Cultura

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024) 960 960 Paulo Ferrero

Que futuro imediato para os Artistas Unidos e para o edifício d’ A Capital? – Pedido de esclarecimentos ao PCML (31.07.2024)

Ex.mo Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC. AML, Reitoria da UL, Artistas Unidos e agência Lusa
 
Como é do conhecimento de V. Exa., hoje, dia 31 de Julho, encerra o Teatro da Politécnica, a casa dos Artistas Unidos (https://artistasunidos.pt/comunicado-uma-casa-para-os-artistas-unidos) desde 2011, companhia de referência no panorama cultural da cidade e legado inestimável de Jorge Silva Melo, uma das maiores figuras do nosso quotidiano, a Lisboa e aos lisboetas.
Se é a todos os títulos lamentável a ordem de despejo que a Universidade de Lisboa decidiu emitir a quem, com a ajuda da CML, tornou um espaço que, embora à guarda da UL, estava devoluto e maltratado num ponto de encontro de Cultura, renovando o edificado e devolvendo o brio àquela ante-câmara do Jardim Botânico, sempre com público e uma programação cuidada, não deixa de ser também lamentável a posição da CML, ou melhor, a não posição da CML, quer ao não negociar a permanência da companhia naquele local – lembramos que a UL é a grande beneficiária do Plano de Pormenor aprovado pela CML para o Jardim Botânico, e que um projecto cultural como o dos AU é uma mais-valia e não uma menos valia para a zona – quer ao não garantir qualquer solução, ainda que provisória, para que os AU tenham a casa que merecem e a cidade exige.
De facto, escusado será relembrarmos a V. Exa. o processo rocambolesco que envolveu a saída dos AU em 2002 das antigas instalações do vespertino A Capital, no Bairro Alto, onde estavam desde 1999, ao tempo por acordo de cedência com a firma proprietária do antigo jornal, depois já com a proprietária CML, invocando esta a necessidade de obras, obras que até hoje nunca foram feitas.
Pelo meio ficaram as promessas de um projecto cultural “Centro de Artes A Capital – Teatro Paulo Claro”, que nunca avançou, uma estadia no Teatro Taborda até 2005, acordada com a EGEAC, e muitos avanços e recuos e intermitências várias, até que em 2011, por protocolo com a UL e o apoio da CML, os AU se instalaram no pequeno edifício da Politécnica.
Pelo meio ficaram também as parangonas de jornal anunciando as mais variadas promessas da CML para o edifício d’A Capital: silo automóvel (!), em 2012; habitação com renda acessível, em 2020 (foto) e, finalmente e há poucos meses, o regresso dos Artistas Unidos ao seu ponto de partida, mas só depois de obras, obras que continuam por iniciar, sem haver projecto que se conheça.
Pelo exposto, solicitamos a V. Exa., Senhor Presidente da CML, que esclareça a opinião pública e, por maioria de razão, os Artistas Unidos, sobre o futuro imediato da companhia e também o que pretende fazer de facto com o edifício d’A Capital, que está em muito piores condições do que estava em 2002.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Eurico de Barros, Maria Teresa Goulão, Paula Cristina Peralta, Helena Espvall, Luis Mascarenhas Gaivão, Rui Martins, Jorge Pinto, Rosa Casimiro, Beatriz Empis, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Filipe de Portugal, Fernando Jorge, Ruth da Gama
Agradecimento à Estamo/Fundiestamo pela colocação de novas telas no Balneário D. Maria II (11.07.2024) 1024 948 Paulo Ferrero

Agradecimento à Estamo/Fundiestamo pela colocação de novas telas no Balneário D. Maria II (11.07.2024)

Às Administrações da FUNDIESTAMO e ESTAMO
C.C. PCML, AML, MC e LUSA
Ex.mos Senhores
Fomos agradavelmente surpreendidos na tarde de ontem pela colocação de novos telões envolvendo o Balneário D. Maria II, que tapam agora a totalidade deste edifício de Interesse Público.
É com redobrada satisfação que vos endereçamos os nossos agradecimentos, por reconhecerem a justeza da nossa providência cautelar de 25 de Julho de 2023, recusada pelo Tribunal mas em boa hora acatada por V. Exas. no que se refere à necessidade nela expressa de a Fundiestamo/Estamo proceder “ao melhoramento da cobertura provisória existente sobre o Balneário D. Maria II, com a substituição da atual rede e aumentando a inclinação da cobertura, acrescentando-lhe painéis laterais de proteção, por forma a impedir a entrada da água das chuvas”.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Rui Martins, Helena Espvall, Alexandra Maia Mendonça, António Miranda, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Pedro Formozinho Sanchez, Filipe de Portugal
Capela de Santo Amaro (Alcântara) em péssimo estado – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural, IP (02.07.2024) 1024 667 Paulo Ferrero

