Palacete R. Gomes Freire, 92

Pedido de esclarecimentos à CML (30.08.2022)

Exmo. Sr. Presidente da CML

Eng. Carlos Moedas,

Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo

Eng. Joana Almeida

 

CC. AML, JF e media

 

Constatado o estado lastimável em que se encontra o palacete da R. Gomes Freire, nº 92, propriedade da CML, apresentamos o nosso protesto veemente pela situação e solicitamos a V. Exas. o favor de nos esclarecerem sobre o que pretende a autarquia fazer com este valioso imóvel, uma vez que aquando do anúncio público de um projecto de construção nova para o lote contíguo, onde existe um parque de estacionamento (projecto que ainda não arrancou…), nada foi dito sobre o palacete em apreço.

Lembramos que o edifício se encontrava num estado de conservação razoável e em perfeitamente habitável aquando da saída da esquadra de polícia, em 2018.

De lá para cá tem-se assistido à sua crescente degradação e delapidação, lamentável a todos os títulos. 

Continuamos a não compreender a indiferença da CML pelo património arquitectónico de uma Lisboa “Entre-Séculos”, permitindo-se, vereação após vereação, potenciar a deterioração do mesmo, em que o abandono dos imóveis, o arranque de telhas e as janelas abertas à destruição, como é do conhecimento de V. Exas., são apenas o primeiro passo para o vandalismo, e o roubo e a destruição dos materiais nobres e elementos decorativos em presença.

Em vez de a autarquia dar o exemplo, como seria expectável, primando pela boa manutenção e utilização dos edifícios deste período histórico, de que Lisboa vai sendo cada vez mais espoliada, a CML continua indiferente e inactiva, deixando apodrecer os imóveis, de modo a que a sua recuperação seja inviável e a sua demolição justificável. 

Tal facto é mais grave e revoltante quando estamos em presença de um imóvel que é propriedade municipal!

E quando esse palacete está inscrito na Carta Municipal do Património, anexa do PDM (item 24.07 Palacete / Rua Gomes Freire, 90-94), situação caricata uma vez que nem a CML cumpre o PDM que ela própria cria, no que se refere à regulamentação sobre os edifícios inscritos no inventário municipal.

Com os melhores cumprimentos

 

Paulo Ferrero, Martim Galamba, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Inês Beleza Barreiros, Helena Espvall, Carlos Boavida. Miguel Atanásio Carvalho, Irene Santos, Rui Pedro Martins, José Amador, Gonçalo Cornélio da Silva, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Henrique Aparício

O palacete é propriedade da CML e está no Inventário Municipal.

Quando deixou de ser esquadra de polícia e esta o devolveu "à guarda" da CML, ainda estava habitável e com os seus elementos patrimoniais em estado razoável. É inaceitável o comportamento da CML e a sua falta de brio também.

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