos David no Chiado – novo protesto à CML (18.10.2024)
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Engª Joana Almeida
No seguimento da resposta do Gabinete de V. Exa., de 18 de Julho de 2022, ao nosso alerta do dia 6 (https://cidadanialx.org/portfolio/letreiro-da-loja-zilian-antiga-retrozaria-irmaos-david-apelo/), no qual nos informam que “após visita técnica ao local, o proprietário do estabelecimento Zilian foi notificado para proceder à recolocação dos elementos em falta no letreiro instalado na fachada do edifício e relativos à antiga Retrozaria Irmãos David”.
Sucede que o letreiro se encontra hoje como há 27 meses, sem que os elementos em falta tenham sido recolocados, até porque, entretanto, desapareceu mais uma letra, o “V” de David.
Ou seja, a comunicação desse Gabinete não teve qualquer efeito prático, como poderá V. Exa. constatar pela fotografia que anexamos, tirada ontem, dia 17 de Outubro de 2024, mas apenas gerar falsas expectativas.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Ana Alves de Sousa, Beatriz Empis, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, António Araújo
Néons da Cervejaria Solmar (MIP) – Pedido de intervenção ao Património Cultural, IP (15.07.2024)
Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural, IP
Dr. João Soalheiro
C.C. MC e PCML
Serve o presente para alertar V. Exa. para a necessidade de se assegurar junto do proprietário o restauro dos vários néons da Cervejaria Solmar (Monumento de Interesse Público), no âmbito da intervenção em curso no interior daquele espaço notabilíssimo e “obra total”, da qual estes letreiros, em especial o que ladeia a entrada principal e o de gaveto, são ex-libris e indissociáveis do monumento.
De facto, embora a obra em curso, que foi aprovada pela então DGPC (Inf. S-2023/620316, Processo DRL-DS/2002/11-06/14381/POP/123677), apenas compreenda formalmente o interior da cervejaria (painéis azulejares, paredes, balcão e mobiliário), aqueles fabulosos néons são parte integrante do Monumento de Interesse Público e encontram-se agora mais danificados do que estavam por altura da aprovação do referido projecto, pelo que teria bastado cobri-los na altura com uma lona para que os mesmos não estivessem como as fotos (in Facebook) de há poucas semanas documentam.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Rui Pedro Barbosa, Luis Mascarenhas Gaivão, António Pires Veloso, Gustavo da Cunha, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Helena Espvall, Fernando Jorge, António Araújo
Pedido de classificação do Pavilhão Chinês
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo do Património Cultural, I.P.
Arq. João Carlos Santos
Como V. Exa. reconhecerá, a classificação de espaços comerciais enquanto bens de Interesse Público só muito recentemente é que começou a ser objecto da atenção da tutela da cultura, havendo hoje um pequeno conjunto de lojas que já o são: Cervejaria Solmar (2019), Confeitaria Nacional (2020), Ourivesaria Barbosa Esteves (2019), Tabacaria Mónaco (2017), Caza das Vellas Loreto (2017), Casa Havaneza () e antiga Casa da Sorte (na realidade os painéis cerâmicos de Querubim Lapa, em 2018),
Outras, poucas, pelo carácter do bem e génio do respectivo criador, e enquanto testemunho de vivências e factos históricos, concepção arquitectónica e decorativa, e de memória colectiva, merecerão sem dúvida igual estatuto, e nesse sentido temos vindo a enviar aos V/serviços algumas delas (Snack-Bar Galeto, Livraria Ferin, Livraria Sá da Costa).
Nesse propósito, consideramos ser de elementar justiça que seja ponderada a classificação do bar mais emblemático e reconhecido de Lisboa, “gabinete de curiosidades”: o Pavilhão Chinês.
Embora a fundação deste bar, pelo decorador e colecionador Luís Pinto Coelho, aponte para 1986, o espaço ocupa o que foi uma célebre mercearia e armazém de víveres que ali funcionou desde 1901. Em 1986, o arq. Carlos Ramos faria o projecto de alterações que resultou no Pavilhão Chinês que hoje conhecemos: mais do que um simples bar de cocktails ou local de convívio, é um regalo para a vista, pela sua decoração em horror vacui, onde se misturam brinquedos de época com loiça de Bordallo Pinheiro, bandeiras, artigos militares, antiguidades, etc., expostos num belíssimo mobiliário ao longo das sucessivas salas do bar, assumindo-se como património móvel integrado perfeitamente no espaço que ocupa.
Pelo exposto, temos o prazer de enviar a V. Exa. o Requerimento de abertura de processo de classificação do Pavilhão Chinês, anexando algumas fotografias elucidativas deste bar.