Capela de Santo Amaro (Alcântara) em péssimo estado – pedido de esclarecimentos ao Património Cultural, IP (02.07.2024)

Exmo. Sr. Presidente do Património Cultural , IP
Dr. João Soalheiro
C.C. Ministra da Cultura, PCML, AML, JF Alcântara, Paróquia de São Pedro em Alcântara, Estamo e Media
 
No seguimento da visita que organizámos à Capela de Santo Amaro (MN) no passado mês de Junho, onde pudemos constatar o péssimo estado de conservação da mesma, sobretudo na galilé e sacristia, mas também nas fachadas e cobertura, vimos pelo presente solicitar a V. Exa. que nos informe se já foi celebrado o protocolo entre o PC-IP, a Estamo e JF de Alcântara, que havia sido acordado em reunião entre todas as partes a 31 de Janeiro deste ano, e que visava concretizar a urgente intervenção de conservação e restauro de que a capela necessita, desiderato que tem vindo a ser prometido há anos mas nunca concretizado até hoje.
Com efeito, as fachadas deste Monumento Nacional apresentam fissuras e ervas daninhas, a cantaria em pedra encontra-se pintada (!); a galilé tem fissuras graves nas abóbodas e nervuras, os azulejos dos seus dois altares foram saqueados e estropiados e os elementos em ferro estão partidos e incompletos; a cobertura tem telhas partidas, a sacristia tem o tecto e as telas em muito mau estado, a pintura mural do tempo de D. Maria foi coberta com tinta moderna, aparentemente recuperável, a acreditar no destacamento que se observa em várias das paredes e a sua cobertura apresenta telha lusa.
No caso de o referido protocolo ter sido já assinado, solicitamos a V. Exa. que nos esclareça quanto à data de início das obras de recuperação deste monumento absolutamente único, e onde poderemos consultar o projecto que foi feito para o efeito, com orçamento estimado de 2 milhões de euros.
Antecipadamente gratos, apresentamos os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Ana Celeste Glória, Rui Martins, Fernando Jorge, António Pires Veloso, Carlos Boavida, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Raquel Henriques da Silva, António Miranda, Ana Alves de Sousa, António Araújo, Helena Espvall, Filipe de Portugal, Fátima Castanheira, Alexandra Maia Mendonça, Gustavo da Cunha, Jorge Pinto, Beatriz Empis, António Dias Coelho
Fotos de Fernando Jorge e Filipe de Portugal 

Resposta do Presidente do Património Cultural, IP (06.07.2024):

Ex.mos Senhores

Fórum Cidadania Lx – Associação

 

Agradeço em nome do Património Cultural, I.P., mais este gesto de preocupação pelo património classificado e, no caso, pela situação relativa ao monumento em apreço, a Capela de Santo Amaro, em Lisboa.

A comunicação que o Fórum Cidadania Lx endereça a este Instituto fica encaminhada, com supervisão da Senhora Vice-Presidente Doutora Ana Catarina de Sousa, ao competente serviço – Departamento de Bens Culturais –, em articulação com os demais serviços pertinentes, para verificação das questões suscitadas e reporte. Mal seja apresentada Informação ao Conselho Diretivo, procederei a comunicar o que tenha sido apurado de um ponto de vista técnico e o que venha a ser deliberado pelo Conselho a esse respeito.

