Protesto pelo desaparecimento de letreiro em ferro de antiga tabacaria da Almirante Reis (07.11.2024)
Exma. Senhora Vereadora do Urbanismo
Eng.ª Joana Almeida
C.C . PCML, AML
Serve o presente para apresentarmos o nosso protesto a V. Exa. pelo desaparecimento há dias de mais um letreiro histórico de Lisboa, na circunstância o lindíssimo letreiro da antiga tabacaria do nº 237-A da Avenida Almirantes Reis, edifício incluído na Carta Municipal do Património, anexa ao Plano Director Municipal em vigor – item 43.14.
Como é do conhecimento de V. Exa., a responsabilidade na salvaguarda dos bens elencados na Carta Municipal do Património é da Câmara Municipal de Lisboa, independentemente do desleixo dos proprietários ou da acção criminosa que resulte na sua destruição ou roubo.
Não chegamos a compreender para que se dá a CML ao trabalho de elaborar cartas do património, elencando edifícios, fachadas e lojas a preservar, se esses inventários não servem rigorosamente para nada, como se comprova lendo as listas que sucessivamente vão estando ridiculamente desactualizadas, desde o PDM de 1994 a esta parte.
No caso presente, independentemente do espaço comercial em causa estar encerrado, Lisboa e os lisboetas deixam de poder admirar um letreiro de 1948, feito em ferro forjado, que poderia perfeitamente manter-se na futura utilização da loja, mas que a esta hora deverá estar à venda numa qualquer loja “vintage” ou feira de ocasião, uma vez que os “predadores” destes artigos, verdadeira indústria, não costumam estar desatentos.
É triste e revoltante que se continuem a verificar estes desaparecimentos perante a total inactividade, para não dizer complacência, da CML.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Nuno Caiado, Rui Martins, Ana Celeste Glória, Beatriz Empis, António Araújo, Fátima Castanheira
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