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Luís Mascarenhas Gaivão, Paulo Lopes, Luís Carvalho e Rêgo, João Mineiro, Helena Espvall, Eurico de Barros, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Alexandra Maia Mendonça, Fátima Castanheira, António Araújo, Fernando Jorge, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Ana Cristina Figueiredo, Maria do Rosário Reiche, Filipe Teixeira
Foto Lojas Com História/CML
Pedido de classificação da Livraria Ferin
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Como é do conhecimento de V. Exa., a Livraria Ferin é a segunda livraria mais antiga do país e é uma das lojas mais importantes e emblemáticas que existem na sua capital, pelo que só por isso mereceria uma classificação de interesse público.
Infelizmente, tal nunca foi até hoje reconhecido pela tutela da Cultura, a quem cabe defender e aplicar medidas de salvaguarda para o património cultural do país.
Infelizmente, também, a Livraria Ferin foi encerrada há poucos dias, desconhecendo-se não só o paradeiro do seu valiosíssimo espólio móvel como o futuro do seu interior, uma vez que a débil protecção de que usufrui (Carta Municipal do Património) não lhe garante minimamente que o mesmo se mantenha como está.
Pelo exposto, e porque consideramos que se há estabelecimentos comerciais que mereçam ser classificados, a Livraria Ferin merece-o prontamente, enviamos a V. Exa. o respectivo requerimento, acompanhado de fotografias, de modo a que a mesma se possa juntar ao lote de lojas já classificadas de Interesse Público pela DGPC (ex. Cervejaria Solmar, Confeitaria Nacional, Ourivesaria Barbosa Esteves e Tabacaria Mónaco).
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos e votos de um Bom Ano de 2024 para todos.
Paulo Ferrero, Luis Mascarenhas Gaivão, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Alexandra Maia Mendonça, Rui Martins, Manuela Correia, Filipe de Portugal, Eurico de Barros, António Araújo, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Filipe Teixeira, Tiago Mendes, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Beatriz Empis, Fernando Jorge, Raquel Henriques da Silva
Protesto pelo encerramento definitivo da antiga oculista Óptica do Chiado/Ramos & Silva
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
C.C. AML e LUSA
É com surpresa e tristeza, mau grado as promessas da CML em contrário, que constatamos que a loja da antiga oculista Óptica do Chiado/Ramos & Silva, até há pouco propriedade do grupo André Ópticas, não se manterá no nº 63-65 da Rua Garrett, quando se concluírem as obras de alterações que decorrem no edifício.
Lembramos a V. Exas. que esta loja foi desenhada pelo arq. Fernando Silva em 1954 e era notável pela sua modernidade e funcionalidade, uma “loja de detalhe”, algo já raro em Lisboa e que, por isso mesmo, foi inscrita em 2012 na Carta Municipal do Património anexa a Plano Director Municipal em vigor (item 20.37 Óptica do Chiado / Rua Garrett, 63-65).
Também o programa Lojas Com História a haveria de galardoar, pelo que esta é a enésima baixa a registar nesse âmbito.
Não conseguimos compreender, muito menos aceitar, que a CML, ao contrário do que por mais do que uma vez nos assegurou, de que as obras do prédio não poriam em causa a manutenção da loja classificada, em vez disso, aprove o seu contrário, isto é, a sua destruição.
Protestamos contra o continuado desrespeito da CML pela regulamentação que ela própria produz e reduz a uma caricatura, contra a demagogia e a hipocrisia generalizada, contra a miopia da CML e a total ausência, de anos a esta parte, de uma política capaz de Urbanismo Comercial que em vez de combater a descaracterização e desvalorização do comércio local, antes a promove.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Eurico de Barros, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Maria Teresa Goulão, Rui Pedro Barbosa, Helena Espvall, Rui Pedro Martins, Gustavo da Cunha, António Araújo, Fátima Castanheira, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria do Rosário Reiche, Luis Mascarenhas Gaivão, Filipe de Portugal, Carlos Boavida, Miguel de Sepúlveda Velloso, Madalena Martins, Beatriz Empis, Teresa Teixeira, José Maria Amador, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Maria Ramalho
Foto de Artur Lourenço
Projecto de reconversão do edifício da Retrosaria Adriano Coelho (Rua da Conceição, 121) – pedido de esclarecimentos à CML
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
C.C. AML, Vereador da Cultura, Programa Lojas com História, JF Sta. Maria Maior, Retrosaria Adriano Coelho e Agência LUSA
Fomos surpreendidos há dias com a informação segundo a qual estaria já aprovado por este executivo da CML um pedido de informação prévia relativo ao nº 121 da Rua da Conceição, em que se prevê a transformação completa do edifício em bloco de apartamentos, colocação de elevador, etc., sem que esteja minimamente referenciada a manutenção da loja existente no piso térreo.