Apresento os meus melhores cumprimentos,

João Soalheiro,

Presidente do Conselho Diretivo

Consulta pública do projecto de Museu Judaico (Belém) – envio do contributo do FCLX (12.06.2024) 1014 1024 Paulo Ferrero

Consulta pública do projecto de Museu Judaico (Belém) – envio do contributo do FCLX (12.06.2024)

A/C DMU/DLPE/DPE da CML
CC.PCML, AML, JF Belém, Vereadora Urbanismo e media
Exmos. Senhores
No âmbito da consulta pública promovida pela CML para o Museu Judaico em Belém, e conforme AVISO N.º 20/2024, serve o presente para enviarmos o contributo do Fórum Cidadania Lx – Associação, pedindo a vossa melhor atenção para o documento em anexo.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Helena Espvall, Carlos Moura, Rui Martins, Miguel de Sepúlveda Velloso, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Beatriz Empis, Paula Cristina Peralta, Maria Ramalho, António Pires Veloso, João Gonçalves, Gonçalo Cornélio da Silva, Maria João Torres, José Amador, Pedro Henrique Aparício

 

Reabilitação do Sintra Cinema – Concurso Público – Comentários do Fórum Cidadania Lx e do Q Sintra 1024 576 Paulo Ferrero

Reabilitação do Sintra Cinema – Concurso Público – Comentários do Fórum Cidadania Lx e do Q Sintra

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra
Dr. Basílio Horta
CC. AM Sintra
No seguimento do anúncio feito pela CM Sintra, em Janeiro deste ano, dando conta da abertura de concurso para a “concepção e reabilitação do Sintra Cinema”, queremos, em primeiro lugar, endereçar os nossos parabéns a V. Exa. e ao Executivo da CM Sintra, por quererem resgatar este equipamento histórico para o convívio dos sintrenses e de quem visita Sintra, para o que contribuiu de forma decisiva a sua oportuna aquisição por parte da autarquia.
Contudo, lido atentamente o Programa Preliminar (Termos de Referência) disponibilizado ao público (https://cloud.cm-sintra.pt/s/r5MQreiG4BpaD5C ), não podemos deixar de chamar a atenção de V. Exa. para alguns aspectos que nos parecem preocupantes, uns, e contraditórios, outros, e que, durante a análise das propostas que, entretanto, tiverem sido recepcionadas pela CM Sintra até ao dia 9 do corrente, importará ter em consideração.
Permita-nos as seguintes considerações:
Parece-nos preocupante o duplo pressuposto em que assenta o Programa Preliminar, ou seja, por um lado a necessidade de se “conceber” um equipamento, e que esse espaço seja um teatro, quando sempre foi cinema, construído para tal; um equipamento que, recordamos, já se encontra “concebido” e por Faria da Costa, um arquitecto que dispensará apresentações.
Esse pressuposto poderá querer significar que o resultado final da reabilitação do Sintra Cinema possa vir a ser uma construção nova, com a inevitável “marca de autor”, por que quase todas as salas de espectáculo têm passado quando são reabilitadas, e não, como seria de esperar, apenas a recuperação do projecto original de Faria da Costa, ainda que adaptado, naturalmente, às novas exigências técnicas decorrentes da evolução da legislação aplicável a salas de espectáculo.
Consideramos grave que assim seja, uma vez que isso significará que, no fim, restarão apenas do edifício primitivo, a fachada principal e parte do seu magnífico balcão interior. Para o que concorrerá também a necessidade em dotar o Sintra Cinema de camarins, com a inevitável abertura de vãos, ampliações e novas construções, contribuindo para a adulteração estética e espacial do edifício, camarins a nosso ver dispensáveis se a intenção for recuperar o projecto original.
Mais preocupados ficamos quando verificamos que os termos de comparação sugeridos pelo Programa Preliminar como sendo “soluções plausíveis” para o Sintra Cinema, são o Cine-Teatro Capitólio, em Lisboa, ou o Teatro Jordão, em Guimarães.
Porque, se do antigo cinema de Cristino da Silva no Parque Mayer, depois de ter sido completamente arrasado por dentro pelo arq. Alberto Oliveira (vencedor de um concurso público de “reabilitação” promovido pela CML…), resta apenas o “invólucro” (fachadas, néon e cobertura), em que se tornou impraticável a encenação de peças de teatro ou a projecção de filmes no seu interior, como é do conhecimento público e muitos encenadores já o disseram;
Já do vimaranense Teatro Jordão apenas resta a fachada principal, já que tudo o mais é construção nova, contemporânea, travestida de reabilitação.
Parece-nos que Sintra só teria a ganhar se a reabilitação do Sintra Cinema se traduzisse, simplesmente, pela recuperação do projecto original de Faria da Costa, de sala de cinema (com possibilidade de se fazer teatro de pequena escala, stand-up comedy, ou outra) com as inerentes alterações legais, até porque, sendo a sua construção em betão, o edifício actual não apresentará problemas de maior na sua estrutura.
Por outro lado, ressaltam do Programa Funcional do concurso alguns aspectos pouco claros, que importaria esclarecer, nomeadamente no que concerne às demolições, alterações e ampliações previstas ou a permitir, desde logo no que se refere ao balcão do Sintra Cinema, pois é referida a possibilidade de se “cortar o balcão”, o que, a verificar-se, significará destruir-se o único detalhe arquitectónico e estético relevante do interior do Sintra Cinema: o seu balcão.
 Não faz sentido amputar-se o balcão, por mais tentativas de justificação que se apresentem, espaciais, funcionais ou outras, muito menos que para isso concorra a incorporação de uma “bancada retratável”.
 Também o hipotético rebaixamento do pé-direito do edifício constituirá um sério revés em termos de leitura da sala, com impacto na caixa de som da mesma e na boa acústica da sala.
 Finalmente, perguntamos a V. Exa. se faz sentido a abertura de um café-concerto-esplanada na cobertura do cinema, com 175m2 de área, por mais inspiração que o Programa tenha ido beber ao projecto original do Capitólio, o qual acabaria por ser descartado no projecto de “reabilitação” de Alberto Oliveira.
 A abertura desse espaço no Sintra Cinema fará convergir para o centro da Portela muito mais pessoas do que as frequentadoras dos espectáculos, com o que isso acarretará de tráfego automóvel, necessidades de estacionamento, mais ruído, luzes e acumulação de lixo no espaço público.
Com os melhores cumprimentos
Pelo Fórum Cidadania Lx,
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Pinto, Paulo Trancoso, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Ruth da Gama, Beatriz Empis
Foto: Sintra Notícias
Petição pela salvaguarda da Livraria Ferin 1024 1024 Paulo Ferrero

Petição pela salvaguarda da Livraria Ferin

Para: Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Deputados à Assembleia Municipal de Lisboa
Como é do conhecimento público, a Livraria Ferin, a segunda livraria mais antiga do país, fundada em 1840 e uma das lojas mais importantes, emblemáticas e acarinhadas pelo público, que existem na cidade de Lisboa, encerrou recentemente ao público e os milhares de livros que a recheavam terão já sido removidos da loja.

Como é do conhecimento da Câmara Municipal de Lisboa e da Assembleia Municipal de Lisboa, o espaço físico da Ferin (fachada, montras, móveis) é muito bom e por isso está abrangido não só pela Carta Municipal do Património anexa ao PDM em vigor (item 48.102), como pelo Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina, e pela Baixa Pombalina classificada Conjunto de Interesse Público desde 2012.

Além disso, a Livraria Ferin é classificada Loja Com História pela CML, fazendo parte do seu núcleo fundador de 2015, não só pela sua valia histórica e patrimonial (imóvel e móvel) mas também porque uma cidade sem livrarias é algo impensável, pelo que importava e importa proteger e incentivar as livrarias a que não desistam ou que não as despejem, como aconteceu no passado recente com as livrarias Portugal e Aillaud & Lellos, por exemplo.

Assim sendo, os abaixo assinados, apelam ao Senhor Presidente da CML e aos Senhores Deputados à Assembleia Municipal de Lisboa para que desencadeiem os procedimentos necessários que impeçam de forma eficaz;

1. Toda e qualquer alteração/deturpação/destruição da fachada e do interior da Livraria Ferin;
2. A aprovação/licenciamento de uma eventual mudança de uso para o espaço, nem que para tal a CML tenha que adquirir o espaço, dando assim consequência prática ao regulamento do Lojas Com História.

Lisboa, 29 de Dezembro de 2023

Pedido de classificação da Livraria Ferin 1024 1024 Paulo Ferrero

Pedido de classificação da Livraria Ferin

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos
Como é do conhecimento de V. Exa., a Livraria Ferin é a segunda livraria mais antiga do país e é uma das lojas mais importantes e emblemáticas que existem na sua capital, pelo que só por isso mereceria uma classificação de interesse público.
Infelizmente, tal nunca foi até hoje reconhecido pela tutela da Cultura, a quem cabe defender e aplicar medidas de salvaguarda para o património cultural do país.
Infelizmente, também, a Livraria Ferin foi encerrada há poucos dias, desconhecendo-se não só o paradeiro do seu valiosíssimo espólio móvel como o futuro do seu interior, uma vez que a débil protecção de que usufrui (Carta Municipal do Património) não lhe garante minimamente que o mesmo se mantenha como está.
Pelo exposto, e porque consideramos que se há estabelecimentos comerciais que mereçam ser classificados, a Livraria Ferin merece-o prontamente, enviamos a V. Exa. o respectivo requerimento, acompanhado de fotografias, de modo a que a mesma se possa juntar ao lote de lojas já classificadas de Interesse Público pela DGPC (ex. Cervejaria Solmar, Confeitaria Nacional, Ourivesaria Barbosa Esteves e Tabacaria Mónaco).
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos e votos de um Bom Ano de 2024 para todos.
Paulo Ferrero, Luis Mascarenhas Gaivão, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Alexandra Maia Mendonça, Rui Martins,  Manuela Correia, Filipe de Portugal, Eurico de Barros, António Araújo, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Filipe Teixeira, Tiago Mendes, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Beatriz Empis, Fernando Jorge, Raquel Henriques da Silva
Fórum Cidadania Lx é agora sócio da Europa Nostra 780 704 Paulo Ferrero

Fórum Cidadania Lx é agora sócio da Europa Nostra

É com grande satisfação que comunicamos a todos quantos nos seguem, que já somos sócios da Rede Europa Nostra, conforme consta no seu site: https://www.europanostra.org/membership/portugal/.
É uma honra fazermos parte da Europa Nostra, pelo reconhecimento, responsabilidade e prestígio que isso acarreta para a nossa Associação.
É também uma obrigação acrescida para tudo continuarmos a fazer pela defesa, salvaguarda e valorização do Património Cultural de Lisboa, e não só.
E uma oportunidade de juntarmos esforços com parceiros nacionais e internacionais.
Entregue à AML a petição pela Reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda 1024 685 Paulo Ferrero

Entregue à AML a petição pela Reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda

NOTA DE IMPRENSA
Foi entregue esta manhã à Assembleia Municipal de Lisboa, a nossa Petição pela Reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda, com mais de 300 assinaturas (lista disponível em https://peticaopublica.com/viewfullsignatures.aspx?pi=PT118436).
A este nosso desiderato se juntou, desde a primeira hora, um conjunto de individualidades * que só nos orgulha e motiva ainda mais para solicitarmos à Assembleia Municipal de Lisboa que interceda junto da ESTAMO, proprietária dos edifícios do antigo Hospital, no sentido de propiciar as condições de segurança e dignidade mínimas para que ​tal seja possível a curto-prazo.
A reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda é um imperativo cultural e de respeito pela História da Psiquiatria em Portugal e pelos seus protagonistas, desde logo pelos doentes que a foram criando e desenvolvendo ao longo de cem anos.
Antecipadamente gratos pela vossa melhor atenção e divulgação.
Votos de Boas Festas!
A Direcção do Fórum Cidadania Lx – Associação.
*Alexandre Pomar (Jornalista, crítico de Arte), António Barreto (Sociólogo, investigador),  António Barros Veloso (Médico, investigador), Isabel Almasqué (Médica, investigadora), João Neto (Director do Museu da Farmácia, Presidente da Associação Portuguesa de Museologia), José Aguiar (Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa), José Manuel Jara (Médico psiquiatra, fundador da Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares), Luís Raposo (Arqueólogo, membro do Conselho Executivo do ICOM-International Council of Museums), Maria Filomena Mónica (Doutorada em Sociologia, investigadora e escritora), Raquel Henriques da Silva (Professora universitária de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa), Soraya Genin (Arquitecta, Presidente do International Council on Monuments and Sites Portugal) e Vítor Serrão (Professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, Instituto de História da Arte).
Petição pela Reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda 1024 685 Paulo Ferrero

Petição pela Reabertura do Museu de Arte dos Doentes e das Neurociências no Hospital Miguel Bombarda

À atenção da Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e dos Senhores Deputados Municipais
Como é do conhecimento público, funcionou até há poucos anos no Hospital Miguel Bombarda (HMB), o Museu de Arte dos Doentes e Neurociências, o qual exibia em permanência uma parte da vastíssima colecção de milhares de obras artísticas, material clínico e hospitalar, livros manuscritos raros, etc., da longa e riquíssima história do HMB desde 1848, marco indelével da história da psiquiatria em Portugal.
O Museu funcionava em pleno nos edifícios do Pavilhão de Segurança (vulgo “Panóptico”), no Balneário D. Maria II, e em parte do edifício principal do Hospital, nomeadamente no gabinete do prof. Miguel Bombarda e no salão do piso térreo.
Ali estavam expostos cuidadosamente muitos objectos, instrumentos clínicos e mobiliário hospitalar, variadíssima documentação histórica, e pinturas, fotografias e outros, da autoria dos doentes, com especial destaque para o valioso acervo em Art Brut/Arte Outsider.
Infelizmente, em 2010, no seguimento do encerramento do Hospital, o Museu passou a estar aberto muito esporadicamente e reduzido apenas ao Pavilhão de Segurança, uma vez que o Balneário apresentava acentuada degradação, e o edifício principal foi esvaziado.
Em 2018, o Pavilhão-Museu encerrou portas.
Paralelamente, grande parte do acervo histórico e clínico do HMB foi transferida para o Centro Hospital Psiquiátrico – Hospital Júlio de Matos (HJM), designadamente livros e documentos, plantas do edificado, ficheiros clínicos, fotografias de doentes e por doentes, e algumas obras de arte, incluindo o retrato do Duque de Saldanha, da autoria de José Rodrigues (1852) e que se encontrava no gabinete do prof. Bombarda, um retrato deste, por Veloso Salgado, pinturas de Valentim de Barros e de outros.
No Pavilhão de Segurança ficou o espólio que estava em exposição aquando do encerramento do Museu e o depositado no seu refeitório e em algumas das celas.
Em Junho de 2023, sob a alçada do HJM (entidade que tutela a colecção) e a permissão da ESTAMO (proprietária dos edifícios do antigo hospital), entidades que importa aqui louvar, foi constituído um grupo de voluntários que se encontra a fazer um levantamento exaustivo de todo o acervo do HMB, existente no Pavilhão de Segurança e no HJM, com vista à sua classificação pela DGPC.
Para que se garanta a sua preservação in situ.
Para que as pessoas tomem consciência da sua existência.
Para que a história do HMB não se dilua.
Para que a colecção tenha o reconhecimento público que merece, enquanto valor cultural e histórico do país, e para que não se disperse, mais do que já se dispersou.
Daí que a reabertura do Pavilhão de Segurança enquanto Museu seja fundamental, o mais cedo possível.
Pelo exposto, os abaixo assinados apelam à Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa e aos Senhores Deputados Municipais, no sentido de assegurarem junto da ESTAMO, proprietária do Pavilhão de Segurança:
• A reabertura ao público, a muito curto-prazo, do museu in situ no Pavilhão de Segurança;
• E, consequentemente, seja restaurada a sua porta e reparadas as claraboias do pavilhão;
• E se verifique a presença de vigilante durante o período de abertura do museu ao público.
Lisboa, 14 de Novembro de 2023
Os abaixo assinados,
– Alexandre Pomar (Jornalista, crítico de Arte)
– António Barreto (Sociólogo, investigador)
– António Barros Veloso (Médico, investigador)
– Isabel Almasqué (Médica, investigadora)
– João Neto (Director do Museu da Farmácia, Presidente da Associação Portuguesa de Museologia)
– José Aguiar (Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa)
– José Manuel Jara (Médico psiquiatra, fundador da Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares)
– Luís Raposo (Arqueólogo, membro do Conselho Executivo do ICOM-International Council of Museums)
– Maria Filomena Mónica (Doutorada em Sociologia, investigadora e escritora)
– Raquel Henriques da Silva (Professora universitária de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa)
– Soraya Genin (Arquitecta, Presidente do International Council on Monuments and Sites Portugal)
– Vítor Serrão (Professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, Instituto de História da Arte)
Foto: Duarte Neves, in Lomography
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