Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
CC.AML, Museu da Marinha e Associação Oficiais FA, media nacional e regional
Como é do conhecimento de V. Exa., comemora-se no presente ano o centenário da primeira travessia aérea do Atlântico-Sul, realizada em 1922, em hidroavião, por Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
No entanto, e que seja do conhecimento público, a CML nada fez até ao presente mês para comemorar essa efeméride.
É verdade que a CML patrocinou em 1972 e 1991 dois monumentos em honra dessa travessia, respectivamente, uma escultura geométrica alegórica (autoria do escultor Laranjeira Santos e arquitecto Rodrigues Fernandes) e uma réplica de um dos hidroaviões utilizados naquela (autoria do escultor Domingos Soares Branco e arquitectos Martins Bairrada e Leopoldo Soares Branco), ambas colocadas em Belém, sendo a primeira transferida para a Av. Rio de Janeiro em 2001.
E é verdade que ambos os aviadores figuram na toponímia da cidade.
Mas estranha-se que, numa altura em que o aeroporto de Faro acaba de ser baptizado com o nome do Almirante Gago Coutinho, a CML se mantenha alheia às comemorações, não organizando nenhum percurso evocativo dos locais ligados aos dois protagonistas da travessia, nem sequer reclamando publicamente quanto ao verdadeiro local onde nasceu Gago Coutinho, que foi Belém, em Lisboa, e não São Brás de Alportel, como referido há dias por alguma comunicação social aquando da cerimónia em Faro (em anexo fotografia da placa comemorativa existente na casa onde o mesmo nasceu, hoje Calçada da Ajuda, nº 27, recorte de jornal e transcrição da certidão de baptismo).
Lamentamos que esta efeméride conte muito pouco para a CML, ao invés do que sucedeu anteriormente, quando a ocasião não seria tão importante.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Pedro Henrique Aparício, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Gustavo da Cunha, Fernando Jorge, Carlos Boavida
Fonte (documentos): Carlos Medina Ribeiro
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