Acontece que a loja em causa é a histórica Retrosaria Adriano Coelho, loja-membro do nosso Círculo das Lojas de Comércio e Tradição de Lisboa e, mais importante, loja classificada pelo Programa Lojas com História, o que a torna protegida a nível legal (Lei n.º 42/2017, actualizada já em 2023 e com efeitos até 2027).
Acresce que a Retrosaria Adriano Coelho também está protegida por via do Plano Director Municipal de Lisboa, ao estar classificada na respectiva Carta Municipal do Património (item 48.56 Retrosaria Adriano Coelho, Lda. / Rua da Conceição, 121-123).
Face ao exposto, solicitamos a V. Exas. que nos esclareçam quanto à salvaguarda da Retrosaria Adriano Coelho.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Miguel Atanásio Carvalho, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Irene Santos, Jorge Pinto, Ruth da Gama, Fernando Jorge
Foto: Artur Lourenço, in www.circulolojas.org
Distinção “Loja com História” à Cervejaria Portugália – consulta pública
Exmos. Senhores
No âmbito da consulta pública relativa à atribuição da distinção “Loja com História” à Cervejaria Portugália, sita na Rua Pascoal de Melo/Av. Almirante Reis, e conforme o V/Aviso nº 4.2003, publicado em Boletim Municipal, serve o presente para vos enviar os parabéns pela atribuição em apreço e tecermos algumas considerações sobre essa mais do que merecida distinção.
De facto, a Cervejaria Portugália da Rua Pascoal de Melo é um daqueles espaços icónicos da cidade, que importa preservar e garantir a sua salvaguarda plena, independentemente das alterações físicas que o espaço já sofreu a nível dos seus interiores, recentemente, sem, contudo, se desvirtuar o essencial da cervejaria.
Estando a Portugália, como está, elencada na Carta Municipal do Património (item 44.55), qualquer alteração significativa no seu interior ou exterior terá que cumprir o estipulado no PDM, no que se refere a edifícios ou espaços abrangidos pela carta, o que, juntamente com a distinção “Loja com História”, reforça a protecção da cervejaria.
Como tal, não se entende como será possível, muito menos legal, aos serviços urbanísticos da CML aprovarem qualquer projecto de construção naquele quarteirão, que belisque minimamente o edifício da cervejaria, pelo que a CML não pode aprovar a construção em cima da cobertura da actual cervejaria, nem alterações que impliquem a subtracção do terraço e do piso superior do imóvel, reduzindo a actual cervejaria ao seu piso térreo e à cave.
Solicitamos à CML que coloque rapidamente em discussão pública, a nova versão do projecto urbanístico para o quarteirão da Portugália, de modo a que todos os cidadãos interessados, directa ou indirectamente, possam exprimir a sua opinião.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Nuno Caiado
(Pela Direcção)
Foto: Estúdio Horácio Novais, sem data, in Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Pedido de classificação do Restaurante Snack-Bar Galeto
Ex.mo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Ex.ma. Sra. Subdirectora-Geral do Património Cultural
Dra. Maria Catarina Coelho
Serve o presente para enviarmos a V. Exas. o requerimento inicial para o procedimento de classificação do Restaurante Snack-Bar Galeto, obra total de arquitectura e de design de interiores, da autoria da insigne dupla de arquitectos Joaquim Bento d’Almeida (1918-1997) e Victor Palla (1922-2006)
Numa altura em que perfazem 100 anos sobre o nascimento de Victor Palla e 25 anos sobre a morte de Bento d’Almeida, julgamos ser oportuno e de elementar justiça, o Estado reconhecer, por via da sua classificação enquanto Monumento de Interesse Público, aquele que é o único exemplar de um género de estabelecimento de restauração em voga na segunda metade do século XX, conservado na sua quase totalidade como aquando da sua inauguração.
Colocamos, assim, à consideração de V. Exas., o respectivo requerimento, acompanhado de documentação actual e de arquivo, e apresentamos os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Inês Beleza Barreiros, Filipe Teixeira, Helena Espvall, Paulo Lopes, Maria do Rosário Reiche, Ana Celeste Glória, Miguel Atanásio Carvalho, Ruth da Gama, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício, Miguel de Sepúlveda Velloso, Carlos Boavida, José Maria Amador, Fátima Castanheira, Raquel Henriques da Silva, Bernardo Ferreira de Carvalho
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