Destruição pré-anunciada da Casa Vasco de Oliveira (Monte Estoril) – protesto à CM Cascais (17.09.2025)

À CM Cascais
C.C.AMC e media
Exmos. Senhores
Manifestamos o nosso espanto e profundo repúdio pela destruição pré-anunciada para a bela Casa Vasco de Oliveira, edifício modernista da Avenida Sabóia, nº 828, datado dos anos 50 e da autoria do arq. Luís Bevilacqua.
Perguntamos, como é possível que esteja colocado na vedação do edifício o “placard” de que anexamos fotografia, e não existe qualquer aviso do projecto que está em apreciação na CM Cascais.
Não podemos aceitar que a Câmara Municipal de Cascais continue a permitir a destruição do Monte Estoril no que ele tem de mais valioso: o seu património arquitectónico, seja o de cariz revivalista seja o modernista como no caso em apreço, uma construção que, ao contrário dos novos edifícios construídos nas últimas décadas e que a CMC aprovou sem pestanejar, se insere perfeitamente naquela frente urbana, valorizando-a inclusivamente.
Este, como tantos outros no Monte Estoril, deve ser um imóvel preservado, classificado de Interesse Municipal. Ao contrário, o edifício nem sequer está inscrito no Inventário Municipal, que é hoje uma pálida imagem do que era antes da revisão do PDM em vigor. É espantoso que não haja, entre os técnicos da CMC, um especialista em história da arte e da arquitectura com a tarefa de classificar os imóveis de modo a poupar os mais significativos da destruição.
É confrangedor assistir-se a uma política urbanística como a que a CM Cascais vem pugnando nos últimos mandatos, tal como é confrangedor assistir-se ao esfrangalhar recente do movimento associativo local, adormecido e aprisionado por razões que a razão desconhece.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Raquel Henriques da Silva, António Araújo, Jorge Pinto, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Beatriz Empis e Ana Cristina Marques (pelo Fórum Cidadania Lx-Associação) e José Manuel Fernandes (arq.)
  • Monte Estoril